Assumiu o governo da Capitania de São Paulo em 5 de junho de 1788 - porém foi nomeado em agosto de 1786 -, governando a capitania até 27 de junho de 1798 - na obra de Egydio Martins (2003), consta como o ano de 1797).
De acordo com Barreto do Amaral (2006), a Capitania de São Paulo tomou um grande impulso durante sua administração, com o desenvolvimento da produção e comércio de açúcar; a construção de várias obras públicas:
Egydio Martins (2003), publicou em sua obra, um registro encontrado no periódico Aurora Fluminense:
"No Aurora Fluminense (...) encontra-se, no número de 26 de fevereiro de 1830, a seguinte história, que o mesmo jornal diz ser extraída do Observador Constitucional, do qual era redator João Batista Lìbero Badaró (...)
"Era dia de jejum e o Exmo. Sr. Capitão-General Bernardo José de Lorena era acostumado a jejuar; mandou o seu criado comprar peixe fresco, mas como fosse tarde já não o havia. Encontrou, porém, um preto do Cônego Patrício, que levava umas tabaranas para seu senhor, e pediu o criado do S. Ex.a ao preto que lhe houvesse de vender as tabaranas; recusou este e levou para casa o peixe, que se pôs logo a cozinhar. Voltou para o palácio o servo do capitão-geral, com as mãos vazias, e contou a S. Ex.a todo o acontecido.
Bem, disse o Sr. Bernardo José de Lorenam já dois soldados à casa do cônego etrata-me o peixe tal qual está.
A expedição partiu; trouxeram o conquistado o peixe já meio cozido. S. Ex.a teve o gosto de comer tabaranas naquele dia, e não consta que mandasse restituir a panela."[MARTINS, Antonio Egydio. São Paulo Antigo - 1554-1910. Coleção São Paulo: volume 4. São Paulo: Paz e Terra, 2003, p. 146-147.]
A propriedade onde está localizada o atual Palacete Conde de Sarzedas pertenceu a Mariana Angélica de Bustamente e Sá Leme, após sua morte, foi herdado por Francisco de Assis Marcio Lorena, seu filho com Bernardo José Maria da Silveira e Lorena - 5o Conde de Sarzedas.
Francisco de Assis Marcio Lorena e sua esposa D. Maria Rita de Almeida Lorena, tiveram duas filhas: D. Ana Maria de Almeida Lorena e D. Leonor Andromeda de Almeida Lorena.
D. Anna Maria de Almeida Lorena casou-se com Luiz Pereira Machado, de quem ficou viúva e com quem não teve filhos.
D. Leonor Andromeda de Almeida Lorena casou-se com Dr. Luiz Rodrigues Ferreira, de quem ficou viúva e com quem teve dois filhos: José Rodrigues Ferreira, residente no Rio de Janeiro (pai do Dr. Luiz Rodrigues Lorena Ferreira era adido no corpo diplomático brasileiro) e Dr. Luiz Rodrigues Ferreira, residente em São Paulo (vereador e deputado) e quem encomendou a edificação hoje conhecida como Palacete do Conde de Sarzedas, apesar deste não ter herdado o título por ser herdeiro pelo lado materno - os títulos eram repassados através dos descendentes masculinos).
Em alguns estudos há discussões sobre a existência de duas "Anas", uma seria D. Ana Maria de Almeida Lorena, filha Francisco de Assis Marcio Lorena e outra D. Ana Maria de Almeida Lorena Machado ou D. Ana Maria Machado (ou Ana Machado). Porém, há indicações, como os estudos de João Mendes de Almeida sobre a genealogia paulista de que a confusão deve-se ao fato de que Dona Ana passou a utilizar o sobrenome de seu marido - Machado -. Em alguns registros, mapas ou fotografias, a propriedade era mencionada como de Luiz/Luís Machado ou Ana Machado, ao invés do sobrenome "Almeida Lorena" (descendentes de Francisco de Assis Marcio Lorena e sua esposa D. Maria Rita de Almeida Lorena).
"Os sobrenomes Lorena, Machado, Almeida, Rodrigues e Ferreira não aparecem entre as famílias mais ricas da segunda metade do século retrasado (...), onde constam nomes como Paes de Barros, Souza Barro, Souza Queiroz, Souza Aranha, Silva Prado, Dias da Silva, Monteiro de Barros, Santos, Prates, Queiroz Telles, Pereira de Queiroz e Vergueiro. No entanto, como proprietários de terra e descendentes do Conde de Sarzedas (mesmo que fora da linhagem, por não ter havido casamento com a família do nobre) e de ramos da família de Fernão Dias Paes, pode-se dizer que se enquadram, como membros da burguesia paulistana (...)"
[SAMBRANO, Pedro Zayas. Palacete Conde de Sarzedas em São Paulo: questões de preservação, história e valorização. Monografia - Trabalho de Conclusão de Graduação FAU-USP, Jul. 2020.]
Sobre seus pais, há duas histórias:
D. Rodrigo Lobo da Silveira, 1.º Conde de Sarzedas;
D. Luís Lobo da Silveira, 2.º Conde de Sarzedas;
D. Rodrigo Lobo da Silveira da Silva Teles, 3.º Conde de Sarzedas;
D. Teresa Marcelina da Silveira, 4.ª Condessa de Sarzedas;
Bernardo José Maria da Silveira e Lorena, 5.º Conde de Sarzedas;
Bernardo Heitor da Silveira e Lorena, 6.º Conde de Sarzedas;
Francisco de Assis da Silveira e Lorena, 7.º Conde de Sarzedas;
José Maria da Silveira e Lorena, 8.º Conde de Sarzedas;
Carlos Armando da Silveira e Lorena, 9.º Conde de Sarzedas;
Emanuel Leopoldo Rebocho da Silveira e Lorena, 10.º Conde de Sarzedas.
YAMAGAWA, Mônica. Bernardo José Maria da Silveira e Lorena - Dicionário do Centro de São Paulo. Moyarte. Disponível em: <http://www.moyarte.com.br/centro-de-sao- paulo/dicionario-do-centro-de-sao-paulo/ indice-dicionario.html>. Acesso em: 25 Jan. 2022. [Em "Acesso em", indicar a data de consulta, data de acesso ao site].
AMARAL, Antonio Barreto do. Dicionário de história de São Paulo. Coleção Paulística. Volume XIX. São Paulo: Imesp, 2006.
MARTINS, Antonio Egydio. São Paulo Antigo - 1554-1910. Coleção São Paulo: volume 4. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
SAMBRANO, Pedro Zayas. Palacete Conde de Sarzedas em São Paulo: questões de preservação, história e valorização. Monografia - Trabalho de Conclusão de Graduação FAU-USP, Jul. 2020.
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