Moyarte. Mônica Yamagawa.
Mônica Yamagawa
Home: página inicialMoyarte: perfil no FacebookMoyarte: perfil no InstagramMoyarte: perfil no Twitter
contato@moyarte.com.br

Centro de São Paulo

Giovanni Battista "Líbero" Badaró

"João" Batista Badaró

rua de são josé

dicionário online sobre o centro de são paulo

atualizado em: 5 de outubro de 2020

 

home > dicionário > Giovanni Batista Líbero Badaró

 

Retraro de Libero Badaró por Tancredo do Amaral (falecido em 1928).
FONTE: Wikipedia

 

Médico e jornalista italiano, nasceu em 1798, em Laigueglia, uma vila na região de Gênova.

"Após cursar os primeiros anos de Medicina na Universidade de Pavia, tornou-se mais tarde discípulo do professor Antonio Bertoloni, catedrático de Botânica na Universidade local. Em Turim em 4 de agosto de 1825, recebeu o diploma de médico e cirurgião. Atraído pelo estudo das Ciências Naturais, interessaram-lhe particularmente a flora e a fauna do Novo Continente, o que o animou a vir para o Brasil. Chegou aqui em 1826. Depois de residir algum tempo no Rio de Janeiro, veio para São Paulo, passando a exercer simultaneamente o magistério, a clínica médico-cirúrgica e o Jornalismo."

[RUA LÍBERO BADARÓ. Dicionário de Ruas. Disponível em: <https://dicionarioderuas.prefeitura.sp.gov.br/logradouro/rua-libero-badaro>. Acesso em: 5 Out. 2020.]

 

Chegou em São Paulo, no primeiro smestrte de 1828, morando inicialmente na casa do Dr. José da Costa Carvalho (Rua do Ouvidor), e posteriormente, na Rua de São José, "num prédio térreo, em frente a atual Rua Dr. Falcão Filho" (Amaral, 2006, p. 86).

De acordo com Amaral (2006), na falta de docentes habilitados, ofereceu-se para lecionar, gratuitamente, na cadeira de geometria. Foi fundador e diretor do O Observador Constitucional (lançado em 1829, o segundo periódico paulistano, impresso na tipografia do jornal O Farol Paulistano). O termo "Líbero" foi integrado ao seu nome, pois, defendia ideias "liberais" nos artigos que publicava no periídico mencionado.

Foi assassinado, com um tiro de pistola, em 20 de novembro de 1830, na Rua de São José (hoje Rua Líbero Badaró / Rua Dr. Falcão Filho), em frente da sua casa.

"Não tendo sucumbido imeditamente, Badaró declarou que os assassinos eram dois ou três alemães. Suas últimas palavras foram, segundo a tradição: 'Morre um liberal, mas não morre a liberdade'. "

[PORTO, Antônio Rodrigues. História da cidade de São Paulo através de suas ruas. 2ª. Edição. São Paulo: Carthago, 1996, p.11-112.]

 

De acordo com Amaral (2006), as palavras ditas por Badaró foram: "Eu sei que vou morrer! Morre um liberal, mas não morre a liberdade." (Amaral, 2006, p. 87)

Cândido Ladislau Japiassu de Figueiredo e Melo, ouvidor, foi acusado de ser o mandante do crime, pois, vinha sendo atacado pelo Observador Constitucional.

"A cidade de São Paulo vieu, a partir de então, até o dia 24, no mais completo sobressalto, tendo a população cercado a residência do ouvidor que, em consequência de um boato previamente preparado, consegiu escapar para a morada do governador das armas, onde esteve escondido até às 14 horas"

[AMARAL, Antonio Barreto do. Dicionário de história de São Paulo. Coleção Paulística. Volume XIX. São Paulo: Imesp, 2006.]

Consta que fugiu da cidade com a família, a cavalo para Santos, na companhia do capitão Amaro José Soares, porém foi preso e processado na corte do Rio de Janeiro, porém, absolvido. Segundo Porto (1996), apenas um dos criminosos foi condenado à forca e executado.

Líbero Badaró, sepultado em São Paulo, inicialmente na Igreja da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, e posteriormente, em 24 de novembro de 1889, seus restos mortais foram transladados para o Cemitério da Consolação.

O Observador Constitucional circulou por mais de alguns anos, após a morte de Líbero Badaró, até 1832.

Em 1916, a antiga Rua de São José, foi oficializada como "Rua Líbero Badaró", em sua homenagem.

 

 

referências bibliográficas

AMARAL, Antonio Barreto do. Dicionário de história de São Paulo. Coleção Paulística. Volume XIX. São Paulo: Imesp, 2006.

MARTINS, Antonio Egydio. São Paulo Antigo - 1554-1910. Coleção São Paulo: volume 4. São Paulo: Paz e Terra, 2003.

PORTO, Antônio Rodrigues. História da cidade de São Paulo através de suas ruas. 2ª. Edição. São Paulo: Carthago, 1996.

RUA LÍBERO BADARÓ. Dicionário de Ruas. Disponível em: <https://dicionarioderuas.prefeitura.sp.gov.br/logradouro/rua-libero-badaro>. Acesso em: 5 Out. 2020.

 

 

verbetes individuais

[clique nas letras para acessar a listagem de verbetes disponíveis]

 

 

A

B

C

D

E

F

G

H

I

J

K

L

M

N

O

P

Q

R

S

T

U

V

W

X

Y

Z

 

 


 

 



história do centro de são paulo: cronologia

Informações sobre a história do Centro de São Paulo organizadas por séculos e divididas por décadas para facilitar a pesquisa.

[+] leia mais

história do comércio do centro de são paulo

Informações sobre estabelecimentos comerciais, bancários, educacionais e outros relacionados ao setor terciário, que existiram no Centro de São Paulo, assim como, estabelecimentos históricos que ainda funcionam na região.

[+] leia mais

dicionário online sobre o centro de são paulo

Verbetes sobre o Centro de São Paulo: moradores, estabelecimentos comerciais, edificações, entre outros.

[+] leia mais

história dos logradouros do centro de são paulo

Informações sobre os logradouros localizados no Centro de São Paulo, incluindo os que desapareceram com as alterações urbanas realizadas desde a fundação da cidade.

[+] leia mais

biblioteca online sobre o centro de são paulo

Indicações de livros, artigos, sites, vídeos sobre o Centro de São Paulo.

[+] leia mais

patrimônio cultural do centro de são paulo

Informações sobre bens tombados, legislação, tombamento do Iphan, Condephaat e Conpresp. Notícias sobre os bens tombados. Projetos de requalificação urbana e preservação do patrimônio cultural tombado.

[+] leia mais

home            sobre o moyarte            contato