há uma catástrofe da natureza, de grandes proporções,
anunciada em letras garrafais,
nas manchetes dentro de mim
há um tsunami que promete
imundar todo o meu ser e baixar a temperatura da minha ira
há um vulcão em erupção que declara
transformar tudo em fogo e evaporar com todas as minhas lágrimas
mas,
no tudo, ao mesmo tempo, agora, da natureza sem agenda definida,
o mar encontra, primeiro, a lava
tudo evapora e pedra torna,
e não sobra catástrofe suficiente,
para esfriar minha ira,
e secar minhas lágrimas