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Centro de São Paulo

Loja de Balthar

Balthar, Sertório & Pereira

Balthar & Sertório

Balthar & Ca.

Caetano Ferreira Balthar

rua do rozário, 13 (1854 - 1864)
rua do imperador, 25 (1855)
rua da imperatriz (1856 - 1857)
rua do commercio, 34 (1858)
rua do comercio, 9 (1859)
rua da glória, 106 (década 1850 - 1860)

dicionário online sobre o centro de são paulo

atualizado em: 29 de outubro de 2020

 

home > dicionário > Loja de Balthar / Caetano Ferreira Balthar

Nas pesquisas realizadas em diversos periódicos, o nome "Loja de Balthar" ou "Caetano Ferreira Balthar", estão associados com a comercialização de produtos têxteis.


[O PIRATININGA, n. 3, 24 Jul. 1849.]

 


[O GOVERNISTA, n. 733, 24 Fev. 1851.]

 


[CORREIO PAULISTANO, n. 150, 23 Abr. 1854.]

 

Em 1855, seu nome aparece no Correio Paulistano, na relação dos nomes dos acionistas do "Bando Hypothecário de São Paulo", com o número de 50 ações - para comparação, o meior acionista possuía 500 ações e o menor 2 [CORREIO PAULISTANO, n. 165, 13 Jan. 1855]. No mesmo ano, em informação publicada sobre os passageiros em Santos, via Vapor Josefina, no dia 26 de fevereiro, seu nome surge na lista dos passageiros "portugueses" [CORREIO PAULISTANO, n. 199, 27 e 28 Fev. 1855].

Em maio de 1855, Balthar organizou a arrecadação em benefício das órfãs de José Pereira da Costa Pinto:


[CORREIO PAULISTANO, n. 252, 5 Mai. 1855.]

 

Em novembro de 1855, com outros anúncio sobre a administração e liquidação da massa falida de Antonio Jose Fernandes, o endereço mencionado de Caetano Ferreira Balthar coincide com a dos anúncios da Loja Balthar, reforçando a hipótese de de Caetano Ferreira ser o proprietário, ou pertencer à família proprietária do estabelecimento, somado ao fato dos anúncios de 1849 e os da década de 1850 e 1860 comercializarem os mesmos produtos.


[CORREIO PAULISTANO, n. 339, 21 Nov. 1855.]

 

Em 1856, seu nome aparece na lista de moradores que contribuíram para a construção de uma enfermaria para os pobres, com a doação de 20$000. Além do comércio de têxteis, Balthar aparece como responsável pela tesouraria da Sociedade Apollinia:


[CORREIO PAULISTANO, n. 401, 12 Abr. 1856.]

 

Além do endereço na Rua do Rosário, nota publicada no Correio Paulistano de junho de 1856, indica que Balthar possui outras propriedades ou é locatário de outras propriedades:


[CORREIO PAULISTANO, n. 433, 17 Jun. 1856.]

 

Na mesma chácara mencionada, uma nota no Correio Paulistano de setembro de 1856, menciona que o o Sr. Vasconcellos é hóspede no local, por motivo de saúde de sua esposa.

No Almanach Administrativo, Commercial e Industrial da Provincia de São Paulo para o anno de 1857, o nome de Balthar aparecia como 2o. dito da Sociedade Concordia Paulistana - na publicação o endereço mencionado era Rua da Imperatriz.

De acordo com as pesquisas de Baldin (2015):

"A chácara de Caetano Ferreira Balthar situava-se entre as Ruas Américo de Campos e Barão de Iguape, estendendo-se até a Rua da Glória. Sua sede ficava na Rua da Glória, nº 106, em cujo local foi instalado, posteriormente, o grupo Escolar da Liberdade".

[BALDIN, Adriane de Freitas Acosta. Tijolo a vista - as olarias na cidade de São Paulo na década de 1850/60. XXVIII Simpósio Nacional de História, Florianópolis/SC 27 a 31 Jul. 2015. Disponível em: <http://www.snh2015.anpuh.org/resources/anais/39/1427392148_ARQUIVO_artigoanpuh2015 florianopolis.pdf>. Acesso em: 14 Out. 2020.]

 

Em maio de 1858, o nome Balthar aparece em sociedade: "Balthar, Sertório & Pereira", na Rua do Commercio, 34, com a oferta de uma variedade de produtos: louças, cristais, porcelanas, vidros, além de um "sortimento de molhados" (vinhos, licores, outras bebidas, peixes, conservas, doces de caldas, geléias, doces secos, biscoitos, chás, carnes, massas) e charutos. O núncio menciona apenas o sobrenome, porém, notas posteriores confirmam que o sócio é Caetano Ferreira Balthar.

A loja da Rua do Rosário continua em funcionamento em 1858:


[CORREIO PAULISTANO, n. 700, 5 Jun. 1858.]

 

No anúncio de maio de 1858, apenas os sobrenomes eram mencionados, porém, a nota abaixo publicada confirma que Caetano Ferreira Balthar era um dos sócios da "Balthar, Sertório & Pereira", e que a partir de setembro de 1858, passou a ser "Balthar & Sertório":


[CORREIO PAULISTANO, n. 740, 1 Set. 1858.]

 

Em 1859, além dos estabelecimentos comerciais, Balthar é responsável pela diretoria da Sociedade Carnavalesca Piratininga:


[CORREIO PAULISTANO, n. 863, 10 Fev. 1859.]

 


[O PUBLICADOR PAULISTANO, n. 128, 16 Fev. 1859.]

 


[O PUBLICADOR PAULISTANO, n. 130, 4 Mar. 1859.]

 

A sociedade Balthar & Sertório continuam na ativa em 1859:


[CORREIO PAULISTANO, n. 887, 12 Mar. 1859.]
 

[CORREIO PAULISTANO, n. 893, 20 Mar. 1859.]

 


[CORREIO PAULISTANO, n. 939, 15 Mai. 1859.]

 


[CORREIO PAULISTANO, n. 943, 21 (? 24) Mai. 1859.]

 


[CORREIO PAULISTANO, n. 944, 25 Mai. 1859.]

 

A sociedade com Sertório agora além do número 9 na Rua do Commercio, também ocupa o número 34:


[CORREIO PAULISTANO, n. 1.039, (?) 23 Set. 1859.]

 

Em 1859, sobre uma disputa de urbana, Elisangela Maria da Silva (2012), em sua dissertação, nos dá maiores detalhes do ocorrido:

"Quando um rio era retificado, o comum era que os moradores da região merecessem novos alinhamentos e acréscimo nos seus terrenos. Entretanto, Caetano Ferreira Balthar é protagonista de uma séria querela com seus vizinhos ao pedir um alinhamento na Várzea do Carmo, em 1859:

[...] desejando aformozear e edeficar nos terrenos de sua chácara na frente correspondente a várzea do Carmo dezeja que V.Sas. se sirvão mandar-lhe dar um alinhamento desde a embocadura da rua que passa por traz da Igreja do Braz e ao lado da sua dita chácara [...] O suppe. está prompto a ceder a Camara um terreno que se acha na margem esquerda da mesma valla [...].

[CARTAS DE DATAS DE TERRA, 1555-1863. São Paulo: Archivo Municipal de S. Paulo: Departamento de Cultura, 1939, vl. XVII, 1859. p. 282.]

 

Por uma nota anterior sabemos que a chácara de Caetano Balthar foi aforada diretamente pelo Governo da Província em 1855. Seu pedido de alinhamento simplesmente iria fechar parte da várzea, região de uso comum da cidade. Em um primeiro momento, a Câmara analisa os “melhoramentos” a serem feitos no local caso fosse fechado, achando prudente passar o alinhamento e principalmente abrir uma rua comunicando-o com o Pari no terreno oferecido em troca por Balthar. Logo em seguida, um abaixo-assinado dos moradores da cidade “vem representar contra similhante deliberação attenta a sua inconveniência e ilegalidade”. Os assinantes justificam tratar-se de servidão pública e terreno de uso comum. Conforme verificamos no capítulo 1, esses casos eram os mais delicados e, no geral, a Câmara optava pela servidão pública depois de uma investigação comprobatória dos usos do terreno motivador da disputa."

[SILVA, Elisangela Maria da. Práticas de apropriação e produção do espaço em São Paulo: a concessão de terras municipais através das Cartas de Datas (1850 - 1890). Dissertação. FAU-USP, 2012.]

 

Em 1863, Balthar construiu casas, provavelmente, no terreno de sua chácara:


[CORREIO PAULISTANO, n. 2.197, 12 Set. 1863.]

 


[CORREIO PAULISTANO, n. 2.266, 2 Dez. 1863.]

 


[CORREIO PAULISTANO, n. 2.292, 5 Jan. 1864.]
[CORREIO PAULISTANO, n. 2.293, 6 Jan. 1864.]
[CORREIO PAULISTANO, n. 2.294, 8 Jan. 1864.]

 

Em janeiro de 1864, um desastre na Praça do Mercado, resultando em feridos e posterior morte, envolvendo Balthar e Vautier:


[CORREIO PAULISTANO, n. 2.293, 6 Jan. 1864.]

 

No Correio Paulistano (n. 2.295), após o desastre, há nota sobre a morte de Luiz, descrito no obituário escravo de Vautier, e nota assinada de Caetano Ferreira Balthar, pedindo uma posição de Vautier sobre o desastre ocorrido acima mencionado:


[CORREIO PAULISTANO, n. 2.295, 9 Jan. 1864.]

 


[CORREIO PAULISTANO, n. 2.317, 6 Fev 1864.]

 


[CORREIO PAULISTANO, n. 2.347, 13 Mar. 1864.]

 


[CORREIO PAULISTANO, n. 2.389, 5 Mai. 1864.]

 


[CORREIO PAULISTANO, n. 2.510, 30 Set. 1864.]

 

 

referências bibliográficas

ALMANAK - ADMINISTRATIVO, MERCANTIL E INDUSTRIAL DA PROVÍNCIA DE S.PAULO PARA O ANNO DE 1857. Edição fac-similar. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado / Arquivo do Estado, 1983.

BALDIN, Adriane de Freitas Acosta. Tijolo a vista - as olarias na cidade de São Paulo na década de 1850/60. XXVIII Simpósio Nacional de História, Florianópolis/SC 27 a 31 Jul. 2015. Disponível em: <http://www.snh2015.anpuh.org/resources/anais/39/1427392148_ARQUIVO_artigoanpuh2015 florianopolis.pdf>. Acesso em: 14 Out. 2020.

CORREIO PAULISTANO, n. 150, 23 Abr. 1854.
CORREIO PAULISTANO, n. 165, 13 Jan. 1855.
CORREIO PAULISTANO, n. 199, 27 e 28 Fev. 1855.
CORREIO PAULISTANO, n. 252, 5 Mai. 1855.
CORREIO PAULISTANO, n. 339, 21 Nov. 1855.
CORREIO PAULISTANO, n. 352, 4 Ja. 1856.
CORREIO PAULISTANO, n. 401, 12 Abr. 1856.
CORREIO PAULISTANO, n. 433, 17 Jun. 1856.
CORREIO PAULISTANO, n. 680, 3 Mai. 1858.
CORREIO PAULISTANO, n. 700, 5 Jun. 1858.
CORREIO PAULISTANO, n. 740, 1 Set. 1858.
CORREIO PAULISTANO, n. 863, 10 Fev. 1859.
CORREIO PAULISTANO, n. 887, 12 Mar. 1859.
CORREIO PAULISTANO, n. 893, 20 Mar. 1859.
CORREIO PAULISTANO, n. 939, 15 Mai. 1859.
CORREIO PAULISTANO, n. 943, 21 (? 24) Mai. 1859.
CORREIO PAULISTANO, n. 944, 25 Mai. 1859.
CORREIO PAULISTANO, n. 1.039, (?) 23 Set. 1859.
CORREIO PAULISTANO, n. 2.197, 12 Set. 1863.
CORREIO PAULISTANO, n. 2.266, 2 Dez. 1863.
CORREIO PAULISTANO, n. 2.292, 5 Jan. 1864.
CORREIO PAULISTANO, n. 2.293, 6 Jan. 1864.
CORREIO PAULISTANO, n. 2.294, 8 Jan. 1864.
CORREIO PAULISTANO, n. 2.295, 9 Jan. 1864.
CORREIO PAULISTANO, n. 2.347, 13 Mar. 1864.
CORREIO PAULISTANO, n. 2.389, 5 Mai. 1864.
CORREIO PAULISTANO, n. 2.510, 30 Set. 1864.

O GOVERNISTA, n. 733, 24 Fev. 1851.

O PIRATININGA, n. 3, 24 Jul. 1849.

O PUBLICADOR PAULISTANO, n. 128, 16 Fev. 1859.
O PUBLICADOR PAULISTANO, n. 130, 4 Mar. 1859.

SILVA, Elisangela Maria da. Práticas de apropriação e produção do espaço em São Paulo: a concessão de terras municipais através das Cartas de Datas (1850 - 1890). Dissertação. FAU-USP, 2012.

 

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