Nasceu em 1536, em São Paulo. Bisneta de João Ramalho. Mãe de Inês Camacho (1567 - 1623), Dona Bernada Luiz (1578 - 1649 - esta, casada com Amador Bueno da Ribeira, nome de solteira Bernarda Luis Camacho), Antonio Lourenço (1585 - 1658), Domingas Luís, Miguel Luís e Domingos Luís. No site Genea Minas, que divulga árvores genealógicas, é mencionado que há estudos que a coloca como filha de Jeronimo Dias Cortes e Maria Camacho e outros como de Gonçalo Camacho e Jerônima Dias Ferreira, já no site Rodovid, seus pais seriam Ginçalo Camacho e Catharina Ramalho Ferreira.
No site ArvoreNet estão os parágrafos do trabalho "Genealogia Paulistana", de Luiz Gonzaga da Silva Leme:
"Pág. 30 - Cap. 5.º: João Ramalho. Quando aí descrevemos a sua descendência, lamentávamos a perda do seu testamento, que poderia nos orientar com segurança no assunto. Guiados então pelos "Apontamentos Históricos" de Azevedo Marques e por uma ou outra referência feita por Pedro Taques na sua "Nobiliarquia Paulistana", aí mencionamos cinco filhos, entre os quais: Catharina Ramalho e Beatriz Ramalho, que não foram f.ªs de João Ramalho; omitimos na lista dos f.ºs muitos outros e, e finalmente, seguindo o testemunho do revd.mo dr. Guilherme Pompeu, demos na pág. 31 do citado V. a Anna Camacho (mulher de Domingos Luiz) uma ascendência errônea em face dos dois novos documentos que nos vieram às mãos depois de publicado o 5° V., e que passamos a expor:
O 1.º documento pertenceu ao arquivo do general Arouche, que o escreveu sob a inspiração do grande genealogista Pedro Taques no século 18.°; principia expondo e criticando as diversas tradições verbais correntes em seu tempo sobre a ligação de Anna Camacho com seu antepassado João Ramalho, entre as quais uma existia que ligava a dita Anna Camacho à Tebiriçá sem passar em João Ramalho, e esta foi a 1.ª opinião formada por Pedro Taques nos primeiros tempos de seus estudos genealógicos, e finalmente estriba-se o dito general na 2.ª opinião do mesmo genealogista que, em uma carta escrita nos últimos anos de sua vida, quando adiantado nos seus estudos genealógicos, reformou a sua 1.° e apresentou a que julgava segura em vista de documentos que teve ocasião de consultar.
A. 1.ª tradição, contida no documento do general Arouche, menciona Anna Camacho como f.ª de Gonçalo Camacho e de Jeronima Dias, por esta neta de Lopo Dias e de Beatriz Ramalho, por esta bisneta de João Ramalho e de Izabel Dias.
A 2.ª apresenta Anna Camacho como f.ª de Bartholomeu Camacho e de Jeronima Dias, por esta neta de Jeronimo Dias e de N... Ramalho, por esta bisneta de João Ramalho.
A 3.ª (que foi a 1.ª opinião de Pedro Taques, mais tarde reformada pelo mesmo) menciona a dita Anna Camacho como f.ª de Gonçalo Camacho e de Jeronima Dias, por esta neta de Lopo Dias e de N..., por esta bisneta de Tebiriçá.
Diante de tanta diversidade de opiniões sem títulos nem documentos, exclamou o general Arouche: que ficava na certeza e confessava ignorar quais eram os seus antepassados mais remotos; e esta incerteza para nós cresce de ponto face da 4.ª tradição, escrita pelo revd.mo dr. Guilherme Pompeu, que diz ser Anna Camacho f.ª de Jeronimo Dias Cortes e de N... Camacho, por esta neta de Bartholomeu Camacho e de N... Ramalho, por esta bisneta de João Ramalho.
Entretanto, o dito general termina aceitando como verdadeira e mais segura a 2.ª opinião de Pedro Taques, baseada em documentos, e nós neste ponto o acompanhamos; vem ser: que Anna Camacho (mulher de Domingos Luiz) foi f.ª de Gonçalo Camacho, natural de Viana (irmão de Paula Camacho que veio ao Brasil casada com João Maciel) e de N... Ferreira, por esta neta do capitão-mor Jorge Ferreira e de Joanna Ramalho, por esta bisneta de João Ramalho e de Izabel Dias. Esta 2 ° opinião de Pedro Taques, além de baseada em documentos como sejam cartas de sesmaria, escrituras de dote e procurações, está de acordo com o testamento de João Ramalho, cuja cópia é a substância do 2.º documento que vamos descrever."
[GENEALOGIA PAULISTANA - LUIZ GONZAGA DA SILVA LEME (1852-1919) - Vol IX - Pág. 65 a 107. ArvoreNet. Disponível em: <http://www.arvore.net.br/Paulistana/Adenda_1.htm>. Acesso em: 20 Jul. 2020.]
Junto com seu marido, Domingos Luiz, fundaram no atual Bairro do Ipiranga a primeira capela em homenagem à Nossa Senhora da Luz. Na década de 1570-1580, o casal mudou-se para a região conhecida como Guaré, atual Bairro da Luz, onde fundou um segundo tempo, também em homenagem a Nossa Senhora da Luz, doando o patrimônio para o poder público em 1603.
" 'O dito Domingos Luiz e sua mulher Anna Camacho, e por elles ambos e cada um per si foi dito que os annos atraz passados, tempo, dia e mez que na verdade se achar, elles ambos fizeram uma escriptura de doação á casa de Nossa Senhora da Luz, que fiseram em Piranga', reza o início da escritura do 'publico tabellião'."
[ARROYO, Leonardo. Igrejas de São Paulo: introdução ao estudo dos templos mais característicos de São Paulo nas suas relações com a crônica da cidade. Rio de Janeiro: José Olympio, 1954, p.26.]
ARROYO, Leonardo. Igrejas de São Paulo: introdução ao estudo dos templos mais característicos de São Paulo nas suas relações com a crônica da cidade. Rio de Janeiro: José Olympio, 1954, p.26.
DOMINGOS LUIZ (O CARVOEIRO) E ANNA CAMACHO. Genea Minas. Disponível em: <https://www.geneaminas.com.br/genealogia-mineira/restrita/enlace.asp?codenlace=1301711>. Acesso em: 20 Jul. 2020.
GENEALOGIA PAULISTANA - LUIZ GONZAGA DA SILVA LEME (1852-1919) - Vol IX - Pág. 65 a 107. ArvoreNet. Disponível em: <http://www.arvore.net.br/Paulistana/Adenda_1.htm>. Acesso em: 20 Jul. 2020.
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