Website de Mônica Yamagawa

RELOJOARIA DE LUIZ BAMBERG

rua do ouvidor, 17
rua do rosário, 55
rua da imperatriz, 11
rua do rosário, 21

história do comércio do centro de
são paulo

atualizado em: 27 de novembro de 2017

 

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Segundo Silvia Cristina Lambert Siriani, Luiz Bamberg chegou ao Brasil em 1856, permanecendo no Rio de Janeiro por cerca de dois anos (assim como muitos outros estrangeiros, adotou o nome "Luiz", para facilitar o contato com os clientes, similar ao alemão "Ludwig"). Chegou na cidade de São Paulo em 1858, inicialmente, estabelecendo-se na Rua do Ouvidor, 17.

Em julho de 1859 ele mudou para o endereço da Rua do Rosário, 55. E em janeiro de 1866, estava na Rua da Imperatriz, 11.

Através de uma nota de batismo, publicada em novembro de 1865, no Correio Paulistano, descobrimos que Luiz Frederico Bamberg teve um filho com Maria Elysa Elvira Wehrsig, batizado com o nome de Emilio Franz Eginhard Bamberg, que nasceu no dia 4 de junho de 1865 e foi batizado no dia 13 de novembro de 1865.

Em 1867, Luiz Bamberg e outros imigrantes alemães solicitam a concessão do terreno destinado à construção do comeitério dos protestantes, na Assembléia Legislativa Provincial, na 26a. Sessão Ordinária de 8 de julho de 1867:

 

[Correio Paulistano, Anno XIV, Número 3346: 26 de julho de 1867]

Em abril de 1868, Luiz Bamberg, juntamente com Ernst (Ernesto) Steidel, Eginhard (Reginaldo) Wehrsig e Gustav (Gustavo) Schaumann, publicam um anúncio no Diário de S.Paulo (Anno III, Número 795, 15 de abril de 1868), divulgando que estão coletando "esmolas" para enviar para as "vítimas da fome e da miséria", na Prússia Oriental. O grupo solicitava a contribuição dos moradores de São Paulo, em especial dos imigrantes alemães (foram publicados dois anúncios, um em português e outro em alemão - interessante observar que no anúncio em alemão foram escritos seus nomes oficiais e no anúncio em português os nomes "traduzidos" para o português). No anúncio é mencionado seu endereço: Rua do Rosário, 21. [Diário de S.Paulo, Anno II, Número 797, de 17 de abril de 1868, Bamberg publica um anúncio informando esse novo endereço]

Meses depois, em agosto de 1868, Bamberg muda-se novamente, para a Rua da Imperatriz, 21 para a Rua da Imperatriz, 7 (Rua da Imperatriz e Rua do Rosário são a mesma rua, atualmente, ela é a Rua 15 de Novembro). Inicialmente seu produto e serviço principal era a venda e manutenção de relógios, com o passar dos anos passou a vender lentes, aparelhos ópticos e jóias.

Silvia Cristina Lambert Siriani destaca que Luiz Bamberg trouxe com ele algum capital, o que permitiu a aquisição do prédio/terreno onde permaneceu durante anos e, onde, posteriormente, seu filho mandou construir o Palacete Bamberg. No entanto, manter uma loja do seu setor

"era um negócio caro, e cada encomenda feita aos fornecedores significava imensas quantias de dinheiro desembolsadas, sem a certeza do lucro certo. Para garantir o capital necessário à manutenção do estoque de peças da loja, Bamberg empenhou o próprio imóvel, no ano de 1870, a Gustavo Backhäuser, pela quantia de 12:000$000, com prazo de um ano para o resgate da hipoteca, e juros de 10% ao ano. Esse tipo de dívida, contraído mais de uma vez, sempre era quitado por Bamberg dentro dos prazos, o que lhe dava credibilidade entre os credores."

[SIRIANI, Silvia Cristina Lambert. Uma São Paulo Alemã: vida cotidiana dos imigrantes germânicos na Região da capital (1827-1889). São Paulo: Imesp, 2003, p.151.]

Com o sucesso dos negócios, Luiz Bamberg pôde enviar seus três filhos mais velhos (homens) para estudar na Alemanha.

Em dezembro de 1872, foi publicado no Diario de S.Paulo, o relato sobre o roubo que aconteceu na Relojoaria do Sr. Bamberg:

"Ás duas horas da madrugada de hontem, um dos taes, bem audacioso, penetrou no interior da relojoaria do sr. Bamberg, á rua da Imperatriz, donde roubou alguns relogios de ouro, podendo ter conduzido todo o sortimento que alli existia, se não conhecesse que o havião presentido!

E assim foi, pois que, saindo o sr. Bamberg á janella, viu á porta de sua casa dous vizinhos que, tendo presentido rato na ratoeira, tratavão de segural-o, quando o dito Bamberg diz que a ratazana podia sair por uma das portas, que era facil abrir.

Dito e feito; abrindo-se repentinamente a porta, appareceu um braço, o do tal, que, de faca em punho, e não achando resistencia, correu pela rua fora, em direcção á varzea do Carmo, sendo então perseguido por algumas pessoas que já se havião reunido, mas que, em summa, não conseguirão segural-o.

O ladrão é de fino quilate e audaciosos.

Se não, vejão:

Na parede da casa do sr. Bamberg acha-se collocado um lampeão, e, contiguo a este, uma pequena fresta de 4 a 5 polegadas de altura, tapada com vidro, que dá para dentro da loja, e tão pequena, que ninguem podia prever que por alli pudesse passar um homem.

Entretanto, foi por ella que passou o ladrão, com o auxilio unicamente do braço do lampeão, pelo qual subira, necessariamente com o auxilio de alguma escada dos apagadores dos lampeões".

[Diário de S.Paulo, Anno VIII, Número 2152: 19 de dezembro de 1872]

Na Sessão Ordinária da Câmara Municpal, de 14 de agosto de 1873, Luiz Bamberg, então, proprietário de uma edificação na Rua da Imperatriz, n.7, entrou com pedido de indenização dos prejuízos causados pela demolição da casa vizinha, realizada para o alargamento da rua, e que, segundo o reclamante, a demolição arruinou a sua edificação.

Na Sessão Ordinária da Câmara Municpal, de 28 de agosto de 1873,

"A comissão permanente é de parecer, sobre o requerimento de Luiz Bamberg, que se faça ao supplicante a seguinte proposta:

Conceder-lhe a camara o direito de abrir portas em baixo, ou janellas em cima na frente de sua casa em questão, ficando assim indemnisado de todo e qualquer prejuizo proveniente da demolição feita."

[Diário de S.Paulo, Anno IX, Número 2370: 17 de setembro de 1873]

Em setembro de 1873, foi publicado no Diário de S.Paulo:

 

[Diário de S.Paulo, Anno IX, Número 2360: 4 de setembro de 1873]

Em 11 de julho de 1875, segundo uma nota do Correio Paulistano (Anno XXII, Número 5632, de 14 de julho de 1875), sua esposa "D. Elvira Bamberg" (provavelmente Maria Elysa Elvira Wehrsig - mencionada em 1865, como mãe de seu filho Emilio), faleceu, deixando orfãos 8 filhos, sendo o caçula com cerca de 1 mês e meio de idade. O bebê, Frederico, faleceu alguns meses depois de sua mãe.

Segundo Maria Luiza Ferreira de Oliveira, na época do falecimento de sua esposa, Luiz Bamberg morava na Rua da Imperatriz, n.7, em um sobrado (residência no andar superior e loja no térreo). O sobrado estava hipotecado e o casal possuía diversas dívidas que somavam cerca de 29 contos, sendo que o patrimônio total do casal era de 44 contos. Através de um acordo com os credores, Luiz Bamberg evitou a liquidação do negócio, mantendo sua loja.

Luiz Bamberg faleceu em 1880, e quem negociou com os credores as dívidas foi seu filho mais velho, também chamado de Luiz Bamberg (Junior), na época com cerca de 20 anos, e que passou a administrar a loja, seguindo os passos paternos. Após a morte do patriarca, o patrimônio familiar foi avaliado em 70 contos (o aumento no valor da avaliação, com relação ao inventário de sua mãe, provavelmente, estava baseado na valorização da casa e na ampliação dos estoques da loja).

 

[Correio Paulistano, Anno XXVII, Número 7180: 4 de novembro de 1880]

A descrição de seus bens no inventário também nos dá uma boa descrição do estilo de vida da família:

"O conforto proporcionado por Bamberg a seus familiares pôde ser observado através do documento que descreve o mobiliário refinado, existente em sua casa. Para se ter uma ideia da diferença em relação aos outros casos analisados, sua sala de visita era constituída por uma mobília de jacarandá, contendo um sofá, duas cadeiras de braço, doze cadeiras rasas, uma mesa de centro, dois consolos, uma cadeira de balanço e uma mesinha redonda, móveis estes avaliados em 280$000. Além disso, possuíam espelhos de cristal, inúmeros livros (indicativo de um padrão cultural elevado) e, como não poderia nunca faltar numa sala burguesa onde houvesse mulheres, um piano tipo armário. A sala de jantar também fora esmeradamente decorada, contudo, a presença de uma máquina de costura num dos cantos do cômodo, transformava-o num ambiente de funções femininas, mais domésticas e privadas do que propriamente num espaço de sociabilidade pública. Os quartos, com camas francesas, lavatórios com tampos de mármore, cômodas, espelhos e guarda-roupas, chegavam a acomodar mais móveis do que muitas famílias podiam possuir em suas casas inteiras. Portanto, nota-se um padrão de representação social muito mais aburguesado do que o da maioria de seus bonterrâneos atuantes no setor comercial."

[SIRIANI, Silvia Cristina Lambert. Uma São Paulo Alemã: vida cotidiana dos imigrantes germânicos na Região da capital (1827-1889). São Paulo: Imesp, 2003, p.151.]

Com base em um anúncio de 1882, uma das hipóteses é de que os herdeiros de Luiz Bamberg mudaram de residência, pois, a parte superior do endereço na Rua da Imperatriz, n.7, estava disponível para aluguel:

 

[Correio Paulistano, Anno XXVIII, Número 7623: 18 de abril de 1882]

Na sessão ordinária de 18 de novembro de 1891, da Intendencia Municipal, Luiz Bamberg Junior abriu um requerimento solicitando o pagamento da gratificação referente ao seu trabalho como zelador do relógio da Intendencia relativo ao trimestre de 1 de agosto a 31 de outubro. [Correio Paulistano, Anno XXXVIII, Número 10556: 20 de novembro de 1891].

As vitrines da loja de Luiz Bamberg Junior não servia apenas para expor os produtos disponíveis para venda, no dia 13 de abril de 1893, por exemplo, foi exposto na vitrine da relojoaria-joalheria, "um precioso e delicado mimo" que à noite foi entregue de presente para a atriz Pepa, da Companhia Souza Bastos, oferecido pela Família Sampaio. [Correio Paulistano, Anno XXXIX, Número 10948: 14 de abril de 1893]

Em suas pesquisas, Heloisa Barbuy, menciona que Luiz Bamberg chegou ao Brasil em 1858, estabelecendo-se inicialmente na Rua do Ouvidor e depois na Rua da Imperatriz e que em 1909,

"foi compelido pela prefeitura a demolir o antigo edifício de taipa que ocupava. Próspero, Bamberg fez edificar, então em seu lugar, o Palacete Bamberg, com 290 m2 e três andares mais sótão e subsolo. O projeto era do arquiteto suíço Carlos Ekman (...) Embora com muito mais frente para a rua João Alfredo (atual General Carneiro) e para o largo do Tesouro (num total de quase 20 metros naquela face), manteve o prestigioso endereço oficial da rua 15 de Novembro, n.14, em que contava apenas com os tradicionais 10 metros de frente comuns em muitos dos antigos lotes da cidade. O terreno passava a ser inteiramente ocupado pelo edifício nada restando como área livre. Para apressar a construção, Ekman desistiu do uso do granito, mas propôs o sistema de estrutura metálica para todo o edifício e revestimento dos pilares do pavimento térreo com mármores branco e de cor. Tratava-se do primeiro edifício com armação de ferro construído na cidade. Diferentemente dos outros edificios de Ekman aqui citados, o Palacete Bamberg não tinha uma conformação jugendstil ( o estilo art noveau austríaco, de que Ekman era partidário): apesar de uma certa ondulação que as mansardas curvas davam à parte superior da fachada, de um certo volteado nos gradis de ferro ornamentais dos balcões, dos delicados frisos verticais em forma de cordões de pérolas pentendes, em relevo entre as janelas, e do tom claro da cosntrução, que, em seu conjunto, conferiram ao edifício aquela leveza própria da mais moderna arquitetura do início do século XX, trazia, no geral, linhas muito retas, mais afinadas com o ecletismo, e apresentava-se, assim, como uma grande caixa, requintada porém, impono-se à visão, especialmente, pelo lado da rua João Alfredo."

[BARBUY, Heloisa. A Cidade-Exposição: comércio e cosmopolitismo em São Paulo, 1860-1914. São Paulo: Edusp, 2006, p.135-136.]

Em seu texto, Heloisa Barbuy, faz entender que se trata da mesma pessoa, porém, até 1880 os anúncios mencionados são de Luiz Bamberg pai e depois dessa data, a decisão da demolição-construção, provavelmente foi de seu filho, também chamado Luiz Bamberg.

Aliás, sobre Luiz Bamberg Junior, segundo uma nota no Jornal do Recife, 10 de setembro de 1878, aos 16 anos, recebeu o 1o. Prêmio conferido por seus exames, quando era aluno do 1o. ano na escola da relojoaria em Genebra.

Durante a construção do Palacete Bamberg, a Casa Luiz Bamberg passou a funcionar na Praça Antônio Prado, no Palacete Bricola, próximo ao Correio Paulistano:

 

[Correio Paulistano, Número 16470: 15 de junho de 1909]

Em 8 de julho de 1909, a Prefeitura Municipal autorizou o pagamento de 34:537$500 pela compra de parte do prédio que ocupava a Rua 15 de Novembro, n.14, para a regularização do alinhamento da Rua e Largo do Thesouro. [Correio Paulistano, Número 16494: 9 de julho de 1909].

Em dezembro de 1909, Bamberg Junior anuncia no Correio Paulistano os espaços para aluguel disponíveis no futuro Palacete Bamberg:

 

[Correio Paulistano, Número 16639: 1 de dezembro de 1909]

 

[Correio Paulistano, Número 16666: 29 de dezembro de 1909]

Segundo o "Almanak Laemmert : Administrativo, Mercantil e Industrial", de 1913, Luiz Bamberg possuia um telefone em seu estabelecimento: 2023 (número da linha telefônica). No ano seguinte, 1914, o mesmo periódico um novo número: 1875. Já em 1915, é mencionado o 1o. número: 2023. Em 1918, é meniconado como "telefone central": 1875.

Em 1924, através de informações publicadas no Correio Paulistano, descobrimos que um dos irmãos de Luiz Bamberg Junior, chamado Otto Bamberg, faleceu na Alemanha. [Correio Paulistano, Número 21770: 13 de fevereiro de 1924]

Com relação à relojoaria, após a morte do pai, Luiz Bamberg Junior pagou as dívidas deixadas abertas, pagou a herança dos irmãos e permaneceu com a loja por cerca de duas décadas. No entanto, após uma série de dificuldades financeiras, conclui o pedido de falência em 26 de agosto de 1927 (a concordata foi iniciada em 1925):




 



[Correio Paulistano, Número 22553: 8 de maio de 1926]

 

"Liquidação na fallencia - Foi resolvida, hontem, em assemblea de credores, a liquidação da massa fallida de Luiz Bamberg Junior e Cia., sendo eleito liquidatarlo o dr. Antello Martuscelli com a commissao de 10 0/0 e o prazo de 60 diaspara a referida liquidação".

[Correio Paulistano, Número 23027: 4 de setembro de 1927]

 

Segundo a legenda da fotografia, Luiz Bamberg Junior é o segundo, sentado, da direita para esquerda.

[Diário Nacional, Número 374: 22 de setembro de 1928]

Em 1931, no "Almanak Laemmert : Administrativo, Mercantil e Industrial", conta o nome de Luiz Bamberg com o seguinte endereço: Rua Haddock Lobo, 35 - telefone: 4-8664.

 

[+] Outros estabelecimentos comerciais que fizeram parte da História do Centro de São Paulo

Palacete Bamberg, 1911, fotografia de Guilherme Gaensly
Imagem original do cervo da Fundação Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo.
Publicado em: MELO, Leandro Lopes Pereira de. A Light revela São Paulo - espaços livres de uso público do centro nas fotografias da Light (1899-1920). História & Energia Número 9. São Paulo: Fundação Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo, 2001.

FONTE DA IMAGEM: Sampa Histórica

 

À direita, local onde foi construído o Palacete Bamberg. Largo do Thesouro, 1902, fotografia de Guilherme Gaensly
Imagem original do acervo da Fundação Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo.
Publicado em: MELO, Leandro Lopes Pereira de. A Light revela São Paulo - espaços livres de uso público do centro nas fotografias da Light (1899-1920). História & Energia Número 9. São Paulo: Fundação Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo, 2001.

 

Sobrado onde funcionou a Relojoaria de Luiz Bamberg até 1909. Imagem no sentido contrário da imagem acima. Autor da fotografia: não identificado.
Imagem original do acervo do Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura de São Paulo.
Publicado em: BARBUY, Heloisa. A Cidade-Exposição: comércio e cosmopolitismo em São Paulo, 1860-1914. São Paulo: Edusp, 2006.

 


 

[Correio Paulistano, Anno V, Número 621: 11 de fevereiro de 1858]

 

[Correio Paulistano, Anno V, Número 728: 18 de agosto de 1858]

 

[Correio Paulistano, Anno V, Número 973: 2 de julho de 1859]

 

[Correio Paulistano, Anno IX, Número 1751: 7 de março de 1862]

 

[Correio Paulistano, Anno XI, Número 2292: 5 de janeiro de 1864]

 

[Correio Paulistano, Anno XI, Número 2503: 22 de setembro de 1864]

 

[Correio Paulistano, Anno XII, Número 2604: 27 de janeiro de 1865]

 

[Diário de S.Paulo, Anno I, Número 7: 8 de agosto de 1865]

 

[Diário de S.Paulo, Anno I, Número 147: 31 de janeiro de 1866]

 

[Correio Paulistano, Anno XIII, Número 3062: 5 de agosto de 1866]

 

[Correio Paulistano, Anno XV, Número 3528: 6 de março de 1868]

 

[Diário de S.Paulo, Anno III, Número 797: 17 de abril de 1868]

 

[Diário de S.Paulo, Anno IV, Número 885: 2 de agosto de 1868]

 

[Correio Paulistano, Anno XV, Número 3718: 29 de outubr de 1868]

 

[Correio Paulistano, Anno XVI, Número 3935: 30 de julho de 1869]

 

[Correio Paulistano, Anno XVII, Número 4237: 25 de agosto de 1870]

 

[Diário de S.Paulo, Anno VIII, Número 2167: 9 de janeiro de 1873]

 

[Correio Paulistano, Anno XX, Número 4917: 9 de janeiro de 1873]

 

[Diário de S.Paulo, Anno X, Número 2738: 20 de dezembro de 1874]

 

[Correio Paulistano, Número 17407: 13 de janeiro de 1912]

 

[Ilustração Brasileira, Edição 15: 1920]

CENTRO DE SÃO PAULO

BIBLIOGRAFIA


O TEMPO DAS RUAS NA SAO PAULO DE FINS DO IMPERIO

Fraya Frehse
Edusp
2005

Fruto de uma tese de mestrado em Antropologia realizada junto à USP, 'O tempo das ruas na São Paulo de fins do Império' transporta o leitor a um passeio pela cidade colonial que começava a desaparecer. Partindo da óptica das ruas (cada vez mais populosas com a modernização proporcionada pelo dinheiro do café), a autora descreve os transeuntes, os meios de transporte, as condições de higiene, o comércio, as festas de rua, e a percepção entre as mudanças sociais na cidade. Repleto de fotos da época, o livro também usa como base relatos de textos e charges de jornais, atas municipais e notas de viagem...[+]

 


A CIDADE-EXPOSIÇAO

Heloisa Barbuy
Edusp
2006

O livro analisa o microterritório formado pelas três principais ruas comerciais na passagem do século XIX para o XX - ruas 15 de Novembro, Direita e de São Bento, que compunham o chamado Triângulo - tendo como eixo as casas de comércio da região. Com isso, o livro proporciona a compreensão do desenvolvimento da cidade refletido, por exemplo, na introdução gradual de uma estética cosmopolita tanto na arquitetura dos edifícios quanto na exibição de produtos ou cartazes publicitários. A união entre texto e ilustrações reconstrói o cenário do triângulo central de São Paulo, levando o leitor a conhecer os pormenores das fachadas e dos interiores das edificações da época numa imersão lenta e intensa nos processos por meio dos quais a cidade se reinventa...[+]

 


Uma São Paulo Alemã: vida cotidiana de imigrantes germânicos

Silvia Cristina Lamberti Siriani
Imesp
2003

Recorrendo a variadas fontes de informação - inventários, processos-crime, registros de entrada na Hospedaria dos Imigrantes, notas de tabelionatos, almanaques, jornais; correspondência do consulado alemão, das autoridades estaduais e do município e ainda de particulares - a autora descreve, em cores vivas, o cotidiano dos imigrantes alemães em São Paulo. O registro está amparado em sólida argumentação interpretativa, que faz desse livro uma obra fundamental para quem deseja aprofundar-se no estudo da formação da população paulistana...[+]

Edição usada disponível nos sebos da
Estante Virtual

 


Entre a casa e o armazém: relações sociais e experiência da urbanização
São Paulo, 1850 – 1900

Maria Luiza Ferreira de Oliveira
Alameda
2005

Este livro é um convite para o leitor voltar a um tempo no qual São Paulo combinava características de uma cidade moderna com traços fortemente rurais. Bastava uma rápida caminhada até a Igreja da Misericórdia para avistar, do alto de seu campanário, descampados, grotões, charnecas, beiras de rios e até animais silvestres e matas, que se estendiam muito além dos vales do Anhangabaú e Tamanduateí. Os personagens deste cenário? Aquela parte da população abstratamente designada como "classes médias" - na verdade, uma gente esquecida, os remediados da sociedade, uma multidão de figurantes mudos da cena paulistana - os quais atendiam pelos nomes de Dona Carolina, Seu Marcelino, Ana de Sorocaba e centenas de outros que aparecem nos registros dos quase mil inventários e testamentos que chegaram até nós. A maioria tinha pouco mais de quarenta anos no longínquo ano de 1872, quando surgiram na cidade os primeiros...[+]

 


História & Energia: a Light revela São Paulo - Fotografias da Light (1899-1920)

Vários Autores
FPH DA ENERGIA DE SP
2001

Espaços livres de uso público do centro nas fotografias da Light (1899-1920)...[+]

Edição usada disponível nos sebos da
Estante Virtual

 


HISTÓRIA DO COMÉRCIO DO CENTRO DE SÃO PAULO


A

A Cidade de Londres
A. J. Mauricio Pereira
Alfaiataria de Pedro Bourgad
Armarinho da Rua das Casinhas
Armazém Rua São Bento n.93

 

B

Banco do Brasil
Bernardo Martins Meira
Botequim Paulistano
Botica de Joaquim Pires Garcia

 

C

Candido Ribeiro dos Santos, cirurgião - clinica homeopática
Casa de Antonio Bernardo Quartim
Casa de José Marques da Cruz (secos e molhados)
Casa de Henrique Fox
Casa Fretin
Casa Lemcke
Casa Levy de Pianos
Coelho & Teixeira (loja de fazendas)
Collegio de Lindorf Ernesto Ferreira França
Curso Elementar de Bellas Letras

 

D

Dentista francês: A. Masseran
Depósito de Calçados da Fábrica de Siré Irmãos
Diligencia Progresso Paulista
Dr. Theodoro Reichert

 

E

Estabelecimento da Rua do Rozario 58
Estabelecimento da Rua dos Piques
Estabelecimento de Henrique Luiz

 

F

Fábrica de Canastras e Tamancos
Fazendas (Tecidos) de Domingos Henrique da Silva

Ferraria Coelho & Marques
Frederico Fontame: carros para alugar
Fresneau Alfaiate

 

H

Hotel da Boa Vista / Hotel do Hilário
Hotel da Providencia
Hotel Palm

 

J

Jules Martin / Imperial Litografia

 

L

Livraria da Rua Direita
Livraria do Largo do Collegio
Livraria Ricardo Matthes
Loja da Raposa
Loja de Domingos de Paiva Azevedo
Loja de Ourives de Luiz Suplicy

 

M

Manoel José Bastos, artista daguerreotypo
Médico homeopata Carlos Marquios

 

P

Padaria Anno Bom
Progredior

 

S

Salão da Paulicéa
Salla de Esgrima
Sinhana dos Bolinhos

 

T

Theatro S.Paulo
The Berlitz School of Languages
Tintureiro N.J.V. Ferard

 

V

Vendedeiras de Peixe

 

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