"No Armazem de Guilherme Kraeuter, há para vender, uma porção de vinho e molhados, ultimamente chegados, assim como fazendas Inglezas, por varejo e atacado, á preços muito commodos."
[O FAROL PAULISTANO, n.76, 2 Jan. 1828.]
" - Guilherme Kraeuter tem para vender os generos seguintes, ultimamente chegados pelo Bergantim Alexandre - Uma porção de Chá da ìndia, em caixas de 2 arrobas - Papel de pezo 1a. qualidade - Dicto para embrulho - Chapeos Inglezes de lustre fino - Pentes para Snr.a de todas as qualidades - Gazimira de cores - Trastes elegantes de Mahagony tudo de palhinha - Um Piano-forte, fabrica de Londres - Uma porção de louça fina e vidros de todas qualidades - Vinho do Porto da Feitoria - Dicto dicto Catalão - Genebra em Butijas e Frasqueiras - Garrafões empalhadas etc.
Quem quizer comprar dirija-se ao Annunciante, assim como am Sanctos ao Sr. Antonio Ferreira da Silva."
[O FAROL PAULISTANO, n.120, 11 Jun. 1828.]
Registros publicados no "O Farol Paulistano" demonstravam que a abertura de seu estabelecimento em São Paulo foi questionado por outros moradores da cidade - abaixo, um trecho da Sessão Ordinária em 4 de Outubro de 1827, do Conselho do Governo da Província de São Paulo:
Dias depois, no mesmo "O Farol Paulistano", Guilherme Kraeuter publicou uma resposta para as dúvidas levantadas - o nome Thomaz de Molina mencionado apareceu em vários anúncios do mesmo período:
Críticas ao Sr. Guilherme Kraeuter foram publicadas, anonimamente, com o autor assinando o texto como "Um Defensor da Verdade", :
Em um anúncio sobre a fuga de um escravo, o nome de Kraeuter era mencionado, assim como o endereço da Rua Direita, 2 - de acordo com o anúncio, o local era indicado como casa de Kraeuter, porém, no mesmo ano, esse endereço era indicado como do estabelecimento de Brodard, talvez, ele ocupasse o andar superior ou a casa era dividida com mais de um estabelecimento; como outros anpuncios no período mencionavam esse endereço porém sem confirmar o nome de Brodard, uma outra possibilidade era que o espaço tenha mudado de proprietário ou locatário:
Os anúncios de produtos, publicados no ano seguinte, 1828 - no início do texto -, fazem crer, que após os problemas com os documentos, o estabelecimento comercial fora aberto. Porém, na sessão de extraordinária de 17 de dezembro de 1830 da Câmara Municipal, o Sr. Kraeuter, solicita:
"(...) a restituição da muleta que lhe foi imposta por não tirar licença para sua loja de fazenda: informe o Fiscal."
[O FAROL PAULISTANO, n.433, 23 Dez. 1830.]
E em, 1831, na Sessão Extraordinária de 26 de Janeiro de 1831, da Câmara Municipal:
Em 1833, Guilherme Kraeuter continuava com seu estabelecimento comercial em São Paulo:
Em nenhum dos anúncios localizados durante a pesquisa, foi mencionada a informação do endereço;, provavelmente, o estabelecimento era conhecido da população, não sendo necessário a publicação de sua localização.
YAMAGAWA, Mônica. Armazém Guilherme Kraeuter - História do Comércio do Centro de São Paulo. Moyarte. Disponível em: <http://www.moyarte.com.br/centro-de-sao-paulo/historia-do-comercio /indice-historia-comercio.html>. Acesso em: 19 Out. 2021.
[Em "Acesso em", indicar a data de consulta, data de acesso ao site].
O FAROL PAULISTANO, n.58, 27 Out. 1827.
O FAROL PAULISTANO, n.63, 14 Nov. 1827.
O FAROL PAULISTANO, n.64, 17 Nov. 1827.
O FAROL PAULISTANO, n.76, 2 Jan. 1828.
O FAROL PAULISTANO, n.120, 11 Jun. 1828.
O FAROL PAULISTANO, n.351, 8 Jun. 1830.
O FAROL PAULISTANO, n.369, 27 Jul. 1830.
O FAROL PAULISTANO, n.433, 23 Dez. 1830.
O FAROL PAULISTANO, n.449, 10 Fev. 1831.
O NOVO FAROL PAULISTANO, n.205, 17 Set. 1833.
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