Nasceu em Congonhas do Campo/MG, em 18 de outubro de 1768. Formou-se em Direito em Portugal; foi juiz de fora na Ilha dos Açores, ouvidor em Ouro Preto (1808), desembargador na Bahia (1808), intendente do ouro no Rio de Janeiro (1812), nomeado juiz em Pernambuco, Bahia e Minas Gerais, , presidente do Supremo Tribunal de Justiça, deputado por Minas Gerais, presidente da Província de São Paulo (1 de abril de 1824 a 5 de abril de 1827).
Em São Paulo, fundou uma biblioteca pública, criou o Seminário das Educandas de Nossa Senhora da Glória (1828) para a "educação de meninas órfãs, filhas de militares que, tendo servido à pátria, morressem pobres e indigentes" (MARTINS, 2003, p.49).
Estabeleceu à roda dos expostos na Santa Casa de Misericórdia, para evitar que o abandono de crianças em "cisqueiro e matos, onde era costume enjeitarem crianças" (MARTINS, 2004, p. 121).
"Para abolir esse antiquíssimo uso que havia, dese colocar em tais lugares ou às portas das casaas particulares as crianças que se enjeitava, o Visconde de Congonhas do Campo, primeiro presidente da antiga Província de São Paulo e provedor da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, instituiu, em 1824, no hospitald a Irmandade - que, a 2 de julho de 1825, passou a funcionar na Chácara dos Ingleses, situado no Largo de São Paulo, e onde, por alguns anos, residiu o Conselheiro Francisco Maria de Sousa Furtado de Mendonça - em uma das janelas do pavimento térreo da referida chácara, que há poucos anos foi demolida, a roda para a exposição dos mesmos enjeitados."
[MARTINS, Antonio Egydio. São Paulo Antigo - 1554-1910. Coleção São Paulo: volume 4. São Paulo: Paz e Terra, 2003, p. 121.]
Monteiro de Barros também ordenou a restauração do Jardim Botânico, obra iniciada em 1799, e concluída durante o seu governo.
Foi escolhido senador por São Paulo (1826), sendo importante para a implantação da estrada de Santos à Cubatão (1827), considerada um grande melhoramento urbano para a época.
Nomeado 1o. Presidente da Província de São Paulo em 25 de novembro de 1823, tomou posse do cargo em 1 de abril de 1824. Foi agraciado com o título de Barão (12 de outubro de 1825); em 12 de outubro de 1826, com o título de Visconde de Congonhas do Campo e Visconde com grandeza, por decreto de 2 de junho de 1841.
Filho de Manoel José Monteiro de Barros e de D. Maria Eufrasia da Cunha Matos.
"Foi casado com D. Maria Thereza Joaquina de Sauvan, havendo do casal numerosa prole.
Foram seus filhos: Antônio Augusto Monteiro de Barros, Bacharel em Direito, Senador e Ministro do Conselho Supremo Militar, falecido a 16 de novembro de 1841; casado em primeiras núpcias com D. Maria Constância da Graça Rangel e em segundas núpcias com D. Virgínia Amalia Carneiro de Campos, havendo do segundo casamento os seguintes filhos: Lucas Antonio (1830), Maria da Conceição (1831), Maria Thereza (1833) e Francisco Carneiro (1835); Ignácio Gabriel Monteiro de Barros, casado com D. Alda Romana de Oliveira Arruda, seguiu a carreira das armas, reformando-se no posto de Brigadeiro, faleceu no Rio de Janeiro, a 2 de março de 1850; Lucas Antônio Monteiro de Barros, nascido em 26 de outubro de 1812, casado com D. Cecília de Moraes, filha dos Barões de Piraí; falecido na fazenda dos Três Poços, em Pinheiro, no dia 10 de março de 1862 e sepultado no Cemitério de Barra Mansa, província do Rio de Janeiro; Manoel Monteiro de Barros; Evaristo Monteiro de Barros; José Maria Monteiro de Barros e Rodrigo Antônio Monteiro de Barros, casado com D. Maria Marcolino da Silva Prado; falecido em 29 de fevereiro de 1844."
[MINISTROS: LUCAS ANTONIO MONTEIRO DE BARROS (VISCONDE DE CONGONHAS DO CAMPO). STF - Supremo Tribunal Federal. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/ministro/verMinistro.asp?periodo=stj&id=241>. Acesso em: 10 Out. 2020.]
Faleceu em 10 de outubro de 1852, no Rio de Janeiro.
AMARAL, Antonio Barreto do. Dicionário de história de São Paulo. Coleção Paulística. Volume XIX. São Paulo: Imesp, 2006.
MARTINS, Antonio Egydio. São Paulo Antigo - 1554-1910. Coleção São Paulo: volume 4. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
MINISTROS: LUCAS ANTONIO MONTEIRO DE BARROS (VISCONDE DE CONGONHAS DO CAMPO). STF - Supremo Tribunal Federal. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/ministro/verMinistro.asp?periodo=stj&id=241>. Acesso em: 10 Out. 2020.
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