A escultura "Bacanal", foi criada por Auguste Rodin em 1885 e doada, em 1995, pelo Banco Safra para a Pinacoteca do Estado. A obra, em bronze, possui as dimensões de 41,2 X 48,8 X 41,8cm.
"(...) Rodin possui o poder de conferir a autonomia e a multiplicidade de um todo a qualquer parte desta extensa superfície que pulsa e vibra. Assim como, para Rodin, o corpo humano somente constitui um todo completo enquanto uma ação conjunta (interior ou exterior) mantém ativos os seus membros e suas forças, da mesma maneira, por outro lado, no seu modo de entender, também partes de diversos corpos que, por uma necessidade intrínseca, se ligam intimamente uns com os outros, dispõem-se de maneira a formar um organismo, Uma mão que pousa no ombro ou na coxa de outra pessoa já não mais faz parte integralmente do corpo a que pertencia: dela e do objeto que dela toca ou agarra nasce algo novo, algo a mais, que não possui nome e não pertence a ninguém; e era deste algo, que tem seus limites determinados, que agora se tratava. Esta compreensão constitui o alicerce do inaudito agrupamento das figuras das figuras na obra de Rodin, a junção das formas, a sua união indissolúvel. O seu ponto de partida não são as figuras que se entrelaçam, ele não tem modelos que venha a arranjar e dispor de modo adequado. Tudo se inicia nos lugares do contato mais intenso, que se tornarão os momentos culminantes da obra; ele principia o trabalho onde algo novo está nascendo e dedica toda a destreza de suas ferramentas aos misteriosos fenômenos que acompanham a formação de um objeto novo. Elr trabalha, por assim dizer, à luz intensa dos relâmpagos que fulguram nestes momentos e vê apenas aquelas partes do corpo inteiro que são realçadas pela iluminação. O encanto do grandioso conjunto que reúne a jovem e o homem, chamado O Beijo, reside nesta distribuição sábia e justa da vida; tem-se a impressão de que de todas as superfícies emanam ondas que penetram nos corpos, frêmitos de beleza, premonição e força. É por este motivo que julgamos ver a glória deste beijo em todas as partes destes corpos. Este beijo é como um sol que desponta, cuja luz se esparrama por toda a parte."
[RILKE, Rainer Maria, Auguste Rodin. São Paulo: Nova Alexandria, 2003, p.39-40.]
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