Abaixo, indicações de livros e artigos sobre as Instituições de Ensino e a História da Educação no Centro de São Paulo (para consultar publicações por data de publicação, use as tabelas abaixo e acesse as páginas com as informações de acordo com a década e/ou ano da edição).
MELRO, Sandra Aparecida. Da monumentalidade à demolição: o prédio do Jardim da Infância anexo à Escola Normal de São Paulo (1896 – 1939). Appris Editora, 2021.
SOUZA, Rosa Fátima de. Alicerces da Pátria: História da Escola Primária no Estado de São Paulo (1890-1976). Editora Mercado de Letras, 2009.
Quando os Jesuítas saíram de Lisboa com Tomé de Souza para a obra de colonização e evangelização do Brasil já sabiam que havia algumas povoações de Portugueses ao norte e ao sul da Baía. Precisamente se fun - dava a cidade do Salvador, porque além 'do sítio ser acomodado, ficaria como traço de união na costa imensa entre as vilas de Olinda ao norte e as de Ilheus, Porto Seguro, Espírito Santo, S Vicente, ao sul.
Mal avisado andou o meu nobre amigo dr. Almeida Nogueira no convite que me endereçou para prefaciar o presente volume, que é o septimo da serie de livros de sua lavra, subordinada ao título geral Tradições e Reminis cencias, em que se propoz a tarefa de passar em revista a Academia de S. Paulo, desde a sua fundação até aos nossos dias, fixando na bem apparelhada objectiva de sua escripta momentos e aspectos por sua natureza instantaneos e fugi dios. Mal avisado, disse eu, e não me desdigo. No fim de oontas, um prefacio, nas condições do que ora faço, não é uma verdadeira estopada imposta ao leitor, que, para o deletrear, retarda o prazer de devorar as paginas que se seguem? Creio que sim. Um prefacio, a não ser explica tivo do texto do corpo do livro, sempre foi uma artimanha ou cousa semelhante, que sómente serve para desmandi bolar o leitor até às orelhas num bocejo inlindavel. Em todo caso, me adsum, unicamente para corresponder a gentileza do convite do auctor, cuja cerebração, rica e pode rosa, admiro de ha muito no meio espiritual de S. Paulo, que, aliás, não é tão sáfaro de homens de valor mental.
“Este livro trata da formação de professores. Eis aí um tema de certo modo já antigo que, no entanto, continua extremamente atual, pelo bem e pelo mal – e, infelizmente, mais pelo mal que pelo bem. É oportuno o lançamento deste livro porque trata exatamente da formação de professores tendo como foco a questão da prática. E, ancorando-se na história, esta obra surge como antídoto às pregações com ares de soluções inovadoras tomando a prática imediata vigente na cotidianidade como a chave definitiva para a solução do problema da formação de professores.” - Dermeval Saviani, Professor emérito da Unicamp, pesquisador emérito do CNPq e coordenador geral do Histedbr, atua como professor titular colaborador pleno do Programa de Pós-Graduação em Educação da Unicamp.
Caetano de Campos: A Escola que Mudou o Brasil estrutura-se em torno de breves biografias dos que dirigiram e trabalharam na escola Caetano de Campos, situada no prédio construído por Ramos de Azevedo entre os anos de 1890 e 1894, na atual Praça da República, e posteriormente tombado pelo Condephaat. Os relatos apresentados por Patrícia Golombek começam antes da construção propriamente dita, a partir de 1846, quando foi criada a primeira Escola Normal de São Paulo, e seguem até a saída da Escola no final da década de 1970. Nesse percurso, a autora destaca a biografia de alunos e professores reconhecidos no cenário cultural brasileiro, e os momentos decisivos do prédio, que abrigou, inclusive, a Faculdade de Filosofia, Ciências da USP no final da década de 1930.
Pelas avaliações internacionais (UNESCO e PISA), o Brasil vem sendo colocado nas últimas posições em educação, mesmo dentre nações bem mais pobres. As explicações para essa triste situação devem ser buscadas particularmente na História do país, em sua longa duração. Foi esse o trabalho realizado pela autora, em pesquisas que efetuou em arquivos e bibliotecas do Brasil e do exterior, somadas a testemunhos orais e a variada iconografia. O esforço foi de resgatar a escola em seu cotidiano, com os autores que a compuseram ao longo dos cinco séculos, desde quando os jesuítas aqui fincaram os primeiros alicerces dos colégios, no inicio da colonização portuguesa. Expulsos os padres da Companhia de Jesus, foi criada a escola pública. Sua evolução foi acompanhada com seus alunos, seus professores, os métodos de ensino, o material escolar introduzido de forma precária e lenta. Só com a República, e ao longo do século XX, é que de fato, o Brasil conheceu o sistema escolar montado dentro do modelo do Ocidente, articulado desde a pré-escola até o curso ginasial e depois médio, com seus avanços e recuos e a partir de São Paulo de onde se difundiu por todo o país. O Brasil chega ao final do milênio com praticamente todas suas crianças na escola, mas ainda não conseguiu ultrapassar o desafio da péssima qualidade do ensino, em todos seus níveis. Esta obra procura dar reconstruir a evolução da escola de base em toda a História do Brasil. O objetivo inscreve-se, igualmente, na busca de explicação do atraso da qualidade da educação nacional.
Esta obra, que se inscreve no âmbito da história das instituições escolares, visa contribuir para o campo historiográfico da educação brasileira em duas direções: a do estudo da história republicana da Escola Normal do Império e a do conhecimento dos professores que atuaram na Escola Normal de São Paulo durante o século XIX, no período do Império brasileiro.
Preciosa seleção de manuscritos, mapas, plantas, desenhos técnicos e fotografias, escolhidos dentre os mais de 4 milhões de itens pertencentes ao acerto do Arquivo Histórico de São Paulo, este livro compõe um rico mosaico da história da cidade e ressalta a importância da conservação deste patrimônio diante dos desafios de compreensão do seu futuro supreendente.
Silvia Ferreira Santos Wolff analisa, baseada em aprofundada pesquisa, a construção dos primeiros prédios de escolas públicas de São Paulo nas décadas iniciais do século XX. Mais de 120 edifícios foram erguidos em cidades espalhadas em todo o Estado no período, um investimento no ensino público inédito até aquele momento. Essas novas construções traziam elementos que pontuavam a modernidade da paisagem urbana da capital e do interior. Em sua pesquisa a autora descortina o trabalho de arquitetos j á conhecidos como Ramos de Azevedo ou Victor Dubugras, mas também destaca o trabalho de anônimos e desconhecidos arquitetos funcionários públicos, como José van Humbeeck e Carlos Rozencrantz, entre outros. A arquitetura com matrizes no século XIX, como a desse conjunto também ganhou reconhecimento nos últimos anos como patrimônio importante e inerente à história paulista.
Quando os Jesuítas saíram de Lisboa com Tomé de Souza para a obra de colonização e evangelização do Brasil já sabiam que havia algumas povoações de Portugueses ao norte e ao sul da Baía. Precisamente se fun - dava a cidade do Salvador, porque além 'do sítio ser acomodado, ficaria como traço de união na costa imensa entre as vilas de Olinda ao norte e as de Ilheus, Porto Seguro, Espírito Santo, S Vicente, ao sul.
Ao convencerem os caciques Tibiriçá e Caiubi a mudarem suas tabas para as proximidades dos rios Anhangabaú e Tamanduateí, os jesuítas dão início à construção, em 25 de janeiro de 1554, do colégio que é o marco da fundação de São Paulo. A cidade tem assim seu início em um projeto educativo, o que faz Manuel da Nóbrega afirmar que "não sabemos se há outra no mundo com origem tão bela". O jornalista e historiador Hernâni Donato faz um detalhado relato dos acontecimentos fundadores em "Pateo do Collegio: Coração de São Paulo", lançamento por Edições Loyola. Discute quem são os fundadores, além de Nóbrega e Anchieta, e o processo de fundação, que se estende até 1560. Mas o autor não se limita aos primeiros anos e acompanha a história de um dos principais e mais importantes símbolos de São Paulo até 2007. Donato narra fatos como a heróica defesa comandada por Tibiriçá contra a invasão de uma confederação de tribos em 9 de julho de 1562 e a expulsão dos jesuítas em 13 de junho de 1640. Fala de sonhos, como o acalentado em 1670, de se criar uma universidade no local. Conta como movimentos nacionais tomam o Pátio do Colégio como palco político, caso da aclamação do governo provisório em 1822 e a instalação da República na província de São Paulo em 1889. Informa sobre a reformulação do “local da fundação” entre 1933 e 1956 e a reconstrução da Igreja durante o regime militar, entre muitos outros momentos históricos. "Pateo do Collegio: Coração de São Paulo", fartamente ilustrado com imagens do acervo da própria instituição, é o retrato histórico de um espaço onde hoje transitam quase um milhão de pessoas e que ainda “desenvolve vida própria, ativa como as dos dias de 1554”.
É um estudo sobre a profissão de arquitetura e o ensino institucional de arquitetura na cidade de São Paulo na primeira metade do século XX. Curiosamente, a primeira instituição que ofereceu a especialização em Arquitetura foi a centenária Escola Politécnica (Poli). Edição de luxo, o livro é recheado de fotos das mais importantes construções da cidade de São Paulo e relata, em detalhes, como era o curso, o contexto do mercado de trabalho, os principais professores, os formados ilustres e todos aqueles que participaram desse período da arquitetura paulista gerada na Escola Politécnica, desde o início do curso em 1895 até a o meados dos anos 50.
Alguns anos de pesquisa e uma boa dose de humor resultaram em uma forma original de contar uma história. O artista Terciano Torres tomou como ponto de partida o Pátio do Colégio, no centro de São Paulo, e reuniu em livro os quatro séculos e meio da história da cidade, misturando desenhos reais (detalhes de arquitetura e apelos históricos) com uma paisagem urbana recheada com caricaturas de personagens que marcaram época. O resultado é o álbum "São Paulo - Pátio do Colégio - Uma história ilustrada a bico de pena", que está sendo lançado pela Editora Globo. O livro reúne 51 ilustrações - chamadas de cartuns postais pelo artista - com detalhes peculiares que contam a história da cidade de forma descontraída, facilitando o aprendizado sobre os seus 450 anos de existência. Aberta, a publicação exibe uma página com texto seguida de outra com ilustrações que começam em 1553 (um ano antes da fundação da cidade) para mostrar como era o lugar - com natureza exuberante e a presença de índios - onde São Paulo seria construída. As ilustrações têm como cenário uma vista panorâmica de momentos do cotidiano do Pátio do Colégio, povoados pelos mais diversos personagens. Os desenhos pontuam acontecimentos importantes da cidade ao longo de quase cinco séculos, como fundação, expulsão dos padres jesuítas, independência do Brasil, mão-de-obra escrava e abolição, chegada dos imigrantes, verticalização da cidade com arquitetura eclética, recessão mundial de 1929, migração nordestina, censura, construção do metrô, o vestuário de cada época etc. As cenas mostram tanto figurantes anônimos como personagens que em algum momento fizeram parte da história paulistana. Entre eles estão Santos Dumont, o arquiteto Ramos de Azevedo, Getúlio Vargas, Adoniran Barbosa e até Chico Bento, criação dos quadrinhos de Maurício de Sousa bastante ligado à cultura regional. A leitura de "São Paulo - Pátio do Colégio - Uma história ilustrada a bico de pena" lembra uma história em quadrinhos em formato gigante. "Esse tipo de abordagem pelo humor permite a irreverência, dá dinamismo, não é enfadonho e até abre espaço para a licença poética", observa Terciano Torres. Outra característica da obra é que a seqüência dos desenhos mostra muitas das reformas desse marco da cidade que é o Pátio como demolições e reconstruções que acompanharam as diversas mutações que fizeram de São Paulo a grande potência econômica da América Latina. Foi ao redor do Pátio do Colégio que funcionou o primeiro museu, a primeira agência de Correios do Estado. Foi ali que Evaristo da Veiga compôs o Hino da Independência - musicado por Dom Pedro I. Também foi ali que aconteceram eventos importantes que resultaram na sangrenta Revolução de 1924. Suas dependências serviram de Colégio dos Jesuítas até 1759 e de Palácio do Governo, a partir de 1765. Os textos explicativos que situam o contexto dos desenhos tratam de eventos importantes da política, da economia e da cultura paulistana, acontecimentos relacionados à cidade e que vão além da proximidade física com o Pátio do Colégio. Por exemplo, o movimento constitucionalista de 1932, a Semana de Arte de 1922, a música, os bondes antigos que eram puxados por burros, os bondes elétricos, a chegada dos automóveis e da televisão, além do comício das eleições diretas, em 1984. Cada informação foi rigorosamente levantada pela Companhia da Memória, empresa especializada em pesquisa histórica. Os cenários foram criados pelo artista a partir de desenhos, fotografias, mapas, pinturas e com a ajuda de descrições de livros. O trabalho de Terciano impressiona pela riqueza de informações que compõem cada cena. Tudo nas ilustrações tem seu significado. Nada é gratuito e deve-se olhar cada detalhe com atenção e curiosidade, num exercício que estimula o raciocínio e torna a informação histórica atraente tanto para adultos, quanto para crianças e jovens em idade escolar. Nesse sentido, os textos explicativos dão uma valiosa ajuda para que se tire o máximo de informação dos desenhos.
História de instituições escolares, este trabalho é também história da instituição escolar. Baseando-se na reconstituição da história das Escolas Primárias Graduadas do Estado de São Paulo nas duas primeiras décadas republicanas, Rosa de Souza procura atingir um objetivo duplo: por um lado, trata-se de desvendar a cultura escolar que tornou essas instituições modelares; por outro, trata-se de identificar a gramática que as estrutura como modalidade institucional de organização da escola primária.
Esta pesquisa tem por objetivo analisar como se demarcavam as diferenças de gênero, mais precisamente, qual educação era dispensada aos meninos e meninas, mediados pelas prescrições do método froebeliano de ensino no Primeiro Jardim da Infância Público, anexo à Escola Normal da Praça, espaço que representava o marco inicial na seriação do serviço público para a infância. A intenção é compreender os diferentes mecanismos que constituíram o modo como os meninos...[+]
A Sequência Didática proposta tem por objetivo fornecer ao aluno de ensino fundamental e médio, elementos de informação sobre a Escola Normal de São Paulo – Colégio Estadual Caetano de Campos, com o intuito de mostrar a importância da educação básica, fundamental e ensino médio, na formação escolar.
O artigo focaliza a trajetória do Pátio do Colégio, espaço que integra o conjunto de bens culturais da cidade de São Paulo, a partir da produção iconográfica que o tem como tema e referências aos seus usos e configuração espacial em crônicas e descrições de viajantes, no período compreendido entre 1860 e 1956. A visualidade, campo de interação entre o objeto, sua representação e sua recepção, é aqui entendida como uma das dimensões da sociedade. Nesta perspectiva... [+]
Ao longo de sua trajetória, essa escola, “cuja origem e desenvolvimento vincula-se à difusão dos ideais liberais de secularização e expansão do ensino primário” (TANURI: 1994, p. 41), mudou várias vezes de nome e de edifício, e sofreu alterações em seu currículo. É devido a essas inúmeras alterações que a turma de professores normalistas secundários formados em 1914, ao se reunir em 1939 para organizar as comemorações do seu jubileu de formatura, propôs a fundação de uma associação de ex-alunos com o nome de Associação dos Antigos Alunos da Escola Normal da Praça.
O objetivo é compreender a instalação das escolas complementares como alternativa republicana para disseminar a formação de professores no Estado de São Paulo (1890-1911). Como fonte assumiu a legislação da instrução pública e debates registrados nos Anais da Câmara dos Deputados de São Paulo. A periodização justifica seu início em razão da reforma de 1890, conhecida como Caetano de Campos, e o término em razão da reforma de 1911, conhecida como Oscar Thompson, que converte as escolas complementares em escolas normais. O fato é que a questão sobre a demanda de professores era muito acentuada. Por isso, dentre outras razões, os legisladores republicanos paulistas precisariam encontrar uma solução para formação/diplomação de professores. Foi neste sentido que a proposta de escola complementar colaborou para solução paliativa do problema a partir de 1896.
1951 - 1960 | 1961 - 1970 | 1971 - 1980 |
1981 - 1990 | 1991 - 2000 | 2001 - 2010 |
2011 - 2020 | 2021 - 2030 |
YAMAGAWA, Mônica. Instituições de Ensino e História da Educação - Biblioteca Online sobre o Centro de São Paulo. Moyarte. Disponível em: <http://www.moyarte.com.br/centro-de-sao-paulo/biblioteca-online-centro-de-sao-paulo/indice-biblioteca.html>. Acesso em: 24 Out. 1973. [Em "Acesso em", indicar a data de consulta, data de acesso ao site].
Informações sobre a história do Centro de São Paulo organizadas por séculos e divididas por décadas para facilitar a pesquisa.
Informações sobre estabelecimentos comerciais, bancários, educacionais e outros relacionados ao setor terciário, que existiram no Centro de São Paulo, assim como, estabelecimentos históricos que ainda funcionam na região.
Verbetes sobre o Centro de São Paulo: moradores, estabelecimentos comerciais, edificações, entre outros.
Informações sobre os logradouros localizados no Centro de São Paulo, incluindo os que desapareceram com as alterações urbanas realizadas desde a fundação da cidade.
Indicações de livros, artigos, sites, vídeos sobre o Centro de São Paulo.
Informações sobre bens tombados, legislação, tombamento do Iphan, Condephaat e Conpresp. Notícias sobre os bens tombados. Projetos de requalificação urbana e preservação do patrimônio cultural tombado.