" - José Fascio tem a honra de participar ao respietavel Público, que acaba de abrir um estabelecimento para tingir de todos as cores em seda, lãa, e merinós; encarregando-se de pôr como novos os estofos avariados, cazacas de Senhores, e tudo o que diz respeito; tambem tinge as plumas dos Senhores Militares, e põe como novaas as dragonas. As pessoas que se queizerem utilizar do presti(?)o podem dirigir-se á casa da Sra. D. Anna Angelica no patio do Carmo, defronte a caza do Sr. Thomaz Molina."
[O Farol Paulistano, número 168, de 29 de novembro de 1828.]
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"Salas de cinema e história urbana de São Paulo (1895-1930) - o cinema dos engenheiros" apresenta um vasto panorama sobre os espaços de exibição cinematográfica na cidade de São Paulo, cobrindo todo o ciclo do cinema silencioso. Por meio da documentação custodiada pelo Arquivo Histórico de São Paulo (AHSP- SMC/PMSP), um dos principais acervos históricos da cidade, o autor reconstitui um momento significativo da história do cinema e da memória urbana paulistana do século XX, marcado pela presença das "salas de rua". Nesta edição, que amplia os estudos de seu livro Imagens do passado - São Paulo e Rio de Janeiro nos primórdios do cinema (Editora Senac São Paulo, 2004), o autor recupera no rico conjunto documental do AHSP projetos de salas especialmente construídas, ou adaptações, para abrigar os cinematógrafos, reproduzindo fachadas, plantas e cortes dessas edificações, além de outros registros de acervos diversos, como anúncios na imprensa, fotografias...[+]
Este trabalho busca reconstituir a história do segundo Banco do Brasil, o banco da Ordem fundado em 1853. O segundo Banco do Brasil foi idealizado e concretizado pelo então ministro da fazenda Joaquim José Rodrigues Torres, futuro visconde de I oraí, considerado hoje o pai do Banco do Brasil nos dias de hoje e se inseria como braço financeiro, no projeto ...[+]
São Paulo sempre foi tão cheia de paradoxos quanto é cheia de gente e edifícios. Um ligar de topografia sentimental e inusitada. Louvada por alguns, odiada por outros. A única certeza que nos resta nestes 460 anos é que, para todos, locais ou estrangeiros, no passado e no presente, amar São Paulo, definir São Paulo...[+]
Para comprar a alforria de seu filho Paulo, de dez anos, a liberta Maria assumiu dívidas e o risco de pagá-las com a prestação de serviços indefinidos, por tempo indeterminado. Benedicta e Caciano igualmente entregaram seu trabalho para a compra da liberdade de Roza, respectivamente sua filha e companheira. Cazemiro, passando já dos 60 anos, custeava sozinho o preço de sua libertação ao prestar serviços 'compatíveis com sua idade'. Assentadas no território movediço dos limites entre liberdade e escravidão no século XIX, as histórias de Maria e Paulo, Cazemiro, Benedicta, Roza e Caciano não foram únicas e tampouco raras. Muitos outros homens e mulheres escravizados angariaram o apoio de família e amigos, empenharam economias e dedicaram anos de árduo trabalho para comprar alforrias por meio da prestação de serviços. Nascido de uma pesquisa de mestrado, 'O ofício da liberdade' investiga arranjos de trabalho e disputas por liberdade ao analisar contratos de locação de serviços nas cidades de São Paulo e Campinas entre 1830 e 1888. Ao mesmo tempo sucintos e complexos, estes contratos estiveram no centro de negociações e conflitos entre a camada senhorial e os trabalhadores...[+]
[projeto em desenvolvimento]
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Mal avisado andou o meu nobre amigo dr. Almeida Nogueira no convite que me endereçou para prefaciar o presente volume, que é o septimo da serie de livros de sua lavra, subordinada ao título geral Tradições e Reminis cencias, em que se propoz a tarefa de passar em revista a Academia de S. Paulo, desde a sua fundação até aos nossos dias, fixando na bem apparelhada objectiva de sua escripta momentos e aspectos por sua natureza instantaneos e fugi dios. Mal avisado, disse eu, e não me desdigo. No fim de oontas, um prefacio, nas condições do que ora faço, não é uma verdadeira estopada imposta ao leitor, que, para o deletrear, retarda o prazer de devorar as paginas que se seguem? Creio que sim. Um prefacio, a não ser explica tivo do texto do corpo do livro, sempre foi uma artimanha ou cousa semelhante, que sómente serve para desmandi bolar o leitor até às orelhas num bocejo inlindavel. Em todo caso, me adsum, unicamente para corresponder a gentileza do convite do auctor, cuja cerebração, rica e pode rosa, admiro de ha muito no meio espiritual de S. Paulo, que, aliás, não é tão sáfaro de homens de valor mental...[+]
À medida que o capitalismo lança suas raízes nas sociedades periféricas, um processo de modernização de características específicas segue seu curso. No país como um todo, as marcas da escravidão ainda estão vívidas; na cidade de São Paulo, a nova elite cafeeira procura apagar os vestígios do seu passado escravagista utilizando as divisas obtidas com a venda do café para trazer, entre outras coisas, as novidades da moda da “Belle Époque” europeia. A cidade vive uma época de transformação urbana, com a abertura de ruas e avenidas, melhorias no âmbito do saneamento e instalação da iluminação elétrica; cria-se, assim, um ambiente favorável à construção de novos imóveis – alguns palacetes – pelas famílias abonadas que almejam adquirir um verniz europeu. A pesquisa que norteou a realização desse livro partiu dos aspectos característicos da modernização de São Paulo para concentrar-se no papel desempenhado pelo comércio de luxo na mudança dos hábitos e do modo de vida das classes urbanas. A “Revolução do Consumo”, fenômeno que corre paralelo à Revolução Industrial no hemisfério Norte, tem na periferia um papel importante na formação da elite: consagra sua participação no “mundo civilizado” e diferencia-a das classes trabalhadoras (nesse momento integradas em grande medida pelos imigrantes que chegavam em massa). Guiando-nos através do comércio das luxuosas casas especializadas...[+]