" - Na Rua do Commercio casa n. 3, acha se á venda Colleção das Leis deste Imperio, de 1822, a 1826."
[O Farol Paulistano, número 166, de 22 de novembro de 1828.]
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Clicar São Paulo em meados do século XIX não era tarefa fácil. Essa cidade de barro, que mantinha e fazia conviver sinais dos novos tempos, com o perfil colonial, que insistia teimosamente em permanecer e perdurar, era tarefa de Militão; ao mesmo tempo um artista e um artesão. O fotógrafo padecia de uma espécie de “complexo de Nabuco”, uma vez que se a realidade com a qual lidava diariamente era brasileira (e pior, paulistana), a imaginação continuava europeia. Ou seja, nosso artista, como bom artista, não se afastava de seu contexto, ou do imaginário desse momento, e tentava encontrar uma imagem progredida dessa urbe ou mesmo “admirável”. No entanto, o que sua lente gravava era bastante distinto, uma vez que temporalidades variadas conviviam: a pressa desse final de século, com a morosidade do tempo das carroças e da poeira fácil; a era da miríade de invenções, com uma população pouco afeita a tanta novidade. Militão, por seu turno lidava de maneira ambivalente diante da realidade com que diariamente se deparava. Sua clientela não era tão distinta como gostaria de apostar; São Paulo escapava do modelo que então se idealizava. É essa personagem fascinante, mas em tudo contraditória, que Íris Morais Araújo persegue, tal qual detetive atento a qualquer sinal ou pista que lhe permita perscrutar o mistério ou desvendar a incógnita. Nada parece escapar ao olhar da pesquisadora, que descreve o contexto, analisa a biografia de seu objeto dileto – fotógrafo e fotografia –, descobre documentos e os submete a uma operação de cruzamento analítico. Cruzar fontes é seu ofício, e é por isso que a investigação não se contenta em se limitar à análise das fotos de Militão. Ao contrário, Íris explora com primor as cartas legadas pelo artista, assim como recupera um velho Índice; um belo e inesperado indício das redes de sociabilidade, não sem dificuldades, construídas pelo fotógrafo. Ao invés de engrossar “o coro fácil dos contentes”, ou melhor, daqueles que só identificam nas fotos de Militão sinais do progresso e de otimismo diante da evolução social e urbana experimentada em São Paulo, Íris desconfia e, fiel ao espírito da antropologia, persegue “o olhar do observado”: o brilho das lentes de seu fotógrafo. E o resultado é não só impactante como bastante contraditório: se Militão encantou-se, sim, com a possibilidade de desenhar São Paulo como uma corte futura – republicana até –; de alguma maneira estranhou...[+]
'Os Melhoramentos de São Paulo' vai além de um inventário das obras realizadas pelo arquiteto. O livro destaca a atuação do então prefeito, como a introdução do zoneamento na cidade, os trabalhos de canalização do rio Tietê, a construção de maiores galerias pluviais, a expansão da iluminação pública e o enriquecimento da paisagem urbana com monumentos e esculturas...[+]
Levantamentos em cemitérios na Europa, EUA são preciosa fonte de informações para o estudo da história familiar e social. O Cemitério da Vila Mariana foi escolhido por ser o primeiro cemitério erguido pelos judeus de São Paulo. O objetivo inicial era o de elaborar uma lista, um banco de dados. Em trabalho de campo - túmulo por túmulo - as informações contidas nas lápides foram sendo anotadas. Mas, à medida que o trabalho avançava, outras histórias e novas perguntas emergiam nesse pequeno e bem cuidado cemitério. A curiosidade levou a procurar explicações e assim essa pesquisa foi se transformando num...[+]
'Dez roteiros históricos a pé em São Paulo' é um guia que propõe dez diferentes passeios a pé pela cidade de São Paulo, mostrando como são surpreendentes as possibilidades de andar a pé e conhecer a metrópole. O guia convida a passeios diversos, tais como andar pelo centro da cidade e pelos bairros da Mooca, do Ipiranga...[+]
[projeto em desenvolvimento]
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O livro 'A casa da moeda de São Paulo, a primeira do Brasil, e os meios de pagamento emitidos nessa cidade', do arquiteto Alfredo O. G. Gallas e da engenheira Fernanda Disperati Gallas vem preencher algumas lacunas na historiografia monetária de São Paulo. Iniciando em 1532, com a chegada da expedição de Martim Afonso de Souza ao litoral de São Vicente, o livro conta, apoiado em imagens inéditas, as condições iniciais encontradas pelos portugueses para o domínio da região e relata as primeiras notícias da ocorrência de ouro na América portuguesa. Narra também a epopéia dos caminhos para a conquista do planalto. Partindo da tese do engenheiro-historiador Affonso d’Escragnole Taunay, apresentada no I Congresso Brasileiro de Numismática, realizado em 1936, os autores retomaram a ocorrência das cunhagens primitivas no Brasil, com o primeiro ouro encontrado no país, no Pico do Jaraguá...[+]
Este livro recupera a história da Hospedaria de Imigrantes e da imigração na cidade de São Paulo vividas por mais de 3,5 milhões de pessoas que freqüentaram suas instalações, nos anos de 1887 a 1978. A Hospedaria passou por sucessivas reorganizações na sua estrutura e nas atribuições de seus departamentos. O trabalho de pesquisa baseou-se em fontes registradas na época, para a compreensão da história da imigração em São Paulo...[+]
Faz parte de uma série de livros, distribuídos em escolas públicas, que convidam os jovens a embarcar numa grande viagem no tempo, por cinco séculos da formação cultural do Estado de São Paulo. Desenvolvido pelo Centro de estudos e Pesquisas em Educação e Cultura e Ação Social (Cenpec),...[+]