Martinho Burchard (ou Martin Burchard, 1851 - 1903), imigrante alemão, chegou ao Brasil por volta de 1860. Junto com Frederico Glette e Victor Nothman, foi um dos responsáveis pelos projetos de urbanização dos bairros de Santa Cecília, Higienópolis e Campos Elíseos.
Na década de 1880, junto com Nothmann, comprou as propriedades do Barão de Ramalho e dos herdeiros de Joaquim Floriano Wanderley, inicialmente, o loteamento dos lotes foi chamado de "Boulevard Burchard", posteriormente, de Higienópolis. As ruas, abertas a partir de 1893, foram batizadas com os seguintes nomes: Mato Grosso, Itambém, Sabará, Bahia, Aracaju, Itacolomy, Cubatão, Rio de Janeiro, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Pará, Goiás, Piauí, Maranhão - várias dessas ruas existem na região até os dias de hoje.
De acordo com Siriani (2003, p. 144), Burchard era comerciante - sócio da firma V. Nothmann & CIa. especializada no comércio de tecidos - e investia seus lucros no mercado imobiliário - informação baseada nas inúmeras escrituras de compras de imóveis nos livros do 2o. Cartório da Capital.
CAVALCANTI, Pedro, DELION, Luciana. São Paulo, a juventude do centro. São Paulo: Conex, 2004.
PORTA, Paula (org.). História da Cidade de São Paulo: a cidade na primeira metade do século XX 1890-1954. Volume 3. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
PORTO, Antônio Rodrigues. História da cidade de São Paulo através de suas ruas. 2ª. Edição. São Paulo: Carthago, 1996.
SIMÕES JÚNIOR, José Geraldo. Anhangabaú: história e urbanismo. São Paulo: Editora Senac São Paulo / Imesp, 2004.
SIRIANI, Silvia Cristina Lambert. Uma São Paulo Alemã: vida cotidiana dos imigrantes germânicos na Região da capital (1827-1889). São Paulo: Imesp, 2003.
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