" - Na Casa da Rua Direita n. 20 ha uma porção de farinha de trigo, que se vende, da 1a. quali- a 2:560 rs. a arroba, e a da 2a. a 2:000."
[O Farol Paulistano, número 164, de 15 de novembro de 1828.]
[biblioteca online]
Lidando com contratos de trabalho e com a crônica policial, a historiadora faz vir à tona vários aspectos relevantes do cotidiano popular de São Paulo daquele fim de século XIX e começo do século XX. Conforme os registros policiais, a extrema miséria nas mulheres sempre se confundiu com vagabundagem e prostituição. Isso agravado pelo preconceito de cor. O processo de retificação faz da doméstica um corpo a ser explorado, alienado. As investidas dos patrões não são seguidas, a não ser aleatoriamente, por garantias jurídicas que instituam uma igualdade entre manceba e esposa, ou entre os filhos naturais e os legais. Dessa maneira, o livro que agora é publicado é rico de...[+]
Pelas avaliações internacionais (UNESCO e PISA), o Brasil vem sendo colocado nas últimas posições em educação, mesmo dentre nações bem mais pobres. As explicações para essa triste situação devem ser buscadas particularmente na História do país, em sua longa duração. Foi esse o trabalho realizado pela autora, em pesquisas que efetuou em arquivos e bibliotecas do Brasil e do exterior, somadas a testemunhos orais e a variada iconografia. O esforço foi de resgatar a escola em seu cotidiano, com os autores que a compuseram ao longo dos cinco séculos, desde quando os jesuítas aqui fincaram os primeiros alicerces dos colégios, no inicio da colonização portuguesa. Expulsos os padres da Companhia de Jesus, foi criada a escola pública. Sua evolução foi acompanhada com seus alunos, seus professores, os métodos de ensino, o material escolar introduzido de forma precária e lenta. Só com a República, e ao longo do século XX...[+]
Em 1848, Álvares de Azevedo chegou a São Paulo para estudar na Faculdade de Direito do Largo São Francisco e lá permaneceu até 1851. Foi companheiro de Aureliano Lima e Bernardo Guimarães, grandes boêmios, mas tornou-se amigo particular de Luís Antônio da Silva Nunes, o correspondente escolhido para falar de suas 'fantasias' e confessar dores marcadas pela maldição da melancolia e do tédio mais profundo. Na sua jornada, Mônica Gomes encontra, no 'espaço biográfico' das cartas, as sensações de estranhamento de um missivista peculiar, que se expressa e se constitui como sujeito da escrita, numa linguagem ondulada, que busca o tom exato das coisas, mesmo as mais triviais, com alusões, símbolos e metáforas. Na moldura temporal dos relatos, está o espaço geográfico e social da cidade paulista, desenhado como uma província de feição colonial, com poucos edifícios e ruas mal pavimentadas ...[+]
Neste livro do arquiteto Luís Saia, a Morada Paulista é vista através de um corte histórico e geopolítico. Por seu intermédio, o meio natural, o estudo do solo, a cultura do café, a influência europeia, a efervescência literária indígena, vão sendo paulatinamente revelados, servidos por iconografia e um levantamento de materiais arquitetônicos...[+]
Pioneiro da fotografia urbana, Militão Augusto de Azevedo (1837-1905) foi o primeiro a organizar um álbum comparativo da cidade de São Paulo (1862- 87). A estrutura editorial, inédita no Brasil na época, é reproduzida em menor escala nesta edição.Além de um ensaio fotográfico com imagens do álbum e muitas outras (comentadas), a edição traz três mapas comparativos que demarcam os locais fotografados por Militão em três tempos(1862, 1887 e 2012), uma lista das mudanças nominais dos logradouros e bibliografia. O livro traz textos que contextualizam a produção de Militão e a relevância de seu trabalho...[+]
[projeto em desenvolvimento]
[biblioteca online]
O leitor é convidado, capítulo a capítulo, a conhecer momentos cruciais da trajetória de São Paulo. O destino da cidade, ao longo dos três primeiros séculos de existência, foi de isolamento e de solidão. Em 1872, quando os primeiros sinais de prosperidade começavam a visitá-la, por obra da riqueza trazida pelo café, ainda assim a população de pouco mais de 30 mil habitantes a situava numa rabeira com relação às demais capitais brasileiras. Em 1890, já tinha dobrado de tamanho. O momento em que finalmente engrena e começa a virar a São Paulo que se conhece é súbito como uma explosão - na passagem do século XIX para o XX, quando se transformou num aglomerado de gente vinda de diferentes partes do mundo...[+]
O livro 'Memória Paulistana' inclui fotografias de nomes da época, como Militão Augusto de Azevedo, e anônimos que fizeram registros precisos...[+]
Esta obra oferece uma incursão na vida urbana paulistana de 1562 a 1822 sob o ponto de vista administrativo, apontando caminhos para uma percepção do funcionamento cotidiano da colônia. A historiadora Maria da Conceição Martins Ribeiro baseou-se nos registros disponíveis na Câmara Municipal de São Paulo, que datam a partir de 1562, para fazer o levantamento histórico daquele período. Os capítulos elucidam a vida no núcleo urbano a partir de alguns aspectos evolutivos e apresentam questões e problemas que afligiam à época o administrador paulistano, como a defesa da Vila, a proteção...[+]