"Com este livro, Cristina Freire contribui para desvendar o quanto da cidade está em nós e o quanto de nós perde-se na pátina que vai se depositando nas paredes dos prédios, na imperceptível maceração que os nossos passos impõem nas calçadas de pedras. Seu objeto de estudo é a análise de dois monumentos da cidade de São Paulo, o monumento a Ramos de Azevedo e o prédio do monumento MASP. Utilizando-os como exemplo, ela lança sobre esta malha geométrica e previsível do traçado urbano uma outra malha cujo desenho plasma-se em ruas, prédios e monumentos, que guardam dentro de si a lembrança de um tempo anterior e que são capazes de alimentar a memória da percepção." (Agnaldo Farias)...[+]
Resumo da tese que deu origem ao livro: Investiga, dentro de uma abordagem interdisciplinar, o lugar dos monumentos no imaginário urbano contemporâneo. Considera a analogia dos museus com monumentos e entrevista de 100 visitantes entre os meses de abril e julho de 1994, em 5 museus da cidade de São Paulo: museu de arte contemporânea da usp, museu de arte de São Paulo-Masp, museu paulista, museu de arte sacra e pinacoteca do estado. Aplica um questionário inicial, tendo como objetivo uma sondagem do grupo social e cultural, através da faixa etária, nível de instrução e sexo a que pertence o entrevistado, assim como sua freqüentarão cultural. As entrevistas incluem perguntas semi-dirigidas, e a autora procurou criar condições para que fossem bastante desenvolvidas, visando um aprofundamento na abordagem dos temas. A análise das entrevistas permitiu constatar que os museus são reafirmados pelos entrevistados como monumentos na cidade, e, como referência na cidade São Marcos no espaço e no tempo; ambos são guardiões da memória coletiva. Aponta que a interpretacao dos conteúdos levantados e relacionada a poéticas artísticas e constata que dois monumentos, o Masp e o monumento Ramos de Azevedo são tomados como pontos significativos e exemplares dos processos inerentes as dinâmicas do imaginário: a percepção e a memória.
Apresentação: aquém dos mapas - um trabalho de elaboração
Introdução
Capítulo 1: A cidade imaginária
A cidade dos artistas
Os indescritíveis mapas
Os mapas na arte contemporânea
Os monumentos: a cidade é o museu
Capítulo 2: Traçando os mapas dos imaginários urbanos
As abordagens do imaginário
Espaço e tempo: o lugar na cidade
Memória monumental
Museu: lugar de memória
O museu / monumento
Capítulo 3: Dos fragmentos e das constelações - analisando depoimentos, falas e gestos
Patrimônio: a materialização de um conceito
Preservação / destruição: uma condição de existência
O lugar das lembranças
As primeiras visitas ao museu
A institucionalização da percepção e da memória
Perdidos no tempo
Os espaços simbólicos
Capítulo 4: Dois monumentos - uma fisionomia para a cidade
Seguindo os vestígios de um desaparecimento: o Monumento a Ramos de Azevedo
Ramos de Azevedo: o monumento de bronze numa cidade de tijolos
Monumento em trânsito
O Monumento a Ramos de Azevedo: presença na ausência
Ramos: fora do tempo e do espaço
O Tranon vem abaixo
MASP: um museu monumento
Lina Bo Bardi: a arquitetura e o museu
Considerações finais: Ars Longa Vita Brevis
Bibliografia
Crédito de imagens
Este livro apresenta o arquiteto Ramos de Azevedo (1851-1928) como principal protagonista do assim chamado estilo eclético, dominante na arquitetura, não só brasileira, mas também internacional , durante toda a segunda metade do século XIX. A autora retira, ao longo de sua análise, o incômodo estigma que hoje oblitera esse conceito, resgatando seu sentido originário, isto é, de prática arquitetônica eminentemente voltada para questões de modernização e racionalização do...[+]
Arte urbana, de Vera Pallamin, está organizado em texto e CD. O texto trata da conceituação sobre arte urbana e processos de estetização contemporâneos, sintetizando uma reflexão sobre práticas artísticas e suas relações com as transformações qualitativas dos espaços públicos. O CD, que porta propriamente o conteúdo intitulado deste trabalho, foi concebido de modo a propiciar o cruzamento de três eixos referenciais: referências urbanas, referências artísticas e autores/obras.
São Paulo vista através de seus caminhos e os lugares por onde eles passam. Foi assim que a arquiteta Miriam Escobar organizou este seu trabalho em que as esculturas estão dispostas por esses lugares e como que olhando quem passa. Uma referência de coisa viva onde caminho, lugar e escultura afirmam o espaço dos homens como sendo mais do que um fluxo onde não há tempo a perder ou uma operação mecânica a se realizar. Cada objeto anotado fala do que se homenageia e...[+]
YAMAGAWA, Mônica. Além dos Mapas - Biblioteca Online sobre o Centro de São Paulo. Moyarte. Disponível em: <http://www.moyarte.com.br/centro-de-sao-paulo/biblioteca-online- centro-de-sao-paulo/indice-biblioteca.html>. Acesso em: 22 Jan. 2022.
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Informações sobre a história do Centro de São Paulo organizadas por séculos e divididas por décadas para facilitar a pesquisa.
Informações sobre estabelecimentos comerciais, bancários, educacionais e outros relacionados ao setor terciário, que existiram no Centro de São Paulo, assim como, estabelecimentos históricos que ainda funcionam na região.
Verbetes sobre o Centro de São Paulo: moradores, estabelecimentos comerciais, edificações, entre outros.
Informações sobre os logradouros localizados no Centro de São Paulo, incluindo os que desapareceram com as alterações urbanas realizadas desde a fundação da cidade.
Indicações de livros, artigos, sites, vídeos sobre o Centro de São Paulo.
Informações sobre bens tombados, legislação, tombamento do Iphan, Condephaat e Conpresp. Notícias sobre os bens tombados. Projetos de requalificação urbana e preservação do patrimônio cultural tombado.