A litografia acima apresenta o projeto inicial - rejeitado pelo Poder Público - para a travessia do Vale do Anhangabaú: a construção de um aterro, ligando a Rua de Nova de São José - atual Líbero Badaró -, "com lojas de ambos os lados" (PORTO, 1992, p.73), com o riacho do Anhangabaú correndo através da canalização apresentada no centro da imagem. Jules Martin apresentou o projeto
"em abril de 1879, apresentou um novo projeto, em substituição do viaduto por um boulevard e obteve privilégio para esse projeto em 11 de maio de 1882. Em maio de 1885, firmou contrato com o governo provincial para o viaduto. Em 30 de abril de 1888, deu-se o começo às obras sobre a Rua Formosa e, por questão de desapropriação, só em 6 de maio de 1889 é que prosseguiram as mesmas obras."
[MARTINS, Antonio Egydio. São Paulo Antigo – 1554 a 1910. São Paulo: Paz e Terra, 2003, p.166.]
De acordo com Porto (1992), o projeto sofreu atrasos devido à resistência do Barão de Tatuí que discordava da demolição de parte de sua casa para a instalação do Viaduto.
A primeira versão do viaduto tinha 14 metros de largura e 240 metros de comprimento, desses 180 metros eram de ferro e os outros 60 metros eram o aterro sobre a Rua Barão de Itapetininga. A parte metálica chegou em 1890, fora importada de Duisburg (Alemanha), produzida na fábrica Harkot.
"A encapanação do Viaduto do Chá foi procedida em virtude da Lei Municipal n. 276, de 30 de setembro de 1896, pelo preço de 750:000$000, sendo o pagamento em títulos ao juro de 6% ao ano e com amortização de 1%, ficando o então intendente autoirzado a aumentar 20% sobre os impostos de veículos, excetuadas as carroças, sem molas, as quais não podiam transitar no Viaduto."
[MARTINS, Antonio Egydio. São Paulo Antigo – 1554 a 1910. São Paulo: Paz e Terra, 2003, p.167.]
Esse primeiro viaduto foi inaugurado em 6 de novembro de 1892. Na época, para utilizá-lo, transitar da Rua Direita para a região do atual Teatro Municipal, os usuários pagavam 60 réis, somente a partir de 1897, a passagem tornou-se livre, sem cobranças.
Em 1938, a estrutura de ferro foi demolida para dar lugar ao atual Viaduto do Chá.
LAGO, Pedro Corrêa do. Iconografia paulistana do século XIX. São Paulo: Capivara, 2003.
MARTINS, Antonio Egydio. São Paulo Antigo - 1554-1910. Coleção São Paulo: volume 4. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
PORTO, Antônio Rodrigues. História Urbanística da cidade de São Paulo (1554 a 1988). São Paulo: Carthago, 1992.
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