A "Rua do Comércio" é uma das poucas referências dos antigos "becos" e "travessas" que existiam na São Paulo colonial. Provavelmente, surgiu no século XVIII, servindo de ligação entre a antiga "Rua do Rosário" (atual Rua 15 de Novembro) e a "Rua Álvares Penteado", que na época era conhecida como "Rua do Comércio".
Esse trecho era conhecido como "Beco do Inferno", segundo Byron Gaspar (Fontes e Chafarizes de São Paulo), o apelido descrevia o local:
"Um lugar imundo, esburacado, escuro e mal frequentado. Ninguém podia nele transitar sem o necessário cuidado, tamanha era a sujeira que havia em toda a sua extensão"
[GASPAR, Byron. Fontes e Chafarizes de São Paulo. São Paulo: IOSP, 1970.]
O lamaçal da rua também foi descrito no Correio Paulistano de 30 de junho de 1854 [Anno I, Número 4]:
"(...) estaremos condemnado a suportar o lixo da Rua do Commercio com toda a sua podridão, e o lamaçaç causado pelas aguas do chafariz da Misericórdia.
Custará tantos centos de mil reis, que não se possa fazer aquella limpeza, e evitar que as aguas ali sejão sempre origem de tanta lama?"
[Correio Paulistano, Anno I, Número 4: 30 de junho de 1854]
Em 28 de novembro de 1865, o nome foi alterado para "Travessa do Comércio" (oficializado, posteriormente pelo oficializado pelo Ato nº 972, de 24 de agosto de 1916).
Em 29 de janeiro de 1907 (Lei Número 977), a então conhecida Rua do Comércio, mudou de nome para Rua Álvares Penteado.
Rua do Commercio, n.6: estabelecimento do boticário João Antonio Rosa.
Em 29 de janeiro de 1907 (Lei Número 977), a então conhecida Rua do Comércio, mudou de nome para Rua Álvares Penteado.
Rua do Commercio, n.3: estabelecimento comercial (provavelmente de Joaquim Antônio Alves Alvim).
Rua do Commércio, n.10: casa de Francisco Alves Pereira (O Farol Paulistano, número 174, de 20 de dezembro de 1828).
Rua do Commércio, n.32: endereço dado para tratar de uma venda de terreno (O Farol Paulistano, número 170, de 6 de dezembro de 1828).
Rua do Commercio, n.3: loja de Joaquim Antonio Alves Alvim.
Rua do Commercio, n.31: anúncio de venda de dissertações sobre a existência de Deus.
Rua do Commercio, n.35: endereço indicado para negociação de um escravo. [O Farol Paulistano, n.261, 22 Out. 1829]
Rua do Commercio, n.37: anúncio de venda de Tamarinos, Água de Inglaterra da Castro. [O Farol Paulistano, n.213, 13 Mai. 1829]
Rua do Commercio, n.38: anúncio sobre venda de publicações.
Rua do Commercio, n.39: "O Thesoureiro para a cobrança da Decima dos predios urbanos na parte pertencente ao Juiz de Fora desta Cidade, faz publico que se acha prompto em sua casa rua do Commercio n.39 para receber a sobredicta Decima." [O Farol Paulistano, n.237, 12 Ago. 1829]
Rua do Commercio, n.40: venda de livros.
Rua do Commercio, n.2: casa de Antonio Jacinto de Medeiros, onde estavam disponíveisos bilhetes de loteria em benefício à Santa Casa de Misericórdia - [O FAROL PAULISTANO, n.412, 6 Nov. 1830].
Rua do Commerio, n.3: loja, anúncio sobre publicações disponíveis. Endereço loja de Joaquim Antonio Alves Alvim.
Rua do Commércio, n.16: endereço de Luiz Antônio Gonçalves [O FAROL PAULISTANO, n.355, 19 Jun. 1830]
Rua do Commercio, n.38: endereço para os interessados em comprar uma casa na Rua do Rozário.
Rua do Commercio: ednereço de Antonio Jose Villa Seca.
Rua do Commercio, n.3: endereço indicado em anúncio para interessados em comprar casas em frente ao Convento da Luz [O FAROL PAULISTANO, n.444, 29 Jan. 1831].
Rua do Commercio: anúncio de venda de molhados no logradouro
Rua do Commercio, n.57 (?37): anúncio de venda de escravo de ganho [O FAROL PAULISTANO, n.447, 5 Fev. 1831].
Rua do Commercio, n.36: Pedro Imbert apresenta-se como sucessor do estabelecimento de Boulte Dillon.
Reclamação sobre a limpeza no Correio Paulistano:
"(...) Pergunte ao Sr. Fiscal da camara se estaremos condemnado a suportar o lixo da Rua do Commercio com toda a sua podridão, e o lamaçal causado pelas aguas do Chafariz da Misericordia."
[Correio Paulistano, Anno I, n.4, 30 Jun. 1854].
Rua do Commercio, n.2: local de um "leilão de ricos trastes".
Rua do Commercio, n.6 e n.8: local onde os credores do falecido Antonio Gonçalves Maia colocaram para venda os produtos do seu estabelecimento [CORREIO PAULISTANO, n.21, 20 Jul. 1854.]
Rua do Commercio, n.13: Leilão para liquidação de contas, constando de fazendas e vários objetos - dia 2 de agosto de 1854 [CORREIO PAULISTANO, n.31, 1 Ago. 1854]. Outro leilão no mesmo endereço, marcado para 4 de agosto de 1854:
Rua do Commercio, n.30: endereço de Loja de Ferragem - Loteria.
Rua do Commercio, n.32: endereço para negociar o aluguel de uma casa na Rua da Consolação: "Alluga-se. UMA casa com bons commodos e com grande quintal, na rua da Consolação. Quem quizer, dirija-se á rua do Commercio n. 32, para tratar" [CORREIO PAULISTANO, n.35, 5 Ago. 1854].
Rua do Commercio, n.38: Jose Francisco de Lima - loja.
Rua do Commercio, n.44: endereço do estabelecimento de Antônio Bernardo Quartim.
Rua do Commercio, n.29: Bernardo Martins Meira.
Rua do Commercio, n.38: Jose Francisco de Lima - loja.
Rua do Commercio, n.10 (13): Hotel da Providencia.
Rua do Commercio, n.29: Bernardo Martins Meira, armazem de molhados e generos da terra.
Rua do Commercio, n.35: Casa dos secos e molhados de Jose Marques da Cruz.
Rua do Commercio, n.38: Jose Francisco de Lima - loja.
Rua do Commercio, n.40: endereço do estabelecimento de Antônio Bernardo Quartim.
Rua do Commercio: endereço de Joaquim de Araujo Leite Rolha, official-maio da contadoria da tesouraria da Fazenda Provincial
Rua do Commercio: endereço de Manoel Dias de Toledo, Dr., tratamento de senhoria, lente catedrático, 1a. cadeira da Faculdade de Direito (3o. anno), diretor da Sociedade Concordia Paulistana.
Rua do Commercio: Bernardo Martins Meira, armazem de molhados e generos da terra.
Rua do Commercio, n.5: endereço do estabelecimento de Antônio Bernardo Quartim.
Rua do Commercio, n.38: Jose Francisco de Lima - loja.
Rua do Commercio: Bernardo Martins Meira, armazem de molhados e generos da terra.
Rua do Commercio, n.38: Jose Francisco de Lima - loja.
Rua do Commercio, n.9: endereço da Balthar & Sertorio.
Rua do Commercio, n.34: endereço da Balthar & Sertorio.
Rua do Commercio, n.38: Jose Francisco de Lima - loja.
Rua do Commercio, n.9: Confeitaria do Leão.
Rua do Commercio, n.10: Lebre & Irmão.
Rua do Commercio, n.13a: Jacob Loskiell [DIÁRIO DE S.PAULO, n.8, 9 Ago. 1865].
Rua do Commercio, n.37: Anúncio - "COSINHEIRO. Preciza-se na rua do Commercio n. 37" [DIARIO DE S.PAULO,n.10, 11 Ago. 1865].
Rua do Commercio, n.38: Jose Francisco de Lima - loja.
Rua do Commercio, n.8: sobrado - endereço do Escriptorio de Cobranças do Dr. Miranda Veras [JORNAL DA TARDE, n.5, 10 Nov. 1878].
Rua do Commercio, n.15: endereço da Padaria das Famílias.
Rua do Commercio, n.31: endereço da Pharmacia do Castor - Francisco Baruel.
YAMAGAWA, Mônica. Rua do Commercio - Logradouros do Centro de São Paulo. Moyarte. Disponível em: <http://www.moyarte.com.br/centro-de-sao-paulo/logradouros/indice- logradouros.html>. Acesso em: 25 Jan. 2022. [Em "Acesso em", indicar a data de consulta, data de acesso ao site].
ALMANACH PAULISTA PARA O ANNO DE 1882. São Paulo: G. Rangel, 1881.
DICIONÁRIO DE RUAS. Arquivo Histórico Municipal de São Paulo. Disponível em: <https://dicionarioderuas.prefeitura.sp.gov.br/>. Acesso em: 12 Out. 2020.
PORTO, Antônio Rodrigues. História da cidade de São Paulo através de suas ruas. 2ª. Edição. São Paulo: Carthago, 1996.
PORTO, Antônio Rodrigues. História Urbanística da cidade de São Paulo (1554 a 1988). São Paulo: Carthago, 1992.
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