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Ângelo Agostini

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atualizado em: 8 de outubro de 2020

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Um dos editores do semanário humorístico "Cabrião" (1866 - 1867) e ilustrador do periódico "Diabo Coxo" (1864-1865).

Nasceu na Itália (Vercelli) em 8 de abrul de 1842/1843, filho de uma Raquel Agostini (cantora lírica). Após a morte do pai (Antônio Agostini), quando tinha 9 anos, foi enviado para Paris, aos cuidados da avó, matriculado como pensionista em um colégio francês. Estudou e frequentou academias de arte na capital francesa.

Aos 17 anos, veio para o Brasil, acompanhado de seu padastro português, Antônio Pedro Marques de Almeida. Não há registros documentais sobre a data correta de entrada no país, acredita-se que chegou ao Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1859, vindo no navio Jeune France.

Mãe e padastro viviam no Brasil desde outubro de 1854, ano em que Raquel Agostini assinou um contrato com a Companhia Lírica Italiana, para apresentações da ópera "Ernani", de Verdi, interpretando o papel de Elvira. No ano seguinte (1860) o casal mudou-se para São Paulo. Apesar da hipótese de chegada ao Brasil em 1859, consta que Agostini mudou-se para São Paulo apenas em 1862.

"Na capital da Província, com a arte itálica e a finesse frncsa, publicou o Diabo Coxo (1864-1865), marco importante na história da imprensa paulista por ter sido seu primeiro jornal ilustrado e de caricaturas. Agostini dava início a uma verdadeira militâncai política brasileira, da qual não se afastou até o fim de seus dias, vergastando impiedosamente os homens públicos e a sociedade com suas corrosivas e irreverentes caricaturas, que até então eram desconhecidas como arma de combate."

[GAGNIN, Antonio Luiz. Foi o Diabo!. In: GAMA, Luís. Diabo Coxo: São Paulo - 1864-1865. São Paulo: Edusp, 2005, p. 16-17].

Posteriormente, participou da fundação de Cabrião (1866-1867): suaas caricaturas geraram ameaças por parte dos caricaturados, incluindo vandalismo, destruição da redação do jornal (registradas no penúltimo número publicado). Em outubro de 1867, tudo indica que saiu às pressas da cidade, pois, a última edição do periódico foi impressa sem suas ilustrações.

Não voltou mais para São Paulo e passou a publicar suas caricaturas nos periódicos editados no Rio de Janeiro: Arlequim, Vida Fluminense, O Mosquito, Revista Ilustrada, entre outros. Segundo Gagnin (apud GAMA, 2005, p. 18), voltou para Paris, onde ficaou por seis anos, um "exílio forçado", retornando ao Brasil e editando após a volta, "Don Quixote" (1895-1902).

Morreu em 1910.