Segundo Silvia Cristina Lambert Siriani, Luiz Bamberg chegou ao Brasil em 1856, permanecendo no Rio de Janeiro por cerca de dois anos (assim como muitos outros estrangeiros, adotou o nome "Luiz", para facilitar o contato com os clientes, similar ao alemão "Ludwig"). Chegou na cidade de São Paulo em 1858, inicialmente, estabelecendo-se na Rua do Ouvidor, 17.
Em julho de 1859, mudou para o endereço da Rua do Rosário, 55.
Em janeiro de 1866, estava na Rua da Imperatriz, 11.
Através de uma nota de batismo, publicada em novembro de 1865, no Correio Paulistano, descobrimos que Luiz Frederico Bamberg teve um filho com Maria Elysa Elvira Wehrsig, batizado com o nome de Emilio Franz Eginhard Bamberg, que nasceu no dia 4 de junho de 1865 e foi batizado no dia 13 de novembro de 1865.
Em 1867, Luiz Bamberg e outros imigrantes alemães solicitaram a concessão de um terreno, para ser destinado à construção do cemitério dos protestantes, na Assembléia Legislativa Provincial, na 26a. Sessão Ordinária de 8 de julho de 1867:
Em abril de 1868, Luiz Bamberg, juntamente com Ernst (Ernesto) Steidel, Eginhard (Reginaldo) Wehrsig e Gustav (Gustavo) Schaumann, publicaram um anúncio no Diário de S.Paulo (n. 795, 15 Abr. 1868), divulgando que estavam coletando "esmolas" para enviar para as "vítimas da fome e da miséria", na Prússia Oriental. O grupo solicitava a contribuição dos moradores de São Paulo, em especial dos imigrantes alemães (foram publicados dois anúncios, um em português e outro em alemão - interessante observar que no anúncio em alemão foram escritos seus nomes oficiais e no anúncio em português os nomes "traduzidos" para o português). No anúncio é mencionado seu endereço: Rua do Rosário, 21 [DIARIO DE S.PAULO, n. 797, 17 Abr. 1868, Bamberg publica um anúncio informando esse novo endereço].
Meses depois, em agosto de 1868, Bamberg muda-se novamente, da Rua da Imperatriz, 21 para a Rua da Imperatriz, 7 (Rua da Imperatriz e Rua do Rosário são a mesma rua, atualmente, ela é a Rua 15 de Novembro). Inicialmente seu produto e serviço principal era a venda e manutenção de relógios, com o passar dos anos passou a vender lentes, aparelhos ópticos e jóias.
Silvia Cristina Lambert Siriani destaca que Luiz Bamberg trouxe com ele algum capital, o que permitiu a aquisição do prédio/terreno onde permaneceu durante anos e, onde, posteriormente, seu filho mandou construir o Palacete Bamberg. No entanto, manter uma loja do seu setor
"era um negócio caro, e cada encomenda feita aos fornecedores significava imensas quantias de dinheiro desembolsadas, sem a certeza do lucro certo. Para garantir o capital necessário à manutenção do estoque de peças da loja, Bamberg empenhou o próprio imóvel, no ano de 1870, a Gustavo Backhäuser, pela quantia de 12:000$000, com prazo de um ano para o resgate da hipoteca, e juros de 10% ao ano. Esse tipo de dívida, contraído mais de uma vez, sempre era quitado por Bamberg dentro dos prazos, o que lhe dava credibilidade entre os credores."
[SIRIANI, Silvia Cristina Lambert. Uma São Paulo Alemã: vida cotidiana dos imigrantes germânicos na Região da capital (1827-1889). São Paulo: Imesp, 2003, p.151.]
Com o sucesso dos negócios, Luiz Bamberg pôde enviar seus três filhos mais velhos (homens) para estudar na Alemanha.
Em dezembro de 1872, foi publicado no Diario de S.Paulo, o relato sobre o roubo que aconteceu na Relojoaria do Sr. Bamberg:
"Ás duas horas da madrugada de hontem, um dos taes, bem audacioso, penetrou no interior da relojoaria do sr. Bamberg, á rua da Imperatriz, donde roubou alguns relogios de ouro, podendo ter conduzido todo o sortimento que alli existia, se não conhecesse que o havião presentido!
E assim foi, pois que, saindo o sr. Bamberg á janella, viu á porta de sua casa dous vizinhos que, tendo presentido rato na ratoeira, tratavão de segural-o, quando o dito Bamberg diz que a ratazana podia sair por uma das portas, que era facil abrir.
Dito e feito; abrindo-se repentinamente a porta, appareceu um braço, o do tal, que, de faca em punho, e não achando resistencia, correu pela rua fora, em direcção á varzea do Carmo, sendo então perseguido por algumas pessoas que já se havião reunido, mas que, em summa, não conseguirão segural-o.
O ladrão é de fino quilate e audaciosos.
Se não, vejão:
Na parede da casa do sr. Bamberg acha-se collocado um lampeão, e, contiguo a este, uma pequena fresta de 4 a 5 polegadas de altura, tapada com vidro, que dá para dentro da loja, e tão pequena, que ninguem podia prever que por alli pudesse passar um homem.
Entretanto, foi por ella que passou o ladrão, com o auxilio unicamente do braço do lampeão, pelo qual subira, necessariamente com o auxilio de alguma escada dos apagadores dos lampeões".
[Diário de S.Paulo, n. 2.152, 19 Dez. 1872.]
Na Sessão Ordinária da Câmara Municpal, de 14 de agosto de 1873, Luiz Bamberg, então, proprietário de uma edificação na Rua da Imperatriz, n.7, entrou com pedido de indenização dos prejuízos causados pela demolição da casa vizinha, realizada para o alargamento da rua, e que, segundo o reclamante, a demolição arruinou a sua edificação.
Na Sessão Ordinária da Câmara Municpal, de 28 de agosto de 1873,
"A comissão permanente é de parecer, sobre o requerimento de Luiz Bamberg, que se faça ao supplicante a seguinte proposta:
Conceder-lhe a camara o direito de abrir portas em baixo, ou janellas em cima na frente de sua casa em questão, ficando assim indemnisado de todo e qualquer prejuizo proveniente da demolição feita."
[DIÁRIO DE S.PAULO, n. 2.370, 17 Dez. 1873.]
Em setembro de 1873, foi publicado no Diário de S.Paulo:
Em 11 de julho de 1875, segundo uma nota do Correio Paulistano (n. 5.632, de 14 de julho de 1875), sua esposa "D. Elvira Bamberg" (provavelmente Maria Elysa Elvira Wehrsig - mencionada em 1865, como mãe de seu filho Emilio), faleceu, deixando orfãos 8 filhos, sendo o caçula com cerca de 1 mês e meio de idade. O bebê, Frederico, faleceu alguns meses depois de sua mãe.
Segundo Maria Luiza Ferreira de Oliveira, na época do falecimento de sua esposa, Luiz Bamberg morava na Rua da Imperatriz, n.7, em um sobrado (residência no andar superior e loja no térreo). O sobrado estava hipotecado e o casal possuía diversas dívidas que somavam cerca de 29 contos, sendo que o patrimônio total do casal era de 44 contos. Através de um acordo com os credores, Luiz Bamberg evitou a liquidação do negócio, mantendo sua loja.
Luiz Bamberg faleceu em 1880, e quem negociou com os credores as dívidas foi seu filho mais velho, também chamado de Luiz Bamberg (Junior), na época com cerca de 20 anos, e que passou a administrar a loja, seguindo os passos paternos. Após a morte do patriarca, o patrimônio familiar foi avaliado em 70 contos (o aumento no valor da avaliação, com relação ao inventário de sua mãe, provavelmente, estava baseado na valorização da casa e na ampliação dos estoques da loja).
A descrição de seus bens no inventário também nos dá uma boa descrição do estilo de vida da família:
"O conforto proporcionado por Bamberg a seus familiares pôde ser observado através do documento que descreve o mobiliário refinado, existente em sua casa. Para se ter uma ideia da diferença em relação aos outros casos analisados, sua sala de visita era constituída por uma mobília de jacarandá, contendo um sofá, duas cadeiras de braço, doze cadeiras rasas, uma mesa de centro, dois consolos, uma cadeira de balanço e uma mesinha redonda, móveis estes avaliados em 280$000. Além disso, possuíam espelhos de cristal, inúmeros livros (indicativo de um padrão cultural elevado) e, como não poderia nunca faltar numa sala burguesa onde houvesse mulheres, um piano tipo armário. A sala de jantar também fora esmeradamente decorada, contudo, a presença de uma máquina de costura num dos cantos do cômodo, transformava-o num ambiente de funções femininas, mais domésticas e privadas do que propriamente num espaço de sociabilidade pública. Os quartos, com camas francesas, lavatórios com tampos de mármore, cômodas, espelhos e guarda-roupas, chegavam a acomodar mais móveis do que muitas famílias podiam possuir em suas casas inteiras. Portanto, nota-se um padrão de representação social muito mais aburguesado do que o da maioria de seus bonterrâneos atuantes no setor comercial."
[SIRIANI, Silvia Cristina Lambert. Uma São Paulo Alemã: vida cotidiana dos imigrantes germânicos na Região da capital (1827-1889). São Paulo: Imesp, 2003, p.151.]
Com base em um anúncio de 1882, uma das hipóteses é de que os herdeiros de Luiz Bamberg mudaram de residência, pois, a parte superior do endereço na Rua da Imperatriz, n.7, estava disponível para aluguel:
Na sessão ordinária de 18 de novembro de 1891, da Intendencia Municipal, Luiz Bamberg Junior abriu um requerimento solicitando o pagamento da gratificação referente ao seu trabalho como zelador do relógio da Intendencia relativo ao trimestre de 1 de agosto a 31 de outubro. [CORREIO PAULISTANO, n. 10.556, 20 Nov. 1891].
As vitrines da loja de Luiz Bamberg Junior não serviam apenas para expor os produtos disponíveis para venda, no dia 13 de abril de 1893, por exemplo, foi exposto na vitrine da relojoaria-joalheria, "um precioso e delicado mimo" que à noite foi entregue de presente para a atriz Pepa, da Companhia Souza Bastos, oferecido pela Família Sampaio. [CORREIO PAULISTANO, n. 10.948, 14 Abr. 1893]
Em suas pesquisas, Heloisa Barbuy, menciona que Luiz Bamberg chegou ao Brasil em 1858, estabelecendo-se inicialmente na Rua do Ouvidor e depois na Rua da Imperatriz e que em 1909,
"foi compelido pela prefeitura a demolir o antigo edifício de taipa que ocupava. Próspero, Bamberg fez edificar, então em seu lugar, o Palacete Bamberg, com 290 m2 e três andares mais sótão e subsolo. O projeto era do arquiteto suíço Carlos Ekman (...) Embora com muito mais frente para a rua João Alfredo (atual General Carneiro) e para o largo do Tesouro (num total de quase 20 metros naquela face), manteve o prestigioso endereço oficial da rua 15 de Novembro, n.14, em que contava apenas com os tradicionais 10 metros de frente comuns em muitos dos antigos lotes da cidade. O terreno passava a ser inteiramente ocupado pelo edifício nada restando como área livre. Para apressar a construção, Ekman desistiu do uso do granito, mas propôs o sistema de estrutura metálica para todo o edifício e revestimento dos pilares do pavimento térreo com mármores branco e de cor. Tratava-se do primeiro edifício com armação de ferro construído na cidade. Diferentemente dos outros edificios de Ekman aqui citados, o Palacete Bamberg não tinha uma conformação jugendstil ( o estilo art noveau austríaco, de que Ekman era partidário): apesar de uma certa ondulação que as mansardas curvas davam à parte superior da fachada, de um certo volteado nos gradis de ferro ornamentais dos balcões, dos delicados frisos verticais em forma de cordões de pérolas pentendes, em relevo entre as janelas, e do tom claro da cosntrução, que, em seu conjunto, conferiram ao edifício aquela leveza própria da mais moderna arquitetura do início do século XX, trazia, no geral, linhas muito retas, mais afinadas com o ecletismo, e apresentava-se, assim, como uma grande caixa, requintada porém, impono-se à visão, especialmente, pelo lado da rua João Alfredo."
[BARBUY, Heloisa. A Cidade-Exposição: comércio e cosmopolitismo em São Paulo, 1860-1914. São Paulo: Edusp, 2006, p.135-136.]
Em seu texto, Heloisa Barbuy, faz entender que se trata da mesma pessoa, porém, até 1880 os anúncios mencionados são de Luiz Bamberg pai e depois dessa data, a decisão da demolição-construção, provavelmente foi de seu filho, também chamado Luiz Bamberg.
Aliás, sobre Luiz Bamberg Junior, segundo uma nota no Jornal do Recife, 10 de setembro de 1878, aos 16 anos, recebeu o 1o. Prêmio conferido por seus exames, quando era aluno do 1o. ano na escola da relojoaria em Genebra.
Durante a construção do Palacete Bamberg, a Casa Luiz Bamberg passou a funcionar na Praça Antônio Prado, no Palacete Bricola, próximo ao Correio Paulistano:
Em 8 de julho de 1909, a Prefeitura Municipal autorizou o pagamento de 34:537$500 pela compra de parte do prédio que ocupava a Rua 15 de Novembro, n.14, para a regularização do alinhamento da Rua e Largo do Thesouro. [CORREIO PAULISTANO, n. 16.494, 9 Jul. 1909].
Em dezembro de 1909, Bamberg Junior anuncia no Correio Paulistano os espaços para aluguel disponíveis no futuro Palacete Bamberg:
Segundo o "Almanak Laemmert : Administrativo, Mercantil e Industrial", de 1913, Luiz Bamberg possuia um telefone em seu estabelecimento: 2023 (número da linha telefônica). No ano seguinte, 1914, o mesmo periódico um novo número: 1875. Já em 1915, foi mencionado o 1o. número: 2023. Em 1918, é mencionado como "telefone central": 1875.
Em 1924, através de informações publicadas no Correio Paulistano, descobrimos que um dos irmãos de Luiz Bamberg Junior, chamado Otto Bamberg, faleceu na Alemanha. [CORREIO PAULISTANO, n. 21.770, 13 Fev. 1924]
Com relação à relojoaria, após a morte do pai, Luiz Bamberg Junior pagou as dívidas deixadas abertas, pagou a herança dos irmãos e permaneceu com a loja por cerca de duas décadas. No entanto, após uma série de dificuldades financeiras, conclui o pedido de falência em 26 de agosto de 1927 (a concordata foi iniciada em 1925):
"Liquidação na fallencia - Foi resolvida, hontem, em assemblea de credores, a liquidação da massa fallida de Luiz Bamberg Junior e Cia., sendo eleito liquidatarlo o dr. Antello Martuscelli com a commissao de 10 0/0 e o prazo de 60 diaspara a referida liquidação".
[CORREIO PAULISTANO, n. 23.027, 4 Set. 1927.]
Em 1931, no "Almanak Laemmert : Administrativo, Mercantil e Industrial", conta o nome de Luiz Bamberg com o seguinte endereço: Rua Haddock Lobo, 35 - telefone: 4-8664.
YAMAGAWA, Mônica. Relojoaria de Luiz Bamberg, Luiz Bamberg Frederico - História do Comércio do Centro de São Paulo. Moyarte. Disponível em: <http://www.moyarte.com.br/centro-de-sao-paulo/historia-do-comercio /indice-historia-comercio.html>. Acesso em: 24 Out. 1973. [Em "Acesso em", indicar a data de consulta, data de acesso ao site].
ALMANAK LAEMMERT: ADMINISTRATIVO, MERCANTIL E INDUSTRIAL PARA O ANNO DE 1913.
ALMANAK LAEMMERT: ADMINISTRATIVO, MERCANTIL E INDUSTRIAL PARA O ANNO DE 1931.
BARBUY, Heloisa. A Cidade-Exposição: comércio e cosmopolitismo em São Paulo, 1860-1914. São Paulo: Edusp, 2006.
CORREIO PAULISTANO, n. 3.346, 26 Jul. 1867.
CORREIO PAULISTANO, n. 5.632, 14 Jul. 1875.
CORREIO PAULISTANO, n. 7.180, 4 Nov. 1880.
CORREIO PAULISTANO, n. 7.623, 18 Abr. 1882.
CORREIO PAULISTANO, n. 10.556, 20 Nov. 1891.
CORREIO PAULISTANO, n. 10.948, 14 Abr. 1893.
CORREIO PAULISTANO, n. 16.470, 15 Jun. 1909.
CORREIO PAULISTANO, n. 16.494, 9 Jul. 1909.
CORREIO PAULISTANO, n. 16.639, 1 Dez. 1909.
CORREIO PAULISTANO, n. 16.666, 29 Dez. 1909.
CORREIO PAULISTANO, n. 21.770, 13 Fev. 1924.
CORREIO PAULISTANO, n. 22.553, 8 Mai. 1926.
CORREIO PAULISTANO, n. 23.027, 4 Set. 1927.
O DIÁRIO DE S.PAULO, n. 7, 8 Ago. 1865.
DIÁRIO DE S.PAULO, n. 795, 15 Abr. 1868.
DIÁRIO DE S.PAULO, n. 797, 17 Abr. 1868.
DIÁRIO DE S.PAULO, n. 2.152, 19 Dez. 1872.
DIÁRIO DE S.PAULO, n. 2.360, 4 Set. 1873.
DIÁRIO DE S.PAULO, n. 2.370, 17 Dez. 1873.
DIÁRIO NACIONAL, n. 374, 22 Set. 1928.
SIRIANI, Silvia Cristina Lambert. Uma São Paulo Alemã: vida cotidiana dos imigrantes germânicos na Região da capital (1827-1889). São Paulo: Imesp, 2003.
A |
B |
C |
D |
E |
F |
|
G |
H |
I |
J |
K |
L |
M |
N |
O |
P |
Q |
R |
S |
T |
U |
V |
W |
X |
Y |
Z |
Informações sobre a história do Centro de São Paulo organizadas por séculos e divididas por décadas para facilitar a pesquisa.
Informações sobre estabelecimentos comerciais, bancários, educacionais e outros relacionados ao setor terciário, que existiram no Centro de São Paulo, assim como, estabelecimentos históricos que ainda funcionam na região.
Verbetes sobre o Centro de São Paulo: moradores, estabelecimentos comerciais, edificações, entre outros.
Informações sobre os logradouros localizados no Centro de São Paulo, incluindo os que desapareceram com as alterações urbanas realizadas desde a fundação da cidade.
Indicações de livros, artigos, sites, vídeos sobre o Centro de São Paulo.
Informações sobre bens tombados, legislação, tombamento do Iphan, Condephaat e Conpresp. Notícias sobre os bens tombados. Projetos de requalificação urbana e preservação do patrimônio cultural tombado.