Em 12 de setembro de 1827, no número 45 de "O Farol Paulistano", são anunciadas duas casas térreas para venda, na Rua da Boa Vista n.31. Elas não pertenciam ao Capitão Gabriel Henriques Pessoa, porém, este foi autorizado pela proprietária a negociar a venda das propriedades.
Posteriormente, no mesmo mês, o anúncio publicado é sobre seu próprio estabelecimento:
"ANNUNCIO.
Gabriel Henriques Pessoa tem para vender em sua casa de commercio, rua do Rosario uma porção de cadeiras, escavadeiras (?), e alambiques de cobre de differentes tamanhos, tudo proprio para engenhos de assucar; tem igualmente uma porção de copos de vidro de diversos tamanhos alguns aparelhos ricos para chá de loiça Franceza chapeos Francezes finissimos , çapatos de Senhora em duzias, espelhos doirados para salla, e cadeiras Americanas, sendo tudo de bom gôsto. Quem quiser comprar qualquer dos generos declarados dirija se á mesma casa onde encontrará tudo patente, e alli se lhe venderá por preços commodos."
[O Farol Paulistano: 22 de setembro de 1827, Número 48.]
Ainda sobre o Capitão Gabriel Henriques Pessoa, no O Farol Paulistano de 17 de outubro de 1827 (Número 55), são publicados dois anúncios sobre escravos que fugiram da cidade (vila) de Santos e o capitão é mencionado como representante dos "proprietários", caso estes sejam encontrados na capital.
"Livros á venda na Typographia d'esta Cidade, e em casa do Capitão Gabriel Henriques Pessoa.
- Compendio scientifico para a mocidade Brazileira, destinado ao uso das escolas dos dois Sexos, ornado de nove estampas accommodadas ás Artes e Sciencias de que n'elle se tracta, tiradas por Lithographia - preço - 2:200 rs.
- Dialogo Constitucional Braziliense: contêm todas as Leis e disposições Regulamentares da Constituição Politica do Imperio, e das Eleições; os Regimentos do Conselho d'Estado, e um mui bem ornado Mappa de todas as garantias, que a mesma Constituição offerece effectivas aos Cidadãos Brazileiros pela Divisão e Harmonia dos Poderes Políticos, pela Responsabilidade dos Ministros d'Estado, e mais Empregrados Publicos, pela Liberdade da Imprensa, pelo Juizo por Jurados, comprehendendo-senos mesmos as respectivas limitações - preço - 720 rs."
[O Farol Paulistano: 29 de dezembro de 1827, Número 75]
"ANNUNCIO.
Gabriel Henriques Pessoa tem para vender em sua casa de commercio na Rua do Rosario = o seguinte = Espelhos doirados para sala - Aparelhos ricos de louça Franceza para chá e para caffé - Çapatos de plica para Senhoras, em duzias - Chapeos Francezes em caixão - Copos para agua, e para vinho em barricas , ou em duzias - Barricas de bacalhau - Barricas de Cerveja - Barris de Mantega - Tachas e alambiques de cobre - Cadeiras Americanas de assento de palha - Genebra em frasqueiras - e uma grande quantidade de ferro Sueca - D'estes dois ultimos generos também há na VIlla de Sanctos uma porção. - Na dicta casa se acharão patentes todos os referidos generos , e ahi se farão os ajustes de prêço tanto para a venda n'esta Cidade, como n'aquella VIlla."
[O Farol Paulistano: 26 de janeiro de 1828, Número 83]
Segundo O Farol Paulistano, número 97, de 19 de março de 1828, o endereço da casa do Capitão Gabriel Henrique Pessoa era Rua do Rozário, n.52, onde, nesta data estavam disponíveis para venda os bilhetes de loteria em benefício a Santa Casa de Misericórdia.
Em um texto, publicado no O Farol Paulistano, em 13 de dezembro de 1828 (número 172), é mencionado que Gabriel Henriques Pessoa é empregado do Banco de S.Paulo.
Outros anúncios relacionados a Gabriel Henriques Pessoa:
[O Farol Paulistano, número 180, de 14 de janeiro de 1829]
Em 21 de fevereiro de 1829, um anúncio publicado no "O Farol Paulistano", mencionava os produtos disponíveis no estabelecimento:
Em 14 de março de 1829, o estabelecimento também é indicado como representante na cidade de São Paulo da Companhia Aguiar, Viúva & Filhos (localizada em Santos):
Novas publicações disponíveis, em agosto de 1829:
Em, 1830, era possível encontrar os bilhetes de loteria em benefício à Santa Casa de Misericóridia:
Márcia Padilha, em seu livro "A cidade como espetáculo: publicidade e vida urbana na São Paulo dos anos 20", discorre sobre como a atividade comercial representava uma forma de ascensão social para os imigrantes: os comerciantes mais abastados...[+]
"A. J. MAURICIO PEREIRA, (rua da Freira, 17) delegado da companhia Luzo-Brazileira, de agencia, encarrega-se de fazer promover negocios amigaveis ou judiciaes e pesquizas em ..."...[+]
Em "Academia de São Paulo: tradições e reminiscências", de Almeida Nogueira (Volume II, da edição Editora Arcadas, 1953), Carlos Penteado de Rezende, responsável pelo Capítulo I, sobre "A Turma Acadêmica de 1831 - 35", em suas pesquisas nas crônicas de Antônio Egydio Martins, encontrou uma passagem sobre o bacharel em ciências jurídicas e sociais, Antônio Roberto de Almeida (que recebeu grau de bacharel em 19 de outubro...[+]
Em buscas na internet surgiu o nome de Laurent Basile Hautefeuille (1805-1875), com a obra "Des droits et des devoirs des nations neutres en temps de guerre maritime", assim sendo, é provável que o nome correto do autor do livro à...[+]
Chegaram com o ultimo paquete Valparaiso, á casa da rua de S.Bento n.93 os seguintes generos, proprios para os dias de festa, o vende-se por preços muito em conta...[+]
[biblioteca online]
Este livro é um convite para o leitor voltar a um tempo no qual São Paulo combinava características de uma cidade moderna com traços fortemente rurais. Bastava uma rápida caminhada até a Igreja da Misericórdia para avistar, do alto de seu campanário, descampados, grotões, charnecas, beiras de rios e até animais silvestres e matas, que se estendiam muito além dos vales do Anhangabaú e Tamanduateí. Os personagens deste cenário? Aquela parte da população abstratamente designada como "classes médias" - na verdade, uma gente esquecida, os remediados da sociedade, uma multidão de figurantes mudos da cena paulistana - os quais atendiam pelos nomes de Dona Carolina, Seu Marcelino, Ana de...[+]
"Salas de cinema e história urbana de São Paulo (1895-1930) - o cinema dos engenheiros" apresenta um vasto panorama sobre os espaços de exibição cinematográfica na cidade de São Paulo, cobrindo todo o ciclo do cinema silencioso. Por meio da documentação custodiada pelo Arquivo Histórico de São Paulo (AHSP- SMC/PMSP), um dos principais acervos históricos da cidade, o autor reconstitui um momento significativo da história do cinema e da memória urbana paulistana do século XX, marcado pela presença das "salas de rua". Nesta edição, que amplia os estudos de seu livro Imagens do passado - São Paulo e Rio de Janeiro nos primórdios do cinema (Editora Senac São Paulo, 2004), o autor recupera no rico conjunto documental do AHSP projetos de salas especialmente construídas, ou adaptações, para abrigar os cinematógrafos, reproduzindo fachadas, plantas e cortes dessas edificações, além de outros registros de acervos diversos, como anúncios na imprensa, fotografias e cartões- postais. José Inacio de Melo Souza, um dos mais dedicados pesquisadores da história do cinema no Brasil, destaca documentos pouco conhecidos...[+]
Para comprar a alforria de seu filho Paulo, de dez anos, a liberta Maria assumiu dívidas e o risco de pagá-las com a prestação de serviços indefinidos, por tempo indeterminado. Benedicta e Caciano igualmente entregaram seu trabalho para a compra da liberdade de Roza, respectivamente sua filha e companheira. Cazemiro, passando já dos 60 anos, custeava sozinho o preço de sua libertação ao prestar serviços 'compatíveis com sua idade'. Assentadas no território movediço dos limites entre liberdade e escravidão no século XIX, as histórias de Maria e Paulo, Cazemiro, Benedicta, Roza e Caciano não foram únicas e tampouco raras. Muitos outros homens e mulheres escravizados angariaram o apoio de família e amigos, empenharam economias e dedicaram anos de árduo trabalho para comprar alforrias por meio da prestação de...[+]
[projeto em desenvolvimento]