De acordo com Antonio Barreto do Amaral, "Acu" era o nome de uma nascente de água, localizada entre a Rua Brigadeiro Tobias e a Ladeira de Santa Ifigênia que foi canalizada em 1898.
Sobre o nome Acu:
"Em anos do século XVII, o nome da região era Iacuba, originário do ribeiro cujas nascentes brotavam do atual Largo do Paissandú, para onde afluíam as águas da nascente da Rua Brigadeiro Tobias. Com o correr dos anos o vocábulo foi contraído em Iacum-Guaçu e Acu. Esta denominação já vem citada em carta de terra concedida aos Gago Cunha em 9-1-1651."
[AMARAL, Antonio Barreto do. Dicionário de História de São Paulo. Coleção Paulística Vol. XIX. São Paulo: Imprensa Oficial, 2006, p.27.]
De acordo com nota de Byron Gaspar - publicada na edição de 2003 da obra de Antonio Egydio Martins:
"A Rua do Seminário chamou-se, por algum tempo, do Acu, entendendo-se a denominação pelas circunvizinhanças até o início da avendia, antes rua, de São João."
[MARTINS, Antonio Egydio. São Paulo antigo: 1554 - 1910. São Paulo: Paz e Terra, 2003,p.50.]
Ainda de acordo com Gaspar, a Ladeira do Acu estava localizada no
"Início da Avenida São João entre a Praça Antônio Prado e o Largo do Paissandú. Acu é a abreviação de Yacuba, nome do ribeirão que por ali passava."
[MARTINS, Antonio Egydio. São Paulo antigo: 1554 - 1910. São Paulo: Paz e Terra, 2003,p.50.]
Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick (1996, p.41-42, 211) em suas pesquisas sobre os nomes de logradouros em São Paulo descreve que a área conhecida como Acu, localizava-se na área do Anhangabaú, próximo a arual Avenida São João, na confluência com a Avenida Prestes Maia. A descida da Praça Antônio Prado em direção ao Vale do Anhangabaú era conhecida como Ladeira do Acu - descrita por Affonso de Freitas como uma ladeira íngreme e de difícil acesso, composta de humildes casebres. Havia também uma nascente conhecida pelo nome Bica do Acu, no encontro com a antia Rua do Seminário, que ao unir suas águas com o Tanque do Zunega, desaguava no Anhangabaú. A ponte que existia sobre esse ribeirão, era chamada de Ponte do Acu.
[+] sumário do livro: "A dinâmica dos nomes na cidade de São Paulo, 1554-1897", de Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick.
Para Affonso de Freitas, o termo "acu", derivava de "yacuba", "hacu", "iacu" que significava "água venenosa"; já Theodoro Sampaio argmentava que o significado era "quentura, calor quente" (DICK, 1996, p. 41-42). Em 1721, o engenheiro Sanchez D'Orta examinou as águas, descrevendo como resultado: "muitíssima férrea e fria, ácida, vitriólica, base térrea calcária de oca, com algumas partículas arsenais, ainda que tênue e sumamente saturada de gás mefítico" (MOURA, 1980, p.92 apud DICK, 1996, p.42).
Rua do Acú, n.7: anúncio de carroça "própria para mudança de casa" estava disponível para aluguel [CORREIO PAULISTANO, n.44, 17 Ago. 1854].
Rua do Acu: endereço de Antonio Rodrigues de Oliveira Netto, amanuense da Secretaria do Governo.
Rua do Acu, n.30: Henrique Luiz - objetos e jóias em prata.
YAMAGAWA, Mônica. Rua do Acu - Logradouros do Centro de São Paulo. Moyarte. Disponível em: <http://www.moyarte.com.br/centro-de-sao-paulo/logradouros/indice- logradouros.html>. Acesso em: 25 Jan. 2022. [Em "Acesso em", indicar a data de consulta, data de acesso ao site].
ALMANACH PAULISTA PARA O ANNO DE 1882. São Paulo: G. Rangel, 1881.
DICIONÁRIO DE RUAS. Arquivo Histórico Municipal de São Paulo. Disponível em: <https://dicionarioderuas.prefeitura.sp.gov.br/>. Acesso em: 12 Out. 2020.
PORTO, Antônio Rodrigues. História da cidade de São Paulo através de suas ruas. 2ª. Edição. São Paulo: Carthago, 1996.
PORTO, Antônio Rodrigues. História Urbanística da cidade de São Paulo (1554 a 1988). São Paulo: Carthago, 1992.
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