Antiga Casa de Banho/Casa de Saúde, conhecida como Hotel do Hilário, funcionava onde hoje está localizada a Casa da Imagem (Casa Número 1). Na década de 1862,
"dando hospedagem e anunciando trazer peixes de Santos e oferecer tainhas frescas, assadas, recheadas, camarões frescos, ostras em lata, além de “comidas usuais”. Atores da Companhia Dramática de São Paulo tinham ali o seu endereço"
[HISTÓRIA DE UM LUGAR. Casa da Imagem. Prefeitura Municipal de São Paulo.Dispponível em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/casa_da_imagem/index.php?p=9730>. Acesso em 21 Nov. 2021.]
O estabelecimento servia como referência de localização:
Colchão seria de algum futuro hóspede que faria do local sua moradia ou a compra de um colchão - talvez, de segunda mão - para o estabelecimento?
Os hotéis da época não serviam apenas para hospdagem - ou moradia -, mas, também ofereciam serviços de alimentação - similares aos restaurantes e cafés atuais. No anúncio do Hotel do Hilário, a oferta de produtos com base em peizes e frutos do mar, provavelmente, provenientes de Santos:
Um anúncio sobre correspondências disponíveis para retirada no hotel, informava o nome completo do proprietário: Hilário Pereira Magro.
Muitos profissionais utilizavam o hotel como moradia, mencionando o local para comercialização de produtos ou contratação de serviços:
Além de peixes e frutos do mar, em março de 1864, os moradores de São Paulo também procuravam o hotel para a compra de bilhetes para a apresentação de teatro da Companhia Dramática Nacional [CORREIO PAULISTANO, n.2359, 30 Mar. 1864.]
Como em muitos estabelcimentos comerciais do período, o hotel também utilizava mão de obra escrava - escravos de ganhos - para a realização de serviços, como o de servente [CORREIO PAULISTANO, n.2369, 12 Abr. 1864].
Em 1865,
"o hotel passou às mãos de Domingos Henrique da Silva, foi todo reformado e ganhou o nome de Hotel da Boa Vista. Dizia um anúncio: “O proprietário não poupou esforços a fim de oferecer aos senhores viajantes e pensionistas todas as comodidades possíveis, tendo excelentes aposentos, e podendo gozar-se da linda vista da várzea” (referia-se às margens do rio Tamanduateí); “uma vista deliciosa, que daí se goza e que torna para os senhores passageiros a hospedagem amena e aprazível”. Um ano depois, porém, foram a leilão os móveis e utensílios do hotel."
[HISTÓRIA DE UM LUGAR. Casa da Imagem. Prefeitura Municipal de São Paulo.Dispponível em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/casa_da_imagem/index.php?p=9730>. Acesso em 21 Nov. 2021.]
Sobre Domingos Henrique da Silva, seu nome já aparecia como comerciante, em 1856, anunciando que estão à disposição dos clientes interessados, sortimentos variados de fazendas, chapéus, sedas etc. em sua "casa" (não fica claro se é a residência ou o estabelecimento) na Ladeira de Santo Antonio, 8. Para ver os anúncios, clique aqui.
YAMAGAWA, Mônica. Hotel do Hilario, Hotel da Boa Vista - História do Comércio do Centro de São Paulo. Moyarte. Disponível em: <http://www.moyarte.com.br/centro-de-sao-paulo/historia-do-comercio /indice-historia-comercio.html>. Acesso em: 21 Nov. 2021.
[Em "Acesso em", indicar a data de consulta, data de acesso ao site].
CORREIO PAULISTANO, n.1769, 29 Mar. 1862.
CORREIO PAULISTANO, n.1772, 2 Abr. 1862.
CORREIO PAULISTANO, n.2133, 23 Jun. 1863.
CORREIO PAULISTANO, n.2256, 20 Nov. 1863.
CORREIO PAULISTANO, n.2282, 22 Dez. 1863.
CORREIO PAULISTANO, n.2354, 22 Mar. 1864.
CORREIO PAULISTANO, n.2359, 30 Mar. 1864.
CORREIO PAULISTANO, n.2369, 12 Abr. 1864.
CORREIO PAULISTANO, n.2397, 15 Mai. 1864.
CORREIO PAULISTANO, n.2587, 5 Jan. 1865.
CORREIO PAULISTANO, n.2668, 16 Abr. 1865.
CORREIO PAULISTANO, n.2729, 1 Jul. 1865.
HISTÓRIA DE UM LUGAR. Casa da Imagem. Prefeitura Municipal de São Paulo.Dispponível em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/casa_da_imagem/index.php?p=9730>. Acesso em 21 Nov. 2021.
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