Formou-se bacharel em ciência jurídias e sociais, em 19 de outubro de 1835 (turma 1831-1835). Natural da antiga Província de Pernambuco, filho de José Joaquim de Almeida e marido de Dona Ana Ramos de Almeida.
Segundo Almeida Nogueira:
"Como estudante, é possível que Antônio Roberto de Almeida tenha sido o mesmo que foi na sua vida pública, isto é, um homem de tipo austero e reservado."
[NOGUEIRA, Almeida. A Academia de São Paulo: tradições e reminiscências - estudantes, estudantões, estudantadas. Volume 2. São Paulo: Arcadas, 1953, p. 9.]
De acordo com Antonio Egydio Martins (2003), em 1839, na função de vereador, foi nomeado para a comissão voltada para a melhoria do serviço de abastecimento de água potável, para junto com o tenente- coronel Bento José de Moraes,
"dirigirem os trabalhos de canalização da água do tanque denominado de São Francisco para alimentar os chafarizes então existentes"
[MARTINS, Antonio Egydio. São Paulo Antigo: 1554 - 1910. São Paulo: Paz e Terra, 2003, p. 27.]
Seguiu a carreira da magistratura, alcançando o posto de desembargador. Em 1853, tornou-se chefe de polícia da Província de São Paulo, pernanecendo na função até 1858. Por duas vezes foi vice-presidente da Província de São Paulo, nos anos de 1855 e 1857.
Em "Academia de São Paulo: tradições e reminiscências", de Almeida Nogueira (Volume II, da edição Editora Arcadas, 1953), Carlos Penteado de Rezende, responsável pelo Capítulo I, sobre "A Turma Acadêmica de 1831 - 35", em suas pesquisas nas crônicas de Antônio Egydio Martins, encontrou uma passagem sobre o bacharel em ciências jurídicas e sociais, Antônio Roberto de Almeida (que recebeu grau de bacharel em 19 de outubro de 1835) e o alfaiate francês Pedro Bourgad.
Anos depois, já formado e exercendo o posto de chefe da polícia da Província de São Paulo (1853 - 1858), o "Dr." Antônio Roberto de Almeida:
"era um magistrado de caráter austero e ríspido e muito implicava com alguns célebres concertos de assobios que os oficiais alfaiates, empregados na alfaiataria do cidadão francês Pedro Bourgad sempre faziam em frente à loja do mesmo cidadão francês (...). Os mesmos oficiais alfaiates costumavam, em tempo de verão, trabalhar sentados em um pequeno banco de madeira no meio da rua, de modo que o dr. Roberto de Almeida, então chefe de polícia, sem que por eles fosse presentido, se apresentava munido de uma bengala e enxotava do lugar em que os mesmos alfaiates se achavam, dando bengaladas nos bancos, os quais apressadamente eram retirados do referido lugar por aqueles alfaiates que, espavoridos, entravam pela porta a dentro da loja do mesmo Pedro Bourgad (...)"
[NOGUEIRA, Almeida. A Academia de São Paulo: tradições e reminiscências - estudantes, estudantões, estudantadas. Volume 2. São Paulo: Arcadas, 1953, p.9.]
Em 17 de abril de 1857, então chefe de polícia e vice-presidente, Dr. Antonio Roberto de Almeida, ordenou
"(...) lavrar o contrato de cessão, que fizeram ao governo as senhoras freiras do Recolhimento de Santa Teresa do direito que tinham sobre o tanque e canal que lhes pertenciam, sem outra condição além da torneira permanente no referido recolhimeto."
[MARTINS, Antonio Egydio. São Paulo Antigo: 1554 - 1910. São Paulo: Paz e Terra, 2003, p. 23.]
Em 16 de junho de 1857, concordando com vários integrantes da Câmara Municipal, que apesar da impossibilidade do Chafariz do Largo da Misericórdia de fornecer água, a mesma não deveria ser demolida, por ser, de acordo com os vereadores,
"o chafariz um monumento antigo que aformoseava o largo que estava situado e julgando conveniente o a sua conservação como uma memória dos tempos passados"
[MARTINS, Antonio Egydio. São Paulo Antigo: 1554 - 1910. São Paulo: Paz e Terra, 2003, p. 27.]
Ainda segundo Almeida Nogueira (1953),
"O desembargador Almeida residiu certo tempo num sobrado da rua da Boa Vista, com frente para o lugar onde é hoje a rua 3 de Dezembro e fazendo fundos para as ribanceiras do rio Tamanduateí, cujo curso foi mais tarde desviado para dar passagem à atual rua 25 de Março. A presença do severo magistrado naquela velha casa povoada de autos e praxistas parece ter propiciado ambiente favorável para que nela, em 1874, se instalasse o Tribunal de Relação de São Paulo."
[NOGUEIRA, Almeida. A Academia de São Paulo: tradições e reminiscências - estudantes, estudantões, estudantadas. Volume 2. São Paulo: Arcadas, 1953, p.9-10.]
MARTINS, Antonio Egydio. São Paulo Antigo: 1554 - 1910. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
NOGUEIRA, Almeida. A Academia de São Paulo: tradições e reminiscências - estudantes, estudantões, estudantadas. Volume 2. São Paulo: Arcadas, 1953.
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