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Centro de São Paulo

século XVI: 1561 - 1570

história do centro de são paulo

atualizado em: 9 de janeiro de 2021

 

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1558 - 1603: Reinado de Elizabeth I, que impôs o absolutismo na Inglaterra.

[ARRUDA, José Jobson de Andrade. História moderna e contemporânea. São Paulo: Ática, 1976, p.70.]

 

1560 1561 - 1570 1571

 

1562

1 de janeiro: Data da mais antiga Ata da Câmara Municipal de São Paulo preservada no Arquivo Histórico Washington Luís.

5 de abril: O povoado é elevado à condição de "vila", com o nome de São Paulo de Piratininga.

9 de julho: A vila sofre um pesado ataque indígena, liderado pelos Tamoios. Do lado dos jesuítas, Tibiriça organiza a defesa da vila dos padres jesuítas, com os índios fiéis ao seu comando. João Ramalho torna-se Capitão-mor da vila para comendar a guerra.

25 de dezembro: Falece Tibiriça, chefe dos índios guaianá. É sepultado no Colégio de São Paulo e, atualmente, seus restos mortais encontram-se na cripta da Catedral da Sé.

 

Uma epidemia de varíola atinge o Planalto matando milhares de índios.

O povoado sofre com os ataques de índios de outras tribos, porém, o chefe Tibiriçá organiza e comanda a defesa da área, impedindo a desativação do colégio. Gabriel Marques, em seu livro Ruas e Tradições de São Paulo usa sua imaginação e criatividade para descrever o combate:

"Certo dia, porém varando o mato, vencendo atoleiros e cortando rios em pirogas que lembravam folhas secas soltas na correnteza, carijós, guaianás e tupis investem, de surpresa e um confuso alarido de guerra, contra o humílimo povoado de Anchieta. Querem destruir tudo; tudo arrasar. Que não restasse, no pobre aglomerado, para contar a história, um só curumim; um só corpo vivo. E trava-se etão uma luta de morte. Luta de gigantes. Luta de impiedosa trucidação. O chocalhar dos amarcás, os uivos dos borés, os gemidos lúgubres das inúbias de instante a instante rasgem, rápido, o espaço imenso. Flechas com uirari assobiam, no ar, lembrando sacis-pererês em desgarrado farrancho. Gritos rascantes alanham a atmosfera timpânica. Não há recuos nem táticas de guerra. Luta-se corpo-a-corpo, peito-a-peito, homem-a-homem, com destreza incrível e ferocidade felina."

[MARQUES, Gabriel. Ruas e tradições de São Paulo. Coleção História. São Paulo: Conselhor Estadual de Cultura, 1966, p.21-22.]

 

Câmara Municipal: Jorge Moreira (vereador - as sessões são realizadas em sua casa)Antonio Mariz, Diogo Vaz Riscado, Garcia Rodrigues, João Eannes (procurador). As sessões da Câmara Municipal são realizadas na casa de Jorge Moreira.

João Ramalho é eleito capitão da guerra, pela Câmara Municipal, contra os índios do sertão.

 


1563

Uma epidemia de sarampo atinge os indígena de São Paulo.

Câmara Municipal: Simão Jorge (juiz), Antonio de Mariz, Francisco Lopes, Diogo Vaz Riscado (vereador), João Ramalho, Lopo Dias, Salvador Pires (procurador) e Gonçalo Peres.

 


1564

21 de fevereiro: instalação da forca em São Paulo. O pelourinho, símbolo da Justiça, foi instalado em frente ao Colégio dos Jesuítas, onde também foi instalado a Câmara Municipal que tinha como funções: punir, legislar, administrar e policiar.

 

Novos ataques indígenas.

Câmara Municipal: Simão Jorge (juiz), Antonio de Mariz, Francisco Lopes, Diogo Vaz Riscado (vereador), João Ramalho, Lopo Dias, Salvador Pires (procurador) e Gonçalo Peres.

 


1565

8 de janeiro: Nova epidemia de varíola.

Câmara Municipal: Antonio de Mariz (vereador), Lopo Dias, Diogo Vaz, Baltasar Rodrigues.

 


1570

18 de outubro: Padre Manuel da Nóbrega morre, aos 58 anos, no Rio de janeiro.

 

Em uma de suas cartas, José de Anchieta menciona um dos pratos consumidos no povoado: formigas:

"(...) tanajura ou içá. O padre José de Anchieta cita a degustação do inseto numa de suas famosas cartas: '(...) quão deleitável é esta comida e como é saudável, sabemo-lo nós que a provamos' '"

[SANTANA, Nuno. São Paulo histórico: aspectos, lendas e costumes. Apud: PONCIANO, Levino. Todos os centros da paulicéia. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007, p.15]

 

 

15601561 - 15701571

 

 

referências bibliográficas

ARRUDA, José Jobson de Andrade. História moderna e contemporânea. São Paulo: Ática, 1976.

MARQUES, Gabriel. Ruas e tradições de São Paulo. Coleção História. São Paulo: Conselhor Estadual de Cultura, 1966.

PONCIANO, Levino. Todos os centros da paulicéia. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007.

 

 

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