Luiz de Lorena Rodrigues Ferreira mandou construir o palacete, provavelmente, na última década do século XIX.
A propriedade onde está localizada o atual Palacete Conde de Sarzedas pertenceu a Mariana Angélica de Bustamente e Sá Leme, após sua morte, foi herdado por Francisco de Assis Marcio Lorena, seu filho com Bernardo José Maria da Silveira e Lorena - 5o Conde de Sarzedas.
Francisco de Assis Marcio Lorena e sua esposa D. Maria Rita de Almeida Lorena, tiveram duas filhas: D. Ana Maria de Almeida Lorena e D. Leonor Andromeda de Almeida Lorena.
D. Anna Maria de Almeida Lorena casou-se com Luiz Pereira Machado, de quem ficou viúva e com quem não teve filhos.
D. Leonor Andromeda de Almeida Lorena casou-se com Dr. Luiz Rodrigues Ferreira, de quem ficou viúva e com quem teve dois filhos: José Rodrigues Ferreira, residente no Rio de Janeiro (pai do Dr. Luiz Rodrigues Lorena Ferreira era adido no corpo diplomático brasileiro) e Dr. Luiz Rodrigues Ferreira, residente em São Paulo (vereador e deputado) e quem encomendou a edificação hoje conhecida como Palacete do Conde de Sarzedas, apesar deste não ter herdado o título por ser herdeiro pelo lado materno - os títulos eram repassados através dos descendentes masculinos).
Em alguns estudos há discussões sobre a existência de duas "Anas", uma seria D. Ana Maria de Almeida Lorena, filha Francisco de Assis Marcio Lorena e outra D. Ana Maria de Almeida Lorena Machado ou D. Ana Maria Machado (ou Ana Machado). Porém, há indicações, como os estudos de João Mendes de Almeida sobre a genealogia paulista de que a confusão deve-se ao fato de que Dona Ana passou a utilizar o sobrenome de seu marido - Machado -. Em alguns registros, mapas ou fotografias, a propriedade era mencionada como de Luiz/Luís Machado ou Ana Machado, ao invés do sobrenome "Almeida Lorena" (descendentes de Francisco de Assis Marcio Lorena e sua esposa D. Maria Rita de Almeida Lorena).
"Os sobrenomes Lorena, Machado, Almeida, Rodrigues e Ferreira não aparecem entre as famílias mais ricas da segunda metade do século retrasado (...), onde constam nomes como Paes de Barros, Souza Barro, Souza Queiroz, Souza Aranha, Silva Prado, Dias da Silva, Monteiro de Barros, Santos, Prates, Queiroz Telles, Pereira de Queiroz e Vergueiro. No entanto, como proprietários de terra e descendentes do Conde de Sarzedas (mesmo que fora da linhagem, por não ter havido casamento com a família do nobre) e de ramos da família de Fernão Dias Paes, pode-se dizer que se enquadram, como membros da burguesia paulistana (...)"
[SAMBRANO, Pedro Zayas. Palacete Conde de Sarzedas em São Paulo: questões de preservação, história e valorização. Monografia - Trabalho de Conclusão de Graduação FAU-USP, Jul. 2020.]
Segundo o site do Museu do Tribunal de Justiça, Luiz de Lorena Rodrigues Ferreira:
"(...) deputado por São Paulo, foi quem mandou construir o Palacete, provavelmente entre os anos de 1891 e 1895. Ele, que não herdou o título por descender do Conde por linhagem materna, já com 60 anos de idade apaixonou-se por Marie Louise Belanger, uma francesa de 18 anos. Casou-se com ela e a trouxe para viver no Palacete. Daí teria surgido o apelido “Castelinho do Amor” que se arraigou pela vizinhança. A localização, no topo de uma colina, não podia ser mais privilegiada: permitia que se avistasse todo o vale do Tamanduateí e que fosse de lá visto.
Após a morte do proprietário, sua esposa, filho e nora ainda permaneceram no local até 1939."
[PALACETE. Museu do Tribunal de Justiça. Disponível em: <https://www.tjsp.jus.br/Museu/Museu/Palacete>. Acesso em: 21 Jun. 2022.]
Tanto Amaral (2004), como Sambrano (2020), mencionam que a edificação foi construída por volta de 1891:
"A primeira associação direta – no âmbito desta pesquisa – entre o agente aqui discutido e a rua Conde de Sarzedas é de maio de 1891. Trata-se de uma solicitação à Prefeitura, na qual 'diz Luiz Rodrigues Ferreira que tendo que construir em uma rua nova, denominada Conde de Sarzedas, precisa não só de alinhamento como de nivelamento e para isso pede que a Vossa Senhoria se digne mandar dar'. A resposta do fiscal traz informações importantes: primeiro, afirma que o terreno tem apenas uma frente, para a rua Conde de Sarzedas; depois, que em um dos lados o lote está limitado por um terreno do próprio requerente. Em agosto do mesmo ano, o proprietário volta a pedir alinhamento, desta vez 'tendo que construir na rua denominada Sarzedas em um terreno com duas frentes, uma para essa rua e outra para a rua Bonita'. A divisa do lote sita à rua Bonita fazia limite com propriedade de Ignácio P. das Neves. Mesmo que estes requerimentos (ambos deferidos) não possuam muitas especificações, sabendo que o trecho até a rua Bonita foi o primeiro aberto e que neste período a rua ainda era nova, é possível inferir que Luiz Rodrigues Ferreira possuía dois terrenos contíguos neste trecho. O da esquina foi onde se erigiu o palacete, cuja intenção de construir, portanto, dataria de momento próximo a 1891.
Duas intimações da Câmara Municipal em maio de 1897, apartadas por dois dias, se sobrepõem, de alguma forma, ao cobrarem do proprietário que calce 'com pedra de cantaria lavrada ou outro qualquer sistema de concreto na largura marcada pelo nivelamento das guias a frente do prédio de propriedade de Vª Sª em a rua Conde de Sarzedas n. 12x14' e que construa o passeio 'em frente ao prédio de sua propriedade sito a rua Conde Sarzedas nºs 12-14'. O número 12 é da rua Conde de Sarzedas e o 14, da rua Bonita. Ambos os documentos atrelam seus pedidos à lei n. 209, de 11 de março de 1896, que obriga a construção de passeios e fechos de terrenos.
A partir destas informações, é possível afirmar que em 1897 o edifício estava pronto, permitindo estabelecer a construção no intervalo entre 1891 e 1897. Pode-se supor que mesmo antes de 1897 ele estivesse construído e, como a lei n. 209 era relativamente recente, teria demorado para receber a intimação – hipótese que permanece no grau especulativo. Também há intimações de 1897 para que o proprietário mande rebocar e caiar os muros dos prédios que possui nos números 12 e 29 da rua, ambos cumpridos. O edifício do número 29 ficaria mais próximo à rua Glicério e do outro lado da rua em relação ao palacete, na mesma calçada da mencionada Vila Sarzedas.
Um requerimento de Bernardino de Enledal, encarregado dos bens de Luiz Ferreira, solicita à prefeitura em 1914 que se “levante” a calçada para efetuar uma ligação de água no imóvel à rua Conde de Sarzedas, 14. De acordo com a verificação feita nos livros de emplacamento do Arquivo Histórico de 1908, 1912, 1930 e 1934 (todos os disponibilizados), o número 14 em 1914 corresponde ao vizinho do palacete, e este nesta altura tinha passado de 12 para número 16 (desde 1912, até 1934, quando assume a atual numeração 100). Isso mostra que a propriedade vizinha ao palacete ainda era de propriedade de Luiz Ferreira e estava em uso de alguma forma. "
[ARQUIVO HISTÓRICO MUNICIPAL. Obras Particulares, papéis avulsos 1891 (encadernados), v. 2, p. 169-170; ARQUIVO HISTÓRICO MUNICIPAL. Obras Particulares, papéis avulsos 1897 (encadernados), v. 13, p. 94-95 e 97-98; ARQUIVO HISTÓRICO MUNICIPAL. Requerimento de Bernardino de Enledal. Obras Particulares, papéis avulsos 1914, caixa 286, p. 364. Apud. SAMBRANO, Pedro Zayas. Palacete Conde de Sarzedas em São Paulo: questões de preservação, história e valorização. Monografia - Trabalho de Conclusão de Graduação FAU-USP, Jul. 2020.]
Ainda segundo Amaral (2004), em 1911 foram realizadas modificações na construção para a instalação de luz; em 1914, para alterações em portas e janelas (nas pequisas de Sambrano de 2020, essas alterações não foram solicitadas para o palacete e sim, para outro imóvel da família na mesma rua); em 1918, para a instalação de "banheiro à francesa" (Amaral, 2004, p.2) e em 1935, no pavimento superior, quando do casamento do filho do proprietário.
Sobre as alterações para as instalações de energia elétrica e banheiro, Sambrano (2020) descrevem ambas para o ano de 1918 e não 1911 e 1918, com base na pesquisa de Maria Angelina Bernardi Ribolla:
"De acordo com Ribolla, em 1918 teria havido uma reforma, encabeçada por Marie Louise Bellanger, para colocação de luz elétrica e construção de um banheiro na parte interna da casa, nos moldes franceses, com sala de banho, após a morte de Luiz Ferreira."
[SAMBRANO, Pedro Zayas. Palacete Conde de Sarzedas em São Paulo: questões de preservação, história e valorização. Monografia - Trabalho de Conclusão de Graduação FAU-USP, Jul. 2020.]
É provavel que a informação de Amaral (2004), se correta, não estava relacionada com iluminação elétrica, talvez, iluminação à gás, levando em consideração que
"Em 1911, a Light finalmente conseguiu firmar o primeiro contrato com a Capital, para implantar a iluminação por eletricidade das avenidas Brigadeiro Luís Antônio e Higienópolis, na Estrada da Penha (atual Celso Garcia), de ruas nos bairros da Penha e Lapa, além do reforço na Avenida Paulista, então um bairro residencial de elite abastecido por luminárias a gás."
[DO LAMPIÃO À ELETRICIDADE: O DESENVOLVIMENTO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA EM SÃO PAULO - PARTE01/02. Fundação Energia e Saneamento / O Setor Elétrico, 4 Fev. 2019. Disponível em: <https://www.osetoreletrico.com.br/do-lampiao-a-eletricidade-o-desenvolvimento-da-iluminacao-publica-em-sao-paulo-parte-01-02/>. Acesso em: 21 Jun. 2022.]
Assim sendo, dificilmente, a "instalação de luz" mencionada por Amaral (2004) seria a elétrica.
Sobre as aletrações na edificação em 1935, Sambrano (2020) fornece maisores detalhes:
"Em 1935, o casamento do filho e de Maria Lydwina B., teria provocado algumas alterações, como o deslocamento do dormitório de Bellanger para o pavimento térreo e a conversão do dormitório maior do andar superior em dois cômodos, quarto de dormir e de vestir."
[SAMBRANO, Pedro Zayas. Palacete Conde de Sarzedas em São Paulo: questões de preservação, história e valorização. Monografia - Trabalho de Conclusão de Graduação FAU-USP, Jul. 2020.]
Como mencionado anteriormente, até 1939 o palacete serviu de residência para família, posteriormente sendo alugado para diversos locatários - o primeiro após a saída da família foi a Congregação Mariana.
Em 2001, o palacete foi tombado pelo CONPRESP - Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo.
"(...) constituída de subsolo, pavimento térreo, pavimento superior e pavimento da torre/mirante, sendo a área construída total de 629,00 m²; onde foram realizadas pequenas intervenções localizadas, tratando-se de conjunto arquitetônico completo, sem adendos posteriores, mantendo seu volume original bem como seus componentes internos (...)"
[AMARAL, Maria Claudia Livramento do. Palacete Conde de Sarzedas: mais uma restauração do centro urbano de São Paulo. Monografia - Trabalho de Conclusão de Graduação em Engenharia Civial Com Ênfase Ambiental. Universidade Anhambi - Morumbi, 2004.]
Em 2002, a Fundação Carlos Chagas proprietária do imóvel decidiu restaurar a edificação, incubindo a EMURB o gerenciamento da obra e a empresa Blokos Engenharia Ltda a execução do projeto de restauração sob consultoria da Oficina R Arquitetura e Restauro Ltda.
"Todos os pisos internos originais receberam proteção, preliminarmente ao início dos procedimentos executivos; sendo que foi dada uma atenção especial aos pisos de mármore e aos ladrilhos hidráulicos, que receberão uma camada de estopa com gesso. Os pisos em tábua de madeira, por sua vez, receberam em toda a sua extensão uma proteção com placas de compensado de espessura 10mm, preliminarmente forradas com feltro.
(...)
As paredes internas, devido à presença de ornatos em estuque e em madeira, bem como de pinturas ornamentais (algumas já em avançado processo de deterioração, com descolamento em relação à sua base – alvenaria) foram protegidos com placas de compensado de madeira espessura 10mm, evitando possíveis danos ocasionados por choques mecânicos.
Estas placas foram posicionadas através de uma estrutura independente, garantindo o afastamento necessário dos ornatos e detalhes das alvenarias, e de modo que não se apoiassem nos panos de revestimento.
Nos casos onde o contato direto com a alvenaria não pode ser evitado, a garantia da proteção deu-se por meio de uma camada protetora intermediária, composta por placas de isopor ou feltro."
[AMARAL, Maria Claudia Livramento do. Palacete Conde de Sarzedas: mais uma restauração do centro urbano de São Paulo. Monografia - Trabalho de Conclusão de Graduação em Engenharia Civial Com Ênfase Ambiental. Universidade Anhambi - Morumbi, 2004.]
Detalhes das obras de restauro e história do palacete estão disponíveis nas pesquisas:
AMARAL, Maria Claudia Livramento do. Palacete Conde de Sarzedas: mais uma restauração do centro urbano de São Paulo. Monografia - Trabalho de Conclusão de Graduação em Engenharia Civial Com Ênfase Ambiental. Universidade Anhambi - Morumbi, 2004.
SAMBRANO, Pedro Zayas. Palacete Conde de Sarzedas em São Paulo: questões de preservação, história e valorização. Monografia - Trabalho de Conclusão de Graduação FAU-USP, Jul. 2020.
1973: Portaria nº 1.580/1973, institui uma Comissão Permanente para coletar elementos de natureza histórica, base do futuro Museu do Tribunal de Justiça.
1985: Com a preocupação de preservar os móveis de estilo e objetos de arte existentes em várias dependências do Palácio de Justiça, tombado em 1981, por meio da Portaria nº 2.152/1985, é designado o desembargador José Rubens Prestes Barra para a orientação dos trabalhos de apuração do acervo e designação dos locais adequados ao seu uso ou exposição.
1987: Portaria nº 2322/1987, o desembargador José Rubens Prestes Barra é designado para coordenar e orientar os trabalhos de preservação, sendo-lhe facultado proceder ao levantamento de todo o acervo existente; designar os locais adequados ao seu uso e exposição; sugerir as providências necessárias à sua conservação e segurança; elaborar catálogos correspondentes aos móveis de estilo, objetos de arte e demais adornos de valor artístico ou histórico; propor a restauração de peças, ou consertos indispensáveis; coordenar os trabalhos de restauração e consertos para a preservação das características das peças e de sua época, entre outras atribuições.
1994: Portaria nº 2.815/1994, designado o desembargador José Rubens Prestes Barra para coordenação e orientação dos trabalhos de preservação, catalogação e restauração de bens históricos.
1995: Instalado um Minimuseu ao lado do Plenário do Tribunal do Júri, no 2º andar do Palácio da Justiça, contando com uma sala de exposição permanente. Pelo Provimento CSM nº 529/95, o Minimuseu do Poder Judiciário do Estado de São Paulo é incluído no organograma com subordinação direta à Presidência do Tribunal.
1997: Provimento CSM nº 575/97, o Minimuseu tem sua denominação alterada para Museu do Tribunal de Justiça de São Paulo.
1998: Portaria nº 3.186/98, nomeação do desembargador Emeric Levai para desempenhar as funções de coordenador do Museu, que exerce até o seu falecimento, em 24 de outubro de 2004.
1999: Após a expansão de suas dependências, o Museu passa a contar com duas salas de exposições permanentes no Palácio da Justiça.
2004: Portaria nº 7.214/04, nomeação desembargador Alexandre Moreira Germano para exercer o cargo de coordenador do Museu, função essa ocupada até 2017.
2007: Museu do Tribunal é instalado em sede própria no Palacete Conde de Sarzedas.
2009: Inaugurado o Espaço Cultural Poeta Paulo Bomfim, no Palácio da Justiça, com destaque à história do Movimento Constitucionalista de 1932, além da vida e obra do poeta.
2013: Museu do Tribunal de Justiça, de acordo com a política de regionalização adotada, passa a inaugurar espaços museais pelos fóruns da Capital e do Interior, promovendo exposições em outras comarcas do Estado.
2018: desembargador Octávio Augusto Machado de Barros Filho assume a coordenadoria do Museu.
2019: acervo exposto na Sala Desembargador Emeric Levai, nome dado ao primeiro espaço museológico instalado na sala contígua ao antigo Tribunal do Júri, é transferido para a Sala Advogado José Adriano Marrey Júnior, onde já funcionou a Consulta da Biblioteca, localizada no quarto andar do Palácio da Justiça.
2019-2021: desembargadora Luciana Almeida Prado Bresciani exerce a coordenação do Museu.
2022-2023: desembargador Octavio Augusto Machado de Barros Filho é designado coordenador do Museu, função que exerceu entre 2018 e 2019.
[HISTÓRIA DO MUSEU DO TJSP. Museu do Tribunal de Justiça. Disponível em: <https://www.tjsp.jus.br/Museu/Historia>. Acesso em: 221 Jun. 2022.]
Resolução n. 16/2001
O Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo – CONPRESP, no uso de suas autorizações legais e nos termos da Lei no 10.032/85, com as alterações introduzidas pela Lei no 10.236/86, conforme decisão unânime dos Conselheiros presentes à 254a. Reunião Ordinária realizada em 27 de novembro de 2001,
RESOLVE:
Artigo 1o – Fica aberto o processo de tombamento do imóvel sito à Rua Conde de Sarzedas no 100, bairro da Liberdade, que corresponde ao Lote 116 – Quadra 44 – Setor 05, do cadastro imobiliário municipal, conforme o contido no processo no 2001-0.237.421-6.
Artigo 2o – Esta Resolução passa a vigorar a partir da data de sua publicação no Diário Oficial do Município de São Paulo.
Resolução n. 15/2002
O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo – CONPRESP, no uso de suas atribuições legais e nos termos da Lei nº 10.032, de 27 de dezembro de 1985, com as alterações introduzidas pela Lei nº 10.236, de 16 de dezembro de 1986, e de acordo com a decisão unânime dos Conselheiros presentes à 271a Reunião Ordinária, realizada em 27 de agosto de 2002, e
CONSIDERANDO o valor histórico e arquitetônico da edificação construída no final do século XIX por Luís de Lorena Rodrigues Ferreira, descendente do Conde de Sarzedas, como residência para sua família; e
CONSIDERANDO o valor ambiental dessa edificação na paisagem urbana do bairro da Liberdade,
RESOLVE:
Artigo 1º - TOMBAR a edificação conhecida como Palacete Conde de Sarzedas, sito à Rua Conde de Sarzedas nº 100 esquina com Rua Doutor Tomás de Lima, no bairro da Liberdade, Subprefeitura da Sé, correspondendo ao Lote 116 – Quadra 44 – Setor 5, do cadastro imobiliário municipal, e conforme o contido no Processo nº 2001-0.237.421-6. Parágrafo Único – O presente tombamento dispensa a delimitação de espaço ou área envoltória de que trata o Artigo 10 da Lei no. 10.032/85, supra mencionada.
Artigo 2º - Fica autorizada a inscrição deste bem no Livro de Registro respectivo, de acordo com o Item V, do Artigo 9º, da Lei nº 10.032/85, para os devidos e legais efeitos.
Artigo 3º - Esta Resolução passa a vigorar a partir da data de sua publicação no Diário Oficial do Município de São Paulo.
YAMAGAWA, Mônica. Palacete Conde de Sarzedas - Museu do Tribunal de Justiça - Dicionário do Centro de São Paulo. Moyarte. Disponível em: <http://www.moyarte.com.br/centro-de-sao-paulo/dicionario-do-centro-de-sao-paulo/ indice-dicionario.html>. Acesso em: 25 Jan. 2022. [Em "Acesso em", indicar a data de consulta, data de acesso ao site].
AMARAL, Maria Claudia Livramento do. Palacete Conde de Sarzedas: mais uma restauração do centro urbano de São Paulo. Monografia - Trabalho de Conclusão de Graduação em Engenharia Civial Com Ênfase Ambiental. Universidade Anhambi - Morumbi, 2004.
HISTÓRIA DO MUSEU DO TJSP. Museu do Tribunal de Justiça. Disponível em: <https://www.tjsp.jus.br/Museu/Historia>. Acesso em: 221 Jun. 2022.
PALACETE. Museu do Tribunal de Justiça. Disponível em: <https://www.tjsp.jus.br/Museu/ Museu/Palacete>. Acesso em: 21 Jun. 2022.
SAMBRANO, Pedro Zayas. Palacete Conde de Sarzedas em São Paulo: questões de preservação, história e valorização. Monografia - Trabalho de Conclusão de Graduação FAU-USP, Jul. 2020.
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