A edificação do Antigo Banco Francês e Brasileiro, projeto de Giulio Micheli, foi inspirado no Palácio Strozzi (Itália).
Iniciada em 1919, o edifício possui quatro pavimentos mais porão, foi erguido em estrutura de concreto e alvenaria de tijolos.
Giulio Micheli era um dos arquitetos de destaque, ao final do século XIX, na cidade de Sâo Paulo. Formado em Florença, pertencia a uma família de nobres italianos, possuindo, inclusive, o título de conde.
Chegou ao Brasil em 1888 e segundo Gabriel Frade,
"os paulistas de hoje recordam austero, com uma longa barba, havia chegado em São Paulo no ano de 1888, com vinte e seis anos de idade, diplomado há pouquíssimo temppo, cheio de ideias e esperanças. Seu pai Vinjcenzo, também arquiteto, e diretor por muitos anos da Academia de Belas-Artes de Florença, desejando que o filho tivesse boas bases para o estudo, fez com que ele se formasse em Paris, e em seguida o fez viajar por toda a Europa"
[FRADE, Gabriel. Arquitetura sagrada no Brasil: sua evolução até as vésperas do Concílio Vaticano. Edições Loyola, 2007, p.98-99.]
Giulio Micheli fez parte de vários projetos arquitetônicos e urbanísticos na cidade de São Paulo, por exemplo, com a aprovação da Seção Municipal de Engenharia:
Como arquiteto, associou-se a Luigi Pucci, projetando com este a Santa Casa de Misericórdia (sendo responsável pela edificação do pavilhão central e da capela). Quando se aposentou, Pucci entregou a Micheli seu escritório de arquitetura, na época, um dos mais importantes da cidade.
Posteriormente, com Giuseppe Chiappori, realizou
"em conjunto, várias construções nos mais diversos estilos, inclusive o tipicamente florentino, e outros naquele estilo floreado tão cheio de grinaldas presas a bocas de animais, de folhagens e de frutas, de máscaras e de medalhões. Construíram nesse estilo o prédio da Previdência, na esquina do largo da Sé com a rua Quinze de Novembro e a rua Anchieta (o primeiro edifício de cinco andares da cidade), e o palacete da Livraria Açlves, na Rua Líbero badaró, dos mais característicos e completos no gênero."
[CENNI, Franco. Italianos no Brasil: “Andiamo in’Mérica”. São Paulo: Edusp, 2003, p.411.]
Micheli também elaborou os planos e participou da construção da Igreja de Santa Cecília (estilo românico), cuidando, inclusive, dos detalhes internos, da parte decorativa, dos altares e dos móveis.
Giulio Micheli também foi encarregado de criar o edifício para o Insituto Médio Dante Alighieri (hoje conhecido como Colégio Dante Alighieri), encomendado por representantes das famílias italianas, para a criação da escola para filhos de imigrantes italianos, projeto este encabeçado por Rodolfo Crespi.
Para o edifício da "Banca Francese e Italiana per l'America del Sud" (Banco Francês e Italiano) optou por realizar um cópia do Palazzo Strozzi, de Florença, que foi concluído por Chiappori, após a sua morte.
CENNI, Franco. Italianos no Brasil: “Andiamo in’Mérica”. São Paulo: Edusp, 2003.
FRADE, Gabriel. Arquitetura sagrada no Brasil: sua evolução até as vésperas do Concílio Vaticano. Edições Loyola, 2007.
A |
B |
C |
D |
E |
F |
|
G |
H |
I |
J |
K |
L |
M |
N |
O |
P |
Q |
R |
S |
T |
U |
V |
W |
X |
Y |
Z |
Informações sobre a história do Centro de São Paulo organizadas por séculos e divididas por décadas para facilitar a pesquisa.
Informações sobre estabelecimentos comerciais, bancários, educacionais e outros relacionados ao setor terciário, que existiram no Centro de São Paulo, assim como, estabelecimentos históricos que ainda funcionam na região.
Verbetes sobre o Centro de São Paulo: moradores, estabelecimentos comerciais, edificações, entre outros.
Informações sobre os logradouros localizados no Centro de São Paulo, incluindo os que desapareceram com as alterações urbanas realizadas desde a fundação da cidade.
Indicações de livros, artigos, sites, vídeos sobre o Centro de São Paulo.
Informações sobre bens tombados, legislação, tombamento do Iphan, Condephaat e Conpresp. Notícias sobre os bens tombados. Projetos de requalificação urbana e preservação do patrimônio cultural tombado.