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PADARIA ANNO BOM

rua do rozario
esquina rua boa vista

história do comércio do centro de
são paulo

atualizado em: 12 de agosto de 2017

 

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Em anúncio no Correio Paulistano, do dia 2 de janeiro de 1856, José Marques da Cruz divulga o seu novo estabelecimento na Rua do Rozário, esquina com a Rua da Boa Vista:

"Padaria Anno Bom.

Sob este titulo neste dia abrio-se a de José Marques da Cruz na Rua do Rozario no. esquina da Boa Vista. Nele achar-se-ha as horas proprias, pão quente, de Provença, portuguez, crioulo e napoleão, assim como de tarde o de familia, e sem interrupção biscoutos das seguintes qualidades - Chistises (?), da Rainha, Brasileiras, de Cravo, Erva Doce, Canella, trigo simples, Bola americana, bolos doce e com todo o esmero se pamptificarão (?) quaesquer emcomendas para dentro e fora da cidade; notando-se que tudo será feito pelo inventor do pão crioulo e de família em São Paulo."

[Correio Paulistano, Anno II, Número 351, 2 de Janeiro de 1856.]

O mesmo José Marques da Cruz, anunciou na mesma date e no mesmo jornal, produtos de seu outro estabelecimento (secos e molhados). Clique aqui, para ver este outro anúncio.

 

[+] Outros estabelecimentos comerciais que fizeram parte da História do Centro de São Paulo

[Correio Paulistano, Anno II, Número 351, 2 de Janeiro de 1856.]

CENTRO DE SÃO PAULO

BIBLIOGRAFIA


SÃO PAULO - A JUVENTUDE DO CENTRO

Luciano Delion
Pedro Cavalcanti
Conex
2005

Cidades são feitas de vidas humanas e de cimento armado. Evocar o centro de São Paulo nos anos de sua juventude significa trazer de volta não apenas o traçado esquecido de suas ruas e edifícios, como também a trajetória dos homens e mulheres que lá viveram, sonharam e trabalharam. Este livro trata de arquitetos e construtores, e também de revolucionários e administradores, banqueiros e industriais, jornalistas, pintores e poetas, célebres ou modestos, e das marcas materiais e imateriais que deixaram no corpo e na alma da cidade. O período coberto pelo livro, da Proclamação da República ao Quarto Centenário, foi escolhido por representar o que se poderia chamar de juventude do centro, época do apogeu de sua beleza e de seu prestígio...[+]

 

Entre a casa e o armazém: relações sociais e experiência da urbanização
São Paulo, 1850 – 1900

Maria Luiza Ferreira de Oliveira
Alameda
2005

Este livro é um convite para o leitor voltar a um tempo no qual São Paulo combinava características de uma cidade moderna com traços fortemente rurais. Bastava uma rápida caminhada até a Igreja da Misericórdia para avistar, do alto de seu campanário, descampados, grotões, charnecas, beiras de rios e até animais silvestres e matas, que se estendiam muito além dos vales do Anhangabaú e Tamanduateí. Os personagens deste cenário? Aquela parte da população abstratamente designada como "classes médias" - na verdade, uma gente esquecida, os remediados da sociedade, uma multidão de figurantes mudos da cena paulistana - os quais atendiam pelos nomes de Dona Carolina, Seu Marcelino, Ana de Sorocaba e centenas de outros que aparecem nos registros dos quase mil inventários e testamentos que chegaram até nós. A maioria tinha pouco mais de quarenta anos no longínquo ano de 1872, quando surgiram na cidade os primeiros lampiões a gás. Pessoas que vivenciaram um tempo de incertezas e mudanças, abriram lojas e armazéns, compraram uma casinha, faliram, venderam tudo, tiveram dias bons ou ruins - enfim, sentiram na pele aquele diagnóstico certeiro de António de Alcântara Machado, quando dizia que 'em São Paulo não há nada acabado e nem definitivo, as casas vivem menos que os homens e se afastam, rápidas, para alargar as ruas'...[+]

 

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