Em agosto de 1900, Alfredo Brasil de Castro foi eleito diretor-auxiliar da Sociedade Primavera.
Em fevereiro de 1904:
"Communico-vos , para os devidos effeitos, que o sr. ministro, a quem foi presente o processo transmittido como o vosso officio n.100 (? 190) de 28 de agosto do anno proximo findo, em que Alfredo Brasil de Castro, passageiro do vapor francez Espagne, entrado no porto de Santos a 15 de julho anterior, recorre da decisão do inspector da alfandega deste Estado, que, baseado no art. 19 do decreto de n. 3.529, de 15 de julhod e 1899, impog (?) lhe a multa de direitos em dobro por haver encontrado entre as suas roupas de uso varias mercadorias de commercio, resolveu, por despacho de 18 do mez passado, proferido na conformidade do parecer emittido pelo Conselho de Fazenda, em sessão de 12 do mesmo mez, negar provimento ao alludido recurso, para o fim de confirmar a decisão recorrida, por seus fundamentos."
[CORREIO PAULISTANO, n. 14.558, 24 Fev. 1904.]
Funcionário - auxiliar - da Casa Fretin, em 1906, de acordo com nota de aniversário (13 de dezembro) publicada no O Commercio de São Paulo (n. 68); em 1907, outra nota de aniversário é publicada no Correio Paulistano, porém, sem mencionar sua profissão ou o estabelecimento onde trabalha, constando apenas seu nome como aniversariante da data.
Em 17 de agosto de 1907 esteve presente, entre vários outros imigrantes franceses, moradores na cidade de São Paulo, no baile oferecido ao Barão d'Anthouard, diplomata francês, no Cercle Français.
Em janeiro de 1908, é eleito para integrar a Comissão de Contas do Grêmio do Commercio de São Paulo
Seu nome foi mencionado no Imposto Sobre Capital Particular Empregado Em Empréstimo (lançamento de 1909), com taxas de imposto e adicional no valor de 100$000, em março de 1909. No mesmo ano, seu nome constou como um dos sorteados para a função de jurado para os trabalhos da quinta sessão do ano (maio); posteriormente, após o cancelamento de uma sessão do tribunal por falta de jurados, um novo sorteio foi realizado de uma "urna suplementar" e seu nome, novamente, constou como um dos sorteados (junho). Com relação a função de jurado, seu nome surge como sendo "recusado pela promotoria", no processo a que respondia o Dr. Riolando de Alemida Prado (junho de 1909); sorteado, novamente para o juri (janeiro de 1910) e multado em 180$000 por faltas não justificadas quando sorteado para ser jurado (fevereiro de 1910). No decorrer da décade de 1910, há várias notas similares, informando que Alfredo Brasil de Castro foi escolhido para o juri do tribunal, em diversas ocasiões.
Ainda em 1909, em nota da "Chronica Social", sobre "hóspedes e viajantes" (em nota de 1906, consta como "auxiliar" na Casa Fretin, nesta, como "sócio":
"Regressou da Europa, acompanhado de sua família, o sr. Alfredo Brasil de Castro, socio da Casa Fretin, desta praça."
[CORREIO PAULISTANO, n. 16.465, 10 Jun. 1909.]
Em 1911, seu nome consta como um dos sócios fundadoresda Sociedade Alliança do Brasil (Sociedade Mútua de Pecúlio e Bonificações), que de acordo em seu Artigo 3o:
"A Sociedade tem por fim a constituição de um fundo para peculio e bonificações, da somma de quarenta contos de réis, sendo trinta contos de réis para os herdeiros ou beneficiários do associado que fallecer, e dez contos de reis para bonificação a um dos seus socios em vida, todas as vezes que se dê um fallecimento na Sociedade."
[A VIDA MODERNA, Anno VI, n. 93, 30 Set. 1911.]
Em 1915, em um artigo sobre a prisão de ladrões de instrumentos médicos, Alfredo é descrito como "perito" da Casa Fretin, auxiliando o departamento de polícia na avaliação dos bens apreendidos com os criminosos. Na nota sobre seu falecimento, em março de 1919, é descrito como "antigo gerente da casa Fretin" .
Em novembro de 1909, consta sua presença no baile realizado no Casino, em benefício do Hospital Umberto I, de acordo com dados do O Commercio de São Paulo. . Em outra nota, dessa vez, na "Chronica Social", seu nome aparece em maio de 1910, como um dos que atenderam a missa de sétimo dia do Dr. Luiz Augusto Ferreira. No mesmo ano, nova nota social, informando que Alfredo Brasil de Castro compareceu à inauguração do novo prédio do London Bank (maio). Em novembro de 1912, seu nome é citado como um dos presentes ao enterrro de Dona Carolina Rosa Torres de Oliveira (viúva do comendador Bernardino J. Dias Torres de Oliveira). Em dezembro de 1913, seu nome consta como um dos inscritos para os atos festivos em homenagem aos antigos seminaristas das turas de 1885-1886. Em novembro de 1915, acompanhou o enterro de Decio Alves Ferreira (filho de Casimiro Alves Ferreira Junior e Amelia Guerra Ferreira). Em dezembro de 1918, esteve na missa de 7o. dia de Celso Cesar da Fonseca.
Em 1916, Brasil de Castro é intimado pela prefeitura a extinguir os formigueiros localizados no terreno de sua propriedade, localizado na Rua Hermes da Fonseca, 51, sob pena de multa.
Alfredo Brasil de Castro, teve um filho, chamado de Arildo (seu aniversário é publicado na "Chronica Social", do Correio Paulistano de 27 de outubrou de 1911). Faleceu em 20 de março de 1919:
"Finou-se hontem, nesta capital, o sr. Alfredo Brasil de Castro, antigo gerente da Casa Fretin.
O finado deixa viúva, a sra. d. Alzira Guerra de Castro, e dois filhos menores.
O enterro effectua-se hoje, ás 16 horas, sahindo o feretro da rua 24 de Maio, n. 43, para o cemitério do Santissimo Sacramento."
[CORREIO PAULISTANO, n. 20.012, 21 Mar. 1919.]
Apesar da informação do falecimento em 1919, em janeiro de 1924, a Prefeitura Municipal publica um expediente da Directoria geral, solicitando a presença de "Alfredo Brasil de Castro" para esclarecimentos e posteriormente em fevereiro de 1924, o mesmo departamento publicada em seu expediente que
"Acham-se approvadas na Directoria de Obras e Viaçãoas plantas apresentadas pelos srs.:
Afredo Brasil do Castro , para cosntruir casa à rua Vinte e Quatro de Maio, 43."
[CORREIO PAULISTANO, n. 21.763, 6 Fev. 1924.]
Como o endereço mencionado é o mesmo do de saída do cortejo fúnebre, provavelmente foram processos apresentados antes de sua morte, e, como não foi comunicado o óbito ao departamento, os processos constavam como abertos, em 1924.
Até o momento, o Moyarte não encontrou referências sobre Alfredo Brasil de Castro nos livros sobre a história de São Paulo; seu nome não é mencionado na publicação comemorativa dos 100 anos da casa Fretin. Os dados encontrados nos periódicos apresentam sua presença em diversos eventos sociais (bailes, recepções, enterros e missas) - com seu nome mencionado com certa frequência na "Chronica Social" do Correio Paulistano, assim como associado à Casa Fretin (como uma extensão da sua identidade) e relacionado a a conselhos de grêmios e outras associações.
A VIDA MODERNA, Anno VI, n. 93, 30 Set. 1911.
CORREIO PAULISTANO, N. 13.269, 11 Ago. 1900.
CORREIO PAULISTANO, n. 14.558, 24 Fev. 1904.
CORREIO PAULISTANO, n. 15.808, 18 Ago. 1907.
CORREIO PAULISTANO, n. 15.925, 13 Dez. 1907.
CORREIO PAULISTANO, n. 16.635, 1 Mar. 1909.
CORREIO PAULISTANO, n. 16.425, 1 Mai. 1909.
CORREIO PAULISTANO, n. 16.459, 4 Jun.1909.
CORREIO PAULISTANO, n. 16.465, 10 Jun. 1909.
CORREIO PAULISTANO, n. 16.474, 19 Jun. 1909.
CORREIO PAULISTANO, n. 16.688, 20 Jan. 1910.
CORREIO PAULISTANO, n. 16.711, 12 Fev. 1910.
CORREIO PAULISTANO, n. 16.790, 3 Mai. 1910.
CORREIO PAULISTANO, n. 16.809, 22 Mai. 1910.
CORREIO PAULISTANO, n. 17.330, 27 Out. 1911.
CORREIO PAULISTANO, n. 17.703, 4 Nov. 1912.
CORREIO PAULISTANO, n. 18.105, 4 Dez. 1913.
CORREIO PAULISTANO, n. 18.622, 21 Mai. 1915.
CORREIO PAULISTANO, n. 18.814, 29 Nov. 1915.
CORREIO PAULISTANO, n. 19.060, 4 Ago. 1916.
CORREIO PAULISTANO, n. 19.931, 29 Dez. 1918.
CORREIO PAULISTANO, n. 20.012, 21 Mar. 1919.
CORREIO PAULISTANO, n. 21.744, 8 Jan. 1924.
CORREIO PAULISTANO, n. 21.763, 6 Fev. 1924.
O COMMÉRCIO DE SÃO PAULO, anno XIII, n. 68, 13 Dez. 1906.
O COMMÉRCIO DE SÃO PAULO, anno XIV, n. 402, 15 Jan. 1908.
O COMMÉRCIO DE SÃO PAULO, anno XVI, n. 1.209, 17 Nov. 1909.
A |
B |
C |
D |
E |
F |
|
G |
H |
I |
J |
K |
L |
M |
N |
O |
P |
Q |
R |
S |
T |
U |
V |
W |
X |
Y |
Z |
Informações sobre a história do Centro de São Paulo organizadas por séculos e divididas por décadas para facilitar a pesquisa.
Informações sobre estabelecimentos comerciais, bancários, educacionais e outros relacionados ao setor terciário, que existiram no Centro de São Paulo, assim como, estabelecimentos históricos que ainda funcionam na região.
Verbetes sobre o Centro de São Paulo: moradores, estabelecimentos comerciais, edificações, entre outros.
Informações sobre os logradouros localizados no Centro de São Paulo, incluindo os que desapareceram com as alterações urbanas realizadas desde a fundação da cidade.
Indicações de livros, artigos, sites, vídeos sobre o Centro de São Paulo.
Informações sobre bens tombados, legislação, tombamento do Iphan, Condephaat e Conpresp. Notícias sobre os bens tombados. Projetos de requalificação urbana e preservação do patrimônio cultural tombado.