O Edifício dos Correios e Telégrafos, hoje Centro Cultural Correios de São Paulo, foi projetado por Domiziano Rossi e Felisberto Ranzini, do Escritório Ramos de Azevedo. Os trabalhos de serralheria foram executados pelo Liceu de Artes e Ofícios.
A construção começou em 1920, foi concluída em 20 de outubro de 1922 e inaugurada por Washington Luís, então, presidente do estado - segundo Esteves e Abdalla (2013, p. 261), a unidade foi inaugurada em um período de expansão dos serviços postais.
Ainda de acordo com Esteves e Abdalla (2013, p. 261), a edificação ocupou o terreno entre a Avenida São João, Rua do Seminário, onde, no local, funcionavam o Mercadinho da São João e o Seminário das Educandas (primeira instituição de ensino para moças de São Paulo).
Entre 1998 e 2006, a edificação ficou fechada para restauração, incluindo nesse período duas paralizações nesse trabalho. Segundo Ricardo Gallo (Folha de S.Paulo), em julho de 2006, a reforma foi parcialmente concluída, porém, o Centro Cultural foi somente inaugurado em 2013:
"A obra vai recuperar um dos cartões-postais da cidade, construído em estilo neoclássico entre 1918 e 1922. O trabalho começou em novembro de 2004 e custará, ao final, R$ 16 milhões. É a primeira fase da reforma do edifício, a partir do qual é possível avistar, entre outros, os edifícios Martinelli e Banespa, a sede da prefeitura.
Segundo o engenheiro Alberto Carlos Cabral, dos Correios, coordenador da obra, a etapa inicial contempla três pisos: no subsolo ficará o estacionamento. O atendimento ao público e a triagem, hoje na rua Líbero Badaró (centro), ficarão no térreo. O mezanino terá um centro cultural, com espaço para filatelia e restaurante. As obras recompõem elementos históricos ao mesmo tempo em que modernizam o edifício, que é tombado. O restauro, por exemplo, recuperou três grandes arcos em estilo greco-romano do mezanino, concretados em uma reforma nos anos 50. A marquise, com ferrugem, será restaurada.
(...)
Entre as inovações do prédio está a implantação de duas escadas rolantes, além de um grande vão livre na parte central do prédio, iluminado com luz natural graças a uma clarabóia. O piso do mezanino é de granito. "O que vai ser preservado são as colunas, as peças de época. O projeto arquitetônico preserva uma área e, na outra, ele moderniza", diz Cabral. Para a segunda fase da reforma, sem previsão de início, a estatal busca parceiros. O projeto prevê a reforma do exterior do edifício e do primeiro, segundo e terceiro andares, mais a construção de teatro e duas salas de cinema."
[GALLO, Ricardo. Após 8 anos, Correios reabrem sua 1ª agência. Folha de S.Paulo: Cotidiano, 24 Mar. 2006.]
Durante os trabalhos da 1a. fase de restauração, foi possível encontrar a cor original de algumas paredes, por exemplo, no mezanino, foi necessário raspar dez camadas até alcançar o tom ocre, adotado em 1922.
Para saber mais sobre o projeto de restauro, com imagens das plantas e esboços dos espaços internos, visite o site da Vigliecca e Associados.
ABDALLA, Antônio Carlos, ESTEVES, Juan. Capital - São Paulo e Seu Patrimônio Arquitetônico. São Paulo: Imesp, 2013.
GALLO, Ricardo. Após 8 anos, Correios reabrem sua 1ª agência. Folha de S.Paulo: Cotidiano, 24 Mar. 2006.
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