Em maio de 1827, no anúncio publicado no O Farol Paulistano, o endereço indicava que Guilherme Hopkins, imigrante inglês (BIVAR, 2008, p.55), morava na Rua de Lorena; no ano seguinte, outro anúncio mencionava o endereço como Ponte do Lorena, apensar da nomeclatura diferente é possível que se trate o mesmo endereço, pois a localização da rua era como uma extensão da ponte:
De acordo com Mello (1983, p.112), Hopkins figurava entre os comerciantes de tecido de maior projeção; Bivar (2008, p.55) menciona que seu testamento mencionou que era "natural da inglaterra e de idade de setenta e oito anos", de acordo com a autora, era raro indicar idade em testamentos da época.
Hopkins também foi proprietário do "Sítio da Ressaca":
"Em 1827 o Sítio Ressaca pertencia ao padre Vicente Pires da Motta, que o vendeu em 19-8-1827 a Jorge Heath, que o vendeu a Guilherme Hopkins, que por sua vez o vendeu a Henrique Henriqueson, e este, em 1853, a Francisco Antonio Mariano."
[MAYUMI, Lia. Taipa, canela preta e concreto: um estudo sobre a restauração de casas bandeiristas em São Paulo. Tese de doutorado. FAU - USP, Nov. 2005.]
Em 1847, Hopkins hospedou Samuel Greene Arnold - jovem americano -, que relatou sua passagem no país em "Viagem pela América do Sul", segundo Costa e Silva Sobrinho:
"Às duas horas, ao dobrarem uma curva da estrada, descortinaram a perspectiva da cidade de S. Paulo, 'muito bela à primeira impressão, cheia de cúpulas e torrezinhas que desde logo aparecem'.
Achavam-se, afinal, às duas e meia, 'na única hospedaria existente na cidade (pequeno estabelecimento). Estava o dono doente - conta Arnold -, não pôde receber-nos. Não obstante, tomei banho, troquei de roupa e fui à casa de mr. Fox, para quem trazia cartas. Sua esposa estava enferma, deu-me então um bilhete para um mr. Hopkins, também inglês, que me acomodou. E aqui estou, moído e quebrado no corpo, pois a minha mula é de trote áspero e a viagem longa... Dizem que a distância de Santos a São Paulo é de nove léguas. São quarenta milhas completas. De lá até aqui gastamos doze horas na caminhada'.
(...)
Em casa de Guilherme Hopkins ficou dois dias. Era então costume muito usado a hospedagem graciosa em casa de amigos, de preferência aos hotéis."
[COSTA E SILVA SOBRINHO. Uma viagem a S. Paulo em 1847. A Tribuna - Santos Noutros Tempos, 16 Nov. 1952. Apud NOVO MILÊNIO - HISTÓRIA E LENDAS DE SANTOS, 11 set. 2008. Disponível em: <http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0300m2.htm>. Acesso em: 7 Jun. 2022.]
Em 1857, Hopkins publica o seguinte anúncio no Correio Paulistano:
YAMAGAWA, Mônica. Guilherme Hopkins - História do Comércio do Centro de São Paulo. Moyarte. Disponível em: <http://www.moyarte.com.br/centro-de-sao-paulo/historia-do-comercio /indice-historia-comercio.html>. Acesso em: 24 Out. 1973. [Em "Acesso em", indicar a data de consulta, data de acesso ao site].
BIVAR, Vanessa dos Santos Bodstein. Além das fronteiras: o cotidiano dos imigrantes na São Paulo oitocentista : vestígios testamentais. Editora Humanitas, 2008.
CORREIO PAULISTANO, n.517, 21 mar. 1857.
COSTA E SILVA SOBRINHO. Uma viagem a S. Paulo em 1847. A Tribuna - Santos Noutros Tempos, 16 Nov. 1952. Apud NOVO MILÊNIO - HISTÓRIA E LENDAS DE SANTOS, 11 set. 2008. Disponível em: <http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0300m2.htm>. Acesso em: 7 Jun. 2022.
MAYUMI, Lia. Taipa, canela preta e concreto: um estudo sobre a restauração de casas bandeiristas em São Paulo. Tese de doutorado. FAU - USP, Nov. 2005.
MELLO, Maria Regina Ciparrone. A industrialização do algodão em São Paulo. Editora Perspectiva, 1983.
O FAROL PAULISTANO, n.14, 9 Mai. 1827.
O FAROL PAULISTANO, n.129, 12 Jul. 1828.
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