Justificativa do CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo, para tombamento da edificação:
"O edifício é um exemplar de valor documental da ocupação bancária na cidade de São Paulo e localiza-se numa região do centro da cidade de São Paulo historicamente permeada por instituições financeiras, concentração essa que ainda persiste. Foi construído em 1901 e adquirido pelo Banco do Brasil em 1923. O engenheiro-arquiteto Hippolyto Gustavo Pujol Júnior realizou o projeto de transforma-lo em agência bancária inaugurado em outubro de 1927 para sediar o Banco do Brasil em São Paulo, que ali manteve sua agência central até 1957.
O edifício do Banco do Brasil apresenta uma arquitetura e um partido de implantação de origem tipicamente francesa. A entrada pela esquina visa a uma ocupação máxima e ao melhor aproveitamento do espaço interno, associados a uma ornamentação eclética. O vazio central no hall do edifício é encimado por um torreão que também segue uma solução francesa. Construído em estrutura de concreto armado e alvenaria de tijolos, o edifício apresenta uma composição de cinco andares mais o torreão, que transmite à edificação solidez e segurança, fundamentais numa obra cuja função era abrigar um estabelecimento bancário. A arquitetura foi bem resolvida tanto no modo de implanta-la, que destaca a esquina do edifício, quanto na solução adotada em sua ornamentação, que é coerente com a época e bem característica."
[Resolução SC 40/04, de 02/09/2004, publicado no DOE 14/09/2004, p. 75 – seção I]
O edifício, construído em 1901, passou por reforma em 1923, sob a responsabilidade do arquiteto Hippolyto Pujol, para abrigar a primeira agência do Banco do Brasil na capital paulistana. Com o desenvolvimento da capital paulista, as dimensões da edificação não mais comportavam as atividades bancárias e em 1954, a instituição foi transferida para uma nova unidade - na esquina da Avenida São João, com Rua São Bento e Rua Líbero Badaró, em frente ao Edifício Martinelli.
Para a instalação do centro cultural, a edificação foi restaurada, baseada em um projeto de 1992. Segundo, Luiz Telles, arquiteto responsável pelo projeto, foi realizada uma restauração de “nível 1”, quando são preservadas a fachada e o interior do imóvel, respeitando os elementos originais da construção:
“No subsolo do prédio do CCBB-SP, dois cofres originais foram mantidos e estão sendo utilizados na mostra "Qual é o seu Centro?". O maior abriga a cabine para coleta de depoimentos de visitantes durante os finais de semana. Já o cofre menor está sendo utilizado como um posto para que visitantes possam cadastrar suas fotos, objetos e documentos pessoais, colaborando com a exposição.
No processo de restauração foram feitas algumas adaptações, a exemplo da clarabóia que originalmente estava instalada no segundo andar e que foi erguida para o último andar do edifício. Para tanto, o departamento de engenharia do Banco do Brasil contratou a mesma empresa que havia realizado a reforma do edifício em 1927. "Cada pedacinho do vitral foi catalogado de forma que pudesse ser remontado exatamente como antes", afirma o arquiteto.”
[PRIA, Marcelo Dalla. Restauração do prédio do CCBB-SP mantém características de 1901. Folha de São Paulo: 22 Abr. 2001.]
Tombado pelo CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Arqueológico e Turístico de São Paulo e pelo CONPRESP - Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo, a restauração da edificação custou cerca de R$ 7,5 milhões, na época de sua realização. Os elementos originais foram restaurados e mantidas as características arquitetônicas do início do século XX.
De acordo com Abdalla e Esteves (2013, p. 264), os detalhes da decoração interna arquitetônica, reportam ao período cafeeiro - afrescos, arandelas em latão, mosaico esmaltado no piso, lustres e vidros - que foram preservados no projeto de restauração e transformação da edificação em espaço cultural
ABDALLA, Antônio Carlos, ESTEVES, Juan. Capital - São Paulo e Seu Patrimônio Arquitetônico. São Paulo: Imesp, 2013.
PRIA, Marcelo Dalla. Restauração do prédio do CCBB-SP mantém características de 1901. Folha de São Paulo: 22 Abr. 2001.
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